domingo, dezembro 31, 2023

FECHO DO ANO

Fecha o Malfadado com 63 textos, ou videos, ou textos ilustrados. No total destes anos são já mais de 1600, muitos deles os links já não ligam a nada...

Fora o Malfadado foi um bom ano, daqueles com muita coisa nova, muita coisa para aprender e para aproveitar a vida. Porque um blogue, um dos cerca de 4 milhões ainda activos no blogger/blogspot, para reflectir toda uma vida de vivências num ano, tiraria todo o tempo para viver. Assim ficam só umas penadas, umas partilhas, para mais tarde recordar. Eu, ou alguém que venha a seguir...

Foi também um ano pesado, penoso, pelas pessoas que nos deixaram e cuja boa memória teremos que guardar. Mas também pelas guerras aqui ao nosso lado, que levam pessoas que não vamos relembrar, e que nas notícias são apenas números.

sexta-feira, dezembro 29, 2023

DA JUVENTUDE E DOS AMORES DA COIMBRA DOS AMORES, QUE EU LÁ TIVE


Ainda das arrumações descobri este livro, pequeno em páginas mas tamanho A4. Uma obra de um trabalho de grupo de alunos da Faculdade de Letras, Português-Francês. Um deles a São Veiga. Mantive-o comigo porque a páginas tantas aparecem duas personagens que a São propôs baptizar de João Paulo e Cristina. Tudo por causa de mim, e por causa do amor platónico por uma tal Cristina, que já teve honras de menção aqui no Malfadado.

 Por acaso a trama do livro não tem nada a ver com amores platónicos, mas com um crime misterioso que se passou em Coimbra e que tem que ser desvendado. Ora este livro faz todo o sentido que vá para a biblioteca da São, tenho que o levar e assim fica mais um assunto arrumado, e o arrumo da casa mais liberto.

quarta-feira, dezembro 27, 2023

FILOSOFIA DE PONTA

Nas minhas arrumações desarrumei esta colecção de recortes do Caderno Vidas, que se publicava com o Independente. É uma grande obra de autores portugueses, e já vai para uma biblioteca de Banda Desenhada particular, de amigos de Ílhavo. Esta reprodução é do final da série, que retrata as personagens tornadas conhecidas semana após semana, e que de forma muito curiosa ensinavam sobre o pensamento filosófico e as diferentes abordagens.


Depois pesquisei online e descobri, sem ficar nada surpreendido, que tinha dado origem a livros, publicados e distribuídos, como esta edição do Círculo de Leitores, que reproduzo:


E ainda descobri esta reportagem na RTP (link aqui), e uma outra edição em livro da Editora Contemporânea, mas vi uma outra em 3 livros e fiquei a pensar... para quê 3 livros se cabe tudo num??? questões filosóficas de um "ménage"??

E no fim disto tudo, antes que acabe o ano, uma menção ao Piadinhas e Torradinhas, que ficou parado no tempo, com muita pena minha. Ficou em 2016, ainda assim aguentou 10 anos. Tem um aviso de conteúdo sensível, porque tem muita filosofia de género.

 

terça-feira, dezembro 26, 2023

OS MEUS TIOS

A destralhar a casa da D. Felicidade, a filha e minha cunhada, e minha amiga, descobriu esta minifoto, que estava junto com algumas outras num monte de fotos do tempo do seu casamento.




 E passou-me para a mão, e logo pensei colá-la aqui no Malfadado, para ficarem para a posteridade. Da minha tia já aqui tinha deixado uma homenagem póstuma, num obituário que vai levando um ou outro acrescento de vez em quando. Mas do meu tio José Pinto Figueiredo não ficou aqui registado o seu desaparecimento. Fui pesquisar e encontrei apenas esta entrada, de 2013, 21 de Maio era o seu aniversário e lá estamos alguns dos que foram à comemoração (link). Uma das características dos meus tios, era serem ferrenhos comunistas com trabalho na organização do PCP em Lisboa. Foram eles que compraram as EPs que me levaram pela primeira vez a uma Festa do Avante. Outra característica de ferrenhice era serem sócios do Sporting Clube de Portugal, coisa que depois se pegou à família.

O meu pai ficou também sportinguista mas nunca foi sócio. Era do Sporting como adepto, e acompanhava no futebol e um pouco nas modalidades, mas normalmente via televisão. Só excepcionalmente assistiria a competições ao vivo, mas o primeiro jogo que o meu pai me levou a ver a um estádio foi o Vitória Futebol Clube, de Setúbal, a receber o Sporting. Memória que posso estar a errar, mas apostava que foi isso mesmo.


Eu nunca foi sportinguista, mas tive direito a esta caneca de recordação com o meu nome impresso. por acaso eu fiquei adepto do Vitória de Setúbal, que também joga às riscas verdes e brancas.


A minha sobrinha também ficou adepta do Sporting, mas ela liga pouco a essas coisas do futebol.


 

segunda-feira, dezembro 25, 2023

PERU DO NATAL

Mais umas memórias carregadas aqui para o Malfadado. Uma das coisas que aqui nunca referi foi o Peru do Natal, tradição da casa paterna e materna que me parece que nasceu em Setúbal, não seria tradição de avós. Esta reflexão, o seu tema, foi inspirado por algumas fotos que recuperei aqui da época do Natal de 2020. Nelas se podem ver os artesãos dos muitos perus sacrificados ao longo dos anos, guardo ainda na memória um deles criado no galinheiro da casa do Outão, que foi embebedado pela manhã, para depois ser degolado. Vamos então às fotos, antes de falar deste Natal de 2023...



Os meus pais, Rogélio e Maria Amélia, na nossa casa em Coimbra. A minha mãe ainda conseguiu arranjar forças para ajudar o que pode neste ano, e aqui está o meu pai, que foi sempre o responsável por dar o banho ao perú (salmoura com citrinos), por depois barrá-lo (com especiarias e gordura) e por colocá-lo no forno a gás na manhã do dia 25, logo pela manhãzinha. Está aqui na foto com o seu avental especial de Natal, vê-se que foi com esforço redobrado e pouca alegria que desta vez tratou do peru. A assadura era responsabilidade do meu pai, que tinha que virar o bicho, virar o tabuleiro, regar com o molho, ver a temperatura perto do osso. A minha mãe tratava do recheio do peru, à base de salsichas frescas, azeitonas, etc.


Aqui nesta foto auto-retrato ao lado da minha mãe, já bastante combalida e vencida, aparece o meu irmão mais novo, cuja dedicação à melhoria e inovação na busca de um recheio perfeito para o peru de Natal todos conhecemos.


Nesta foto vê-se bem a cozinha que viu assar dezenas de perus, foi já depois do Natal, a minha mãe já estava acamada, mas estão dois dos irmãos e o meu pai a recompor-se de uns dias mais difíceis.


E nesta apareço eu ao lado do fogão e forno, eu que nunca ajudei em nada nisto dos perus, apenas me dedico a provar e ajudar a comparar de um ano para o outro, depois de durante alguns anos nem sequer comer carne. E em primeiro plano o meu pai a tomar comprimidos.

Chegamos então ao peru de 2023. Foi em casa da minha sobrinha que se trinchou, mas foi um peru que viajou de um forno a lenha situado em Cadima, o assador foi o Valter, companheiro da minha sobrinha. O recheio foi da autoria da minha irmã, vindo de Canas de Senhorim, mas teve o apoio na confecção do meu irmão mais novo, em directo da Suiça. Estava bom o peru, e o recheio, sim senhor, tudo aprovado. Eu comi pouco porque ando com pouca energia e não queria abusar do meu recheio. Acompanhei com um belo arroz de frutos secos, muita salada e nada de molho. Ah, e puré de maçã.

Depois comi duas sobremesas, muito bolo da tradição (açoreana, pois, lá a incorporámos nas nossas tradições desde há muitos anos, mas não tantos como o peru, nem nada que se pareça) e uma mousse de chocolate de after eight.

Mas não é que mesmo com tantos cuidados e moderação, acabei por não conseguir digerir o almoço. É que um par de dias antes fui participar num pequeno convívio de Natal, e fui de boleia com um amigo que tinha saído de um género de gastroenterite, mas já estava curado e lá fomos e viemos. Até ao almoço estava bem, com apetite e tudo, mas depois comecei a sentir-me enjoado, digestão parada, só arrotava, e sempre com o aroma da menta fresca e forte. Não imaginava que nos dias seguintes teria que andar a recuperar de mais uma mazela. Não foi muito forte, mas lá me deitou um bocado abaixo. Enfim, pior sorte teve o peru, que depois de uma vida triste teve uma morte nada alegre. Pode ser que algum dos meus sobrinhos netos algum dia se dedique a criar uns perus ao ar livre, se a tradição do peru acaso perdurar. Pela mãe deles, a minha sobrinha, a tradição desaparece num ápice, pois é das vegetarianas.
 

domingo, dezembro 24, 2023

BOTÂNICA E AVES - ORNITOLOGIA E ÁRVORES





 Mais uma publicação que vai sair aqui de casa e que assim fica o registo dela online. Até porque tem dedicatória e isso é uma menção importante. Foi uma prenda de Natal (2001) de um casal cujo percurso, individual e colectivo, dava certamente para escrever um livro, mas não uma publicação deste género. Esta publicação é de facto muito interessante, por misturar e fazer de guia para diferentes espécies de árvores de Coimbra, bem como de espécies de aves que ali podem ser observadas, e virá a ser uma publicação rara, uma vez que só teve uma tiragem de 3 mil exemplares. Tem que ir para uma biblioteca, claro.

A curiosidade reside no facto de terem juntado nas mesmas páginas, que acima reproduzo, o lodão-bastardo (lê-se lódão) e a carriça, as árvores que plantámos no Monte Barata em frente às casas, e que resistiram até hoje, e a ave que faz parte do Eco-sítio da casinha gandaresa, e que consigo avistar algumas vezes por lá.

sábado, dezembro 23, 2023

NA BOA VAI ELA ... E TÁ A ANDAR DE MOTA (relembrando 2007)


 Um dos papéis que reciclei por estes dias foi esta notícia de jornal, onde aparece relatado o que eu já escrevi aqui no Malfadado em 2007 (link para o texto de então sobre a ida da São à concentração motard de Faro). Fica aqui para memória futura, uma vez que o texto que a São publicou no seu site já não está online, e as fotos que eu ali refiro que estariam no meu álbum online também já não estão. Vá lá que a AJIDANHA publicou um livro físico da São, que este ano que agora termina viu a sua presença em Idanha-a-Nova ser novamente imortalizada no teatro estúdio São Veiga. Mas pode ser que um dia o site regresse, há esperança.

sexta-feira, dezembro 22, 2023

MEMÓRIAS ANCESTRAIS

    E não é que no meio da agenda doméstica e 1964 aparece uma foto tipo passe do meu pai, uma foto que tem ainda um selo branco (já agora, pergunto-me: ainda se usam, os selos brancos??). Foi nitidamente retirada de um cartão, e CCUL era capaz de serem as iniciais de Clube de Canoagem da Universidade de Lisboa. Mas não garanto...


 Este ano estive em Beja, para ajudar a destralhar o arquivo histórico da Quercus, e estive com o grande guardião desse espólio, o José Paulo Martins. Foi ele quem me explicou como se faz a investigação sobre uma árvore genealógica, acho que em 2024 poderia ser uma boa actividade, recuperar essas memórias e deixá-las escritas para a posteridade.

O José Paulo Martins é também o guardião do espólio histórico do grupo ecologista Setúbal Verde, que teve uma grande dinâmica na altura, antecedendo a Quercus, onde depois se viria a juntar, pois a Quercus nasceu da fusão de diferentes associações regionais.

40 anos depois, alguns dos grandes activistas do Setúbal Verde reencontram-se no grupo Zero, que consegue manter uma boa presença nos meios de comunicação social. Para além do José Paulo, temos o famoso Francisco Ferreira, esse sim muito conhecido de quem vê e/ou ouve notícias.

quinta-feira, dezembro 21, 2023

CAMINHOS DE LEITURA - POMBAL

 Pronto, remexendo nas papeladas para reciclar, aqui está o que tinha aqui guardado. Em 2021 escrevi sobre a minha participação apenas virtual nesta iniciativa. Este ano estive quase a ir participar no meu primeiro festival literário, em Óbidos, mas 2023 ainda não foi o ano. Só que achei que era obrigatório fotografar este certificado de participação e colocar aqui nas minhas memórias. Depois de fotografar agarrei numa tesoura e cortei a parte do livro com as figuras e coloquei numa moldura que temos na sala, sobrepondo muito parcialmente sobre uma reprodução de um Miró que já está meio descorada. Assim já temos a sala mais alegre.



quarta-feira, dezembro 20, 2023

BOAS FESTAS - O NOSSO CARTÃOZINHO

 Foram poucos os cartões de Boas Festas. Há uma evidente poupança ambiental. Mas falta aquele momento de ter nas mãos uma pintura, ou uma foto, e com uma mensagem calorosa lá dentro. Nós continuamos a nossa tradição de produzir um cartãozinho virtual, que vai seguir num emilio colectivo. Este ano tirámos fotografias diferentes, sem motivos de festas ou Pai Natal, e tentámos depois dar-lhes a volta numa composição colorida. A escolha da versão para usar nas redes sociais foi esta:




As versões que sobraram terão outros destinos... talvez cheguem aos amigos de outras formas.

O HABITUAL CARTÃOZINHO DO ACTIVISTA E INVESTIGADOR BOTÂNICO JORGE PAIVA

 É uma velha tradição que já deu direito a um livro colectânea. Mas a ideia continua válida: fotos do próprio nas suas andanças pelo mundo e uma reflexão sobre um tema actual. Aqui fica a reprodução do que recebemos na nossa caixa de correio, que desta vez teve direito a resposta na volta do correio:





terça-feira, dezembro 19, 2023

AS PRENDINHAS DO PAI NATAL - SUGESTÕES 2023 (TERCEIRA E ÚLTIMA PARTE)

 Lego, livros, música. A escolha é demasiado grande, mas na dúvida há que consultar quem sabe do assunto. O mundo do Lego é inesgotável, porque podemos dar novos mundos ao mundo. Com poucas peças dá-se mais espaço à imaginação e ao abstraccionismo, mas isso não é para todos. A literatura é a porta para o humanismo, para dar tempo ao tempo, sem correrias, os temas são um sem fim e cada escritor um mundo novo a descobrir. Há recomendações personalizadas de livros aqui (link). Já a música são outras cantigas, com os formatos editados em suporte físico a perderem lugar. Neste novo mundo digital eu próprio não me oriento, pelo que ainda gosto de ter um disco na mão, seja LP ou CD. Há muita oferta de discos em segunda mão, pois é um formato que tendo quase desaparecido, tem agora um ressurgimento. Mas de facto eu próprio me desabituei de pôr um CD a tocar... mas é o que ainda faço de vez em quando.

E depois há ainda as hipóteses de ofertar a alguém a inscrição numa associação, que vão existindo ainda, aguentando a cada vez menor participação das pessoas, e dos jovens em particular, na vida dos pilares da sociedade civil.

Uma oferta bem construtiva para jovens é dar-lhes algo que não só é bom para eles, como é bom para desenvolver ideias de negócio de outros. É um cartão de oferta da Go Parity, tudo explicado aqui no site (link).

segunda-feira, dezembro 18, 2023

A HIPOCRISIA OCIDENTAL - A CAUSA PALESTINIANA

 Há umas semanas atrás apanhei um bom texto no blogue Aventar (link aqui). Vinha a lume a questão do povo palestiniano, povo cercado pelos governos de direita israelitas. Há anos que esse povo anda a pedir autodeterminação, uma questão que se arrasta entre acordos e desacordos. A Europa tem desempenhado um papel importantíssimo no apoio às políticas opressoras dos fascistas israelitas (para não falar no papel dos americanos, claro, fundamentais no apoio bélico). Portugal incluído. A coisa mais aberrante é termos nas competições desportivas europeias os clubes israelitas. Uma coisa que nunca compreendi, e que só tem uma explicação. Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, logo houve reacções do mundo desportivo. Perante a chacina actual nos territórios palestinianos, o que dizem agora as instituições desportivas?

Deixo aqui uma entrevista à famosa menina, agora jovem adulta, Ahed Tamimi, que saiu entretanto nas notícias porque foi detida nas últimas semanas, como aconteceu a centenas de palestinianos nos seus diferentes territórios, onde o governo israelita usa e abusa de violência, como sempre fez, e sempre pior quando os governos são mais de direita. Fica então o vídeo:


Mais me apetecia escrever sobre o desrespeito do governo israelita pela ONU, e o modo cobarde, arrogante e de menino mimado como acusou António Guterres de ser incompetente e proteger a violência do Hamas. Também gostava de comentar o episódio em que o nosso presidente Marcelo Rebelo de Sousa veio para a rua ao encontro dos defensores da causa palestiniana, gostei de ver, depois do modo algo patético em que confrontou o representante da palestina com um "desta vez foram vocês que começaram...". O governo espanhol, que tem estado à frente da presidência rotativa do Conselho da União Europeia, tem sido muito crítico com a atitude do governo israelita, e já decidiu conceder ao António Guterres a maior condecoração civil do estado espanhol (link para a notícia na RTP aqui).

RECORDAÇÕES - AGENDA DOMÉSTICA 1964

 Para além dos álbuns de fotografias que os meus pais nos deixaram, que juntam muitas memórias dos nossos dias a preto e branco, e dos muitos slides que entretanto digitalizámos, guardaram também uma agenda doméstica do ano em que cada um dos 4 filhos nasceu. A mim coube-me a de 1964, a qual aqui deixo em fotografias, pois certamente o volume um dia destes será considerado tralha, e assim, online, poderá perpetuar-se um pouco mais e deixar algumas explicações que não são perceptíveis a quem manuseia este importante documento familiar e de época.


A Agenda Doméstica de 1964 era um autêntico livro, bem encadernado e com a lombada no melhor estilo clássico da época, a vermelho e com letras em dourado.


Na capa aparece logo alguma publicidade direccionada para o público feminino. E o nome da autora, Maria Raquel, que ainda hoje aparece na capa da edição 2024 da Agenda Doméstica (link para a página da Porto Editora, onde se pode comprar), mas já só aparece o nome, não diz POR Maria Raquel.
 
Pois a Agenda Doméstica servia para o registo das despesas diárias, tal como se vê aqui no dia em que nasci. A parte da contabilidade era um ritual lá em casa, a minha mãe era a tesoureira, por assim dizer. A ela cabia a tarefa de inscrever as despesas. Não o fazia diariamente, mas quando se dedicava a isso ia escrevendo o que se lembrava e perguntava ao meu pai pelos pagamentos que ele efectuava. Depois contava o dinheiro das carteiras e via se batia certo. Somava tudo e se faltasse um centavo que fosse, lá voltava a conferir e a perguntar ao meu pai, que lá tinha que se certificar também que o centavo não andava perdido no fundo de algum bolso das calças.
No meu dia aparecem despesas que não eram habituais, a gorjeta paga no Hospital de Setúbal, foram 5 escudos, e um pequeno almoço por 4 escudos e 50 centavos. Ora comer o pequeno almoço num café só se justificou porque o meu pai deve ter passado a noite no Hospital. E ainda uma boa esmola para a misericórdia, deve ter sido o pagamento de uma promessa para que o parto ocorresse sem problemas de maior. Uns exorbitantes 50 escudos!!!

No final de cada mês apareciam as receitas e as despesas mensais e obtinha-se um saldo acumulado.

E no final de 1964, graças a rendimentos extra, foi possível ter um saldo positivo acumulado de três mil, cento e sessenta e quatro escudos e vinte centavos.
A agenda servia também para registar notas sobre calendarizações, ou outras. Aqui destacam-se as vacinas e o modo como eu surgia, um J. Paulo. Talvez por influência da minha avó, que comentou a escolha do meu nome com um "os Joões são todos malucos!". O Ica só apareceu depois, não sei quando, evoluindo de Janica para apenas Ica.


A Agenda Doméstica tinha vários textos, de anedotas muito suaves até dicas de culinária e outras coisas para ajudar a mulher doméstica nas suas tarefas.

Aqui, para além das dicas e da publicidade ao calçado Superius, que era muito conhecido na altura, aparece o Rol da Lavadeira. Esta parte a minha mãe nunca usou, porque não havia lavadeiras no bairro da Sécil, normalmente a roupa era lavada pela dona de casa ou pelas empregadas domésticas, mulheres a dias. Pesquisando sobre a autora da Agenda Doméstica descobri um texto interessante, de memórias, no blogue Duas ou Três Coisas (link aqui)






domingo, dezembro 17, 2023

COIMBRA CRUA

 Ontem fomos a Coimbra, quase propositadamente para um espectáculo. Fomos ver a cantora brasileira Jacque Falcheti. Fomos também estar com amigos e fomos conhecer um espaço do qual desconhecíamos até a sua existência, o Grémio Operário. E acabámos por conhecer também o mercadinho de Natal na Praça Velha, com um caldo verde quentinho e bem confeccionado.

O espectáculo tem por base o seu CD a solo, intitulado Crua.

Não sei quem esteve por trás da organização do espectáculo, mas foi um momento estranho estarmos só 5 pessoas na plateia, a sala ficou sempre fria, fazia falta mais gente a assistir. Assim foi um momento mais intimista de facto, a cantar em exclusivo só para nós. Mas ela merecia muito mais. Ouvimos músicas lindissimas, poesias a voarem e algumas histórias que ela foi partilhando sobre cada uma das composições.

Eu conheci a cantora há muitos anos atrás (sim, outra vez no Salva a Terra) e depois fui acompanhando através do Facebook, já divulguei aqui no Malfadado algumas interpretações suas. 

Fica uma foto e fica um videozinho, para quem não conhece a Jacque a cantar se deixar encantar.




IMPRENSA LIVRE E MAIS LIBERDADE ARTÍSTICA

Nestes dias em que nas notícias vemos jornalistas em greve, e que vemos como os grandes grupos económicos tomam conta de órgãos de comunicação social, reduzindo-os ao papel de veículos de desinformação e publicidade, há dois projectos jornalísticos portugueses que dão o melhor de si, com escassos recursos financeiros, e que dependem quase exclusivamente dos leitores para trazerem informação que conta. São estes dois projectos que aqui deixo, podem também ser uma boa prenda de Natal, oferecer uma assinatura a alguém, ou o comprovativo de um donativo. O FUMAÇA é um projecto interessante, que traz uma luz sobre temas que se vêem pouco retratados. É um Podcast, hoje em dia é quase obrigatório, mas de jornalismo de investigação focado no escrutínio de sistemas de opressão e desigualdades... mas tem principalmente reportagens bem elaboradas. (link aqui) O PÁGINA UM é o outro projecto de informação independente, que tem investigado muita da podridão que se instalou na comunicação social, mas também muitas coisas relacionadas com a politiquice e as políticas de contratação e compras dos ministérios, como a questão das vacinas COVID. Também tem podcasts, mas tem principalmente editoriais poderosos, opinião variada, crítica de divulgação literária. (link aqui). O Página Um constituiu também um fundo jurídico, para levar a tribunal as entidades da administração pública, mas também as entidades reguladoras, que se recusam a ceder documentação. São muitas essas situações em que por e simplesmente os dirigentes das estruturas se recusam a cumprir a lei de acesso aos documentos administrativos, mesmo depois de obrigados a isso pela CADA. E como não cumprem a lei, tem que ser o tribunal a obrigá-los. E já aconteceu algumas vezes, têm mesmo que mostrar os documentos e depois ainda têm que pagar as despesas judiciais. Claro está que esse dinheiro não sai do bolso dos responsáveis prevaricadores, é dinheiro das instituições. Já para levar os processos a tribunal é sempre preciso investir algum dinheiro, é daí que vem o Fundo Jurídico, que depende também dos apoiantes do Página Um. Para desanuviar, aqui deixo mais um videozinho que apanhei no Youtube, onde podemos apreciar mais uma vez um António Zambujo a dar asas à sua liberdade artística, desta vez interpretando um tema icónico da Mafalda Veiga (que também chegou a ter um Clube de Fãs bem organizado por um grupo de malta, e com os quais o Maria João Clube de Fãs estabeleceu contactos). Há quem não valorize estas coisas, mas eu gostei bastante de todo o trabalho de luzes no palco e da realização destas imagens, que acrescentam algo mágico a um dueto inspirado e ao tema da renovação pessoal. Senhoras e senhores, tirem 3 minutos e aqui está: RESTOLHO

sábado, dezembro 16, 2023

A VIDA EFÉMERA DO REI BAMBU - RESTAURANTE VEGAN EM AVEIRO

 Ontem fomos experimentar o café-bistrot Rei Bambu, a convite do proprietário (e cozinheiro à força). Este espaço de restauração fica quase porta com porta com o conhecido Ramona, que é o contrário de um restaurante vegano, com os seus hamburgueres e bichas à porta. Fomos experimentar a comida, porque já conhecíamos o espaço, mas fomos também fazer a despedida, uma vez que em breve vai fechar as portas, por trespasse do espaço de restauração. Muito provavelmente reabrirá com outra orientação.

Senti-me em casa, pois para além do proprietário também conhecia já a empregada de mesa (a Cláudia, que conheci há uns bons anos no Salva a Terra), e estivemos acompanhados a jantar pelo nosso amigo Konrad. Bom ambiente para jantar, boa iluminação, bom serviço de mesa.

Não merecia esta experiência uma referência na internet, neste malfadado blogue, se não fosse a excelência da comida apresentada, e muito bem apresentada. Boa quantidade, boa qualidade e bom sabor. Comi uma francesinha digna desse nome, e não ficou a pesar no estômago, uma experiência única. Não tem o sabor nem o excesso de gorduras de uma francesinha, mas ao mesmo tempo o molho e a montagem dos ingredientes não deixam de mostrar claramente que estamos a devorar uma francesinha. As batatas a acompanhar eram opcionais, e foi uma boa opção, porque eram de forno, com azeite de qualidade e bem temperadas, melhor ainda que batata frita, parecendo fritas.

Este pequeno restaurante fica marcado pela falta de cozinheiros que assegurassem a cozinha, foi uma procura constante desde muito antes de abrir portas. É um restaurante muito antes do tempo, no seu conceito de exclusividade vegan, mas também no conceito de restaurante-bistrot, um espaço para disfrutar num país onde a malta vai a estas casas para comer, e comer sempre às horas certas. Mas foi também um restaurante atrasado no tempo, porque se fosse há 10 anos atrás eu próprio me candidatava a cozinheiro, e assim o restaurante não estaria para ser trespassado. E é um restaurante onde deixam entrar animais de companhia, o que também é muito raro.

Se souberem de alguém que queira pegar no negócio, divulguem, é no centro de Aveiro, muito bem situado, um investimento inicial de chave na mão e uma renda acessível, já está numa imobiliária, claro. Teve azar este meu amigo das andanças da transição em Aveiro, ele queria ser apenas investidor e facilitador de um espaço diferente em Aveiro e acabou por ter que assegurar a parte da cozinha. O azar dele foi a nossa sorte, pois de facto é um excelente cozinheiro.

As sobremesas são fornecidas exteriormente, mas são ao nível das comidas ali preparadas, muito boas. Deixo aqui um par de fotos copiadas do Facebook , uma vez que se calhar um dia destes desaparecem, e assim sempre aqui fica o registo.



AS PRENDINHAS DO PAI NATAL - SUGESTÕES 2023 (SEGUNDA PARTE)

 Nesta época do ano passou a ser comum algumas empresas com muito dinheiro e muitos clientes, apelarem à solidariedade da população para assim constituirem uma onda organizada de generosidade. As pessoas contribuem e depois eles juntam os contributos e entregam aos sectores da sociedade mais carenciados. E publicitam-se como sendo eles os grandes amigos da sociedade e das criancinhas pobrezinhas. Este ano a Renascença, o Continente, o BPI - Caixabank, os CTT (que também têm um banco, não esquecer...), só para citar alguns, são um exemplo.

Pela minha parte acho mais simpático contactar directamente uma qualquer IPSS local e fazer-lhes um donativo, pedir recibo para depois inserir na declaração de IRS.

Na internet temos também uma série de coisas em que é pedida a nossa ajuda para acções solidárias.

Deixo aqui algumas hipóteses de poder dar uma ajuda, recebendo algo em troca que possamos depois oferecer ou conservar para melhorar os nossos dias. E a primeira já aqui referi no blogue noutra ocasião:

UMA CAUSA POR DIA (link para o site)

A segunda é um conceito de prestação de serviços, mas que também tem loja online. Já estive num snack bar desta iniciativa, em Lisboa, boa comida mas um serviço algo lento e confuso, e um preço mais europeu do que português. Mas como é para ajudar...

PROJECTO JOYEUX (link para para o site)

A terceira hipótese é escolher um dos projectos solidários de crowdfunding na plataforma portuguesa que melhor divulga estas coisas:

PPL (link para o site)


sexta-feira, dezembro 15, 2023

AS RÁDIOS TAMBÉM SÃO IMAGEM NO SÉCULO XXI

Aqui ficam duas musiquinhas que duas rádios nacionais colocaram nos seus canais de Youtube. A abrir, We Are Portugal, uma ideia das apresentadoras do programa As Três da Manhã, qué o programa que passa nas nossas rádios pela manhã, para ouvir o expoente máximo da ironia, a rubrica Extremamente Desagrádavel, mas também todo o programa matinal, bastante dinâmico, informativo, divertido. E a fechar, a homenagem ao grande Sérgio Godinho, com o clássico dos clássicos O Primeiro Dia, cantado por um vasto leque de grandes vozes (alguns também cantaram na música anterior...)

quinta-feira, dezembro 14, 2023

RTP E AS NOTÍCIAS

Aqui em casa vemos televisão. E a RTP é uma das estações que mais vemos, principalmente a RTP2. No outro dia comentava com o meu amigo Gabriel que os noticiários generalistas são todos muito fraquinhos, e ele disse que já tinha pensado escrever à Provedora do Telespectador. O que fez e muito bem, um texto que partilho aqui:

"Cara Provedora

Ontem decidi contar o número de notícias abordadas no Jornal da Noite da RTP1. Foram vinte e uma. Fiquei surpreendido porque julgava que eram menos, dada a duração de algumas delas. A primeira notícia ocupou cerca de nove minutos e a segunda ocupou cerca de cinco. Confesso que não contei a duração das notícias seguintes.

Acontece que eu e outras pessoas com quem falo estamos descontentes com os serviços noticiosos da RTP1. O problema não é a qualidade, mas a quantidade de notícias abordadas numa hora e sua duração. Além das notícias responderem ao "o quê, quem, quando, onde, como e porquê", alongam-se em opiniões, relatos e outra Informação redundante que ocupa tempo, desgasta a notícia e nos faz perder o interesse. Seria melhor que o bloco noticioso abordasse as quatro questões principais do lead da notícia e deixasse o espetador buscar informação mais detalhada em jornais ou outros meios, se o desejar. Por exemplo, gostaria de saber mais acerca do que se passa em outros países da Europa como na Escandinávia, Balcãs, Bálticos, etc...

Mais ainda, gostaria de saber o que acontece de POSITIVO e não só as más notícias. Há um foco tremendo em tudo o que acontece de mal no nosso país e no mundo até à exaustão.

A RTP pode e deve contribuir positivamente para uma comunidade informada e saudável.

O vosso melhor bloco noticioso, na minha e na opinião de outras pessoas, é o Portugal em Direto.

Obrigado pela Vossa atenção."

De facto, para vermos notícias da nossa terra, sem comentadores ou reportagens que repetem até à exaustão o tema, temos o Portugal em Directo. O problema é que passa a uma hora muito pouco conveniente. Quem tem uma box pode sempre ver a qualquer hora, claro está. E se calhar ver os conteúdos online. Com a internet e velocidade a que corre o excesso de informação e desinformação, talvez a RTP seja o local certo para experimentar novas formas de dar notícias do mundo. Mas também é verdade que se calhar o pioneirismo não atrai publicidade que ajude a pagar as despesas, e por isso a RTP1 mantenha o formato igual a todas as outras TVs generalistas.

quarta-feira, dezembro 13, 2023

HUMANIDADE E IMUNIDADE DE GRUPO

Uma das coisas que tinha para aqui guardada há muito tempo para publicar no Malfadado era este cartoon, que era actual na altura da pandemia, mas ainda é oportuno, nesta verdadeira pandemia de insensibilidade:


terça-feira, dezembro 12, 2023

EM MORO - ME MUERO - ESTOU A MORRER - SILVIA PEREZ CRUZ COM SALVADOR SOBRAL

Aqui fica a letra da canção, traduzida para castelhano: Me muero, me muero. Plantadme una flor, pensadme con amor. Que la noche empuje el sol, que se pudran todos los frutos y rebroten tus dedos. Que el mar suba, se caiga el río. Ellas paren mientras se celebren funerales, las canciones son inmortales. Me muero, me muero. Que la lluvia se precipite, que el río quiera ser salado, que el mar suba por los tejados. Mi corazón todo hecho de litio. No sabía que los principios nacían de los finales, las canciones son inmortales. Y en este segundo de vida, donde todo parece hecho a medida, lloran partos y funerales. Ellas paren mientras se celebran funerales. Las canciones son inmortales. Me he muerto. 

No canal desta cantora apanham muitos videos bons, até um com esta música e a letra a passar ao lado. Já vi ao vivo há uns anos, mas já tenho saudades de ver outra vez. Quem sabe em 2024?

segunda-feira, dezembro 11, 2023

MUDANÇA DE PARADIGMA - FLORESTA

 Hoje é só para partilhar este video de mais de 20 minutos, para quem não sabe ainda o que é a regeneração da floresta. Feito em Portugal, mas lá vem pelo meio um estrangeiro a opinar. Há que plantar árvores, hoje e sempre, mas há que pensar onde e quando, e quais as melhores opções tendo em vista o futuro mais quente e sujeito a fenómenos climáticos extremos. Felizmente temos Quercus para diferentes realidades. Infelizmente ainda temos eucaliptos a mais, e pior que isso, um sistema político que defende a eucaliptização.

Já apanhei dois bons punhados de bolotas, sobreiro e azinheira, para semear num terreno em regeneração, ali para os lados de Vale da Igreja - Carvalhal da Louça - Chaveiral.

domingo, dezembro 10, 2023

AS PRENDINHAS DO PAI NATAL - SUGESTÕES 2023 (PRIMEIRA PARTE)

 Ora aqui está de novo o serviço público.

Hoje venho aqui deixar 3 links para coisas que podem marcar a diferença no dia-a-dia.

1 - Garrafas de vidro da marca Flaska (link aqui). É um conceito interessante, o das diferentes formas da água formar cristais. Se funciona ou não, o vidro estruturado, não sei. Mas estas garrafas são duráveis e são a melhor alternativa a andarmos a beber água de recipientes plásticos ou metálicos. E têm revestimentos bonitos e para todos os gostos. A compra faz-se através de Espanha, mas a minha experiência é de um atendimento 5 estrelas. E a entrega é mesmo muito rápida. Garantem garrafas de substituição, em caso de quebra, pois os revestimentos dão para reutilizar e não teremos que pagar por uma coisa que já temos e se conserva em bom estado.

2 - Frascos e frasquinhos da marca Kefirko (link aqui). É outro conceito interessante, fazer fermentações em casa. Se funciona ou não, os alimentos fermentados, como pré-biótico e como pró-biótico, não sei. Mas sei que quem segue estas linhas de fazer em casa alimentos mais saudáveis vai gostar de experimentar algum destes frascos de vidro, com tecnologia de tampa avançada. O site é muito explicativo e apelativo. Tem loja online, claro, mas esta ainda não experimentei. Estive quase a aproveitar os descontos da última época de promoções, mas depois aproveitei só para a loja Flaska. Mas presumo que sejam também muito rápidos e atenciosos no atendimento e envio.

3 - Máquina de fazer leites vegetais da marca Vegan Milker (by Chufamix) (link aqui). É revolucionário e assim poupam-se muitas embalagens e usamos a nossa melhor água, garantindo sempre em casa a disponibilidade de leites vegetais. Funciona muito bem, estou farto de usar. No site há muitas informações e a loja online disponibiliza diferentes opções, até versões recondicionadas. O atendimento foi muito bom, o envio também é rápido porque também vem de Espanha. Que foi onde nasceu a Chufamix, pois Espanha é o berço da orchata, a bebida que se prepara com os tubérculos/rizomas da junça, aquela erva que em Portugal apenas é conhecida como praga, em Espanha é utilizada como ingrediente para um leite vegetal. Essas bolinhas subterrâneas de onde nasce a junça é a chufa. E a orchata é mesmo uma bebida agradável. Nós por cá é mais vinho tinto, eu sei. Mas mudam-se os tempos e mudam-se as vontades, quem sabe um dia a orchata chegue cá, talvez pela mão capitalista dos Mercadona.

Em breve a segunda parte, e talvez haja uma terceira. Fui pesquisar na memória do blogue e descobri que em 2016 dei início a este serviço público, mas nem todos os anos dei as dicas para as prendas de Natal.

sábado, dezembro 09, 2023

ADEUS MONTEPIO GERAL

 Já há muitos anos que eu não tinha conta no Montepio Geral. Já há alguns anos o Montepio Geral deixou de ser um banco mutualista e engrossou a lista dos bancos que só têm como objectivo sacar o máximo aos pequenos depositantes para depois ajudar a pagar a administradores, e accionistas ou proprietários, quantias escandalosas. Antes os depositantes que tinham o ordenado domiciliado possuíam uma caderneta onde ficavam registados os movimentos e a caderneta servia para fazer movimentos nas caixas automáticas. Os depositantes tinham direito a um cartão MB de utilização gratuita. Os depositantes associados do Montepio tinham condições algo vantajosas. Acabaram as condições vantajosas. Acabaram com o cartão MB gratuito, passando a pagar anuidade, e finalmente acabaram com o sistema das cadernetas. E ao mesmo tempo aumentou o tempo de espera para ser atendido, ao reduzirem balcões e ao mesmo tempo dispensado funcionários. Aqui em casa, há quase 15 anos atrás, o Montepio passou a ser o banco do ordenado domiciliado. Quando os cartões iam passar a ser pagos, acabaram os cartões do Montepio aqui em casa. Depois passaram a cobrar novas cadernetas, deixámos de a actualizar para manter o poder de ir à Chave 24 fazer pagamentos, levantamentos, transferências. Como nunca a actualizámos nunca se pagou uma caderneta nova. Até que acabaram com o sistema das cadernetas, matando a Chave 24, que era um serviço que distinguia o Montepio de outros bancos. O ordenado continuou domiciliado até há poucos meses, só se movimentava a conta no e-balcão. Não se tinha despesas, mas também não se tinha um bom serviço. Faltava só fechar a conta mudando a instituição para domiciliar o ordenado. E acabar com a ligação à associação mutualista. Pensava eu que não tínhamos mais nada a tratar com esse excremento em que se transformou um banco que antes era pertença dos seus depositantes.

Mas pensei mal. No mês passado era preciso fechar a conta bancária que os meus pais mantiveram no Montepio, e terminar a associação ao mutualismo. Coisas de heranças. Pois para fechar tudo exigiram documentos que não fazem sentido nenhum, e obrigam a uma assinatura presencial. Impressionante o mau serviço, numa época em que há tantas maneiras de autenticar documentos online, poupando chatices e deslocações. E para quê termos que entregar a certidão de morada obtida no Portal das Finanças de cada um dos herdeiros? E uma cópia do último vencimento? Para fechar uma conta de pessoas que já cá não estão?

Espero não ter que lá voltar a entrar, não me cai bem este espírito século XXI de sacar aos pobres para depois facilitar tudo aos ricos e amigos ricos.

sexta-feira, dezembro 08, 2023

ADEUS BPI

Já há mais de um ano que eu andava para acabar com a minha conta bancária, de serviços mínimos, no BPI. Mas já adivinhava que vinha aí uma época de confusão e burocracia e fui sempre adiando. A experiência no BPI foi muito má, e o facto de cobrarem serviços de manutenção de conta a quem tem serviços mínimos bancários, mostra bem o tipo de banco que é. Alguém de um governo amigo dos bancos, como são todos os governos em Portugal, e no fundo, como são quase todos os eleitores que votam nas legislativas, se lembrou que os bancos poderiam cobrar pequenas quantias pela manutenção de quem recorre aos serviços mínimos. E o BPI foi logo dos primeiros a aproveitar. E depois vieram todos os bancos imitarem-se uns aos outros, como mandam as regras da boa organização em monopólios. Mas pronto, demorei a arranjar uma alternativa e veio o dia de ir ao balcão fechar a conta. Demorei mais de uma hora, foi mesmo irritante, quase ninguém a atender os clientes, houve pessoas a esperarem um bocado e a desistirem, enfim... muito mau, mas nada que eu não esperasse já do BPI. Depois lá fui atendido, assina aqui, assina ali, um monte de burocracias sem justificação, cópias de documentos, parecia que ia abrir uma conta. Era só para fecharem a conta, que já estava a zeros. Por favor!!!! Tudo tratado lá disse À senhora que me atendeu que uma vez que tinham pouco pessoal para atender, poderiam atribuir ao senhor que está na entrada um serviço simples de distribuir senhas de atendimento numeradas, sempre quem está à espera pode sair um pouco e tratar de outros assuntos, e depois voltar. A senhora disse logo que não, que era má ideia, que o senhor da entrada tem outros trabalhos, mesmo quando está sem atender ninguém (numa hora de espera este senhor esteve 50 minutos sem atender clientes), e que as pessoas têm é que esperar, nas finanças também não dão senhas numeradas. Ao que respondi que lhe ficava mal dar essa desculpa de um serviço que atende mal os clientes (que nem são clientes, são contribuintes), para justificar o seu mau serviço, e nem lhe dei tempo de voltar a responder, levantei-me e rosnei um bom dia em tom alto, virando-lhe as costas. Ponto final no BPI.
Entretanto a mudança da conta já deu confusão com a domiciliação do cartão Universo (cartão Continente), mas nada de muito grave. Um dia vai vir em que fechar a minha conta actual não me vai irritar e provocar qualquer tipo de stresse. Quando morrer!
Agora falta ainda actualizar a conta MBWay, só depois posso dizer que consegui fazer a transição completa.

quinta-feira, dezembro 07, 2023

GULODICE E CONSUMO DE AÇÚCAR

 Ora aqui está o meu "calcanhar de Aquiles". A gulodice, e pior que isso, o excesso de consumo de açúcar. Houve alturas em que fazia um jejum de açúcar, de forma brusca deixava de comer açúcar por um par de meses. Há cerca de dez anos atrás, deixei de comer coisas com açúcar de forma gradual, até que cortei por completo e assim andei durante 3 anos. Não comia bolos e sobremesas, mas deliciava-me com fruta. Depois, gradualmente, recomecei nos bolos e sobremesas e agora como sem pensar nos malefícios, só para satisfazer a gula. Há doces mesmo bons, bolos caseiros, biscoitos, compotas, gelados, chocolates um sem fim de oportunidades de comer coisas que dão mesmo prazer. Mas gostava de comer muito menos açúcar. A fruta agora como muito menos, depois de um dia ter ido ao médico e ele me ter dito que o meu sistema renal estava sobrecarregado, e fomos a ver e era das muitas ameixas e nêsperas que andava a comer na altura. Na parte da fruta já me controlo, agora há que ir devagarinho controlando as sobremesas. Para já cortei os doces depois do almoço, e tarde e noite nada de bolos ou sobremesas. Apanhei um videozinho online, de uma médica da medicina funcional que disseca esta questão do açúcar e dos adoçantes. No final diz que comer fruta será sempre a melhor forma de comer doces, e que até ver não há doses limites. Mas a minha evidência científica comprovou que de facto o excesso de fruta também faz mal. E se eu me conseguia exceder a comer ameixas, nêsperas, melões, melancias, pêssegos, kiwis, dióspiros, eu sei lá...

Aqui fica o video, para quem apanha o inglês:

quarta-feira, dezembro 06, 2023

O MEU CINTO "REBUSCA"

 Há uns anitos atrás (2013-2014?) comprámos um belo cinto da marca Rebusca, cujo artesão João Leal deixou de dar notícias em 2020. Estes cintos Rebusca são feitos reutilizando materiais, neste caso pneus ou câmaras de ar de bicicletas. O meu foi feito na altura, tirou-me a medida da cintura, escolhi o pneu já gasto, escolhi a fivela. Foi no Festival Bons Sons. Usei-o algumas vezes e depois, um dia, desapareceu de circulação. O que se já é mau num cinto convencional de couro, é mais grave num cinto feito de pneu, pois foi uma coisa que nasceu circular e também para circular.



De vez em quando lá me lembrava dele, e procurava-o aqui ou ali, gavetas ou prateleiras, sacos com roupa esquecidos na garagem ou arrumos. Apareceu agora, passados muitos anos. Estava colocado nuns calções que precisavam de um pequeno arranjo de costura, calções esses colocados num dos dois sacos guardados no arrumo com coisas que precisavam de pequenos arranjos e que estavam à espera de uns dias meus mais tranquilos, que chegaram precisamente este ano, quando o meu médico me receitou repouso. E foi aí que fui buscar a caixa das agulhas e linhas e me agarrei ao trabalho.

A foto acima roubei-a a um blogue que já adormeceu em 2016, mas ainda está vivo na net, o Biclas Blog (link aqui para as suas últimas publicações em 2016). Pesquisando pela Rebusca encontrei a sua irmã brasileira, empresa de uma artesã de Santa Catarina, a Regressa (link aqui), que esta sim continua em acção e com outros produtos criados com outras coisas para além dos pneus e câmaras de ar. Estive a ver os comentários aos cintos da Regressa e de facto coincidem com o que o meu cinto é, alta qualidade, design exclusivo, vegan, elasticidade, funcionalidade, durabilidade (parece sempre novo) e conforto. Ando tão contente por ter o meu cinto Rebusca de volta!!!

terça-feira, dezembro 05, 2023

PRIMEIRO NOVE DE NOVE DA HISTÓRIA - CASTELLERS

 Foi notícia no mês passado, mas os ecos chegaram ao Malfadado. Nestes dias somos sobrecarregados com notícias sobre o futebol, agora até já temos que ouvir comentadeiros a cagar sentenças sobre os Al-isto e os Al-aquilo dos milhões de euros insultuosos para quem trabalha todos os dias com salários que não acompanham os preços para habitar condignamente. Já éramos sobrecarregados com notícias sobre futebol, equipas de milionários e selecções nacionais que contratam jogadores que são transnacionalizados. É por isso que não sobra espaço para outras notícias sobre modalidades desportivas ou outras manifestações culturais.

Daí considerar importante dar eco neste pequeno blogue a coisas que são positivas e que apanhei por algum acaso neste oceano gigante de informação. É o caso deste feito histórico alcançado pelo grupo de Castellers de Vilafranca del Penedès, o primeiro castelo humano de 9 de 9 (amb folre carregat) da história da humanidade.

As imagens falam por si, no youtube que agora aqui partilho, não dizendo mais nada sobre os castellers porque já foram assunto anteriormente aqui no Malfadado.

segunda-feira, dezembro 04, 2023

DIÁRIO DE UMA VIAGEM AO FUTUROSCOPE - ÚLTIMO DIA

 Hoje foi dia apenas de viagem, depois do pequeno-almoço lá começámos a empreender a nossa viagem de regresso. O pequeno-almoço foi no Apart Hotel, houve quem fosse ao Intermarché ali pertinho fazer umas compras e lá nos juntámos num dos apartamentos. Antes de comer lá tive que estar a fazer o check in no vôo, pois os chatos da Ryan Air cobram se quisermos tratar disso atempadamente. Já tinha corrido mal na compra dos bilhetes, pois foram comprados através da E-dreams e depois ficaram as reservas bloqueadas e obrigando a uma estúpida e abusiva comprovação de identidade. Por mim não penso voltar a usar esta companhia aérea, havendo outras opções. Depois deixámos as bagagens numa arrecadação e fomos então conhecer melhor Tours. Valeu bem a pena, mesmo apanhando uns aguaceiros, deu para apreciar a zona antiga, comer no mercadinho de Natal e ainda passear ao longo do Loire. Depois já eram horas de partir e lá fomos nós apanhar o tram de regresso ao aeroporto. Azar dos azares, o avião atrasou e lá apanhámos uma seca extra até levantar vôo. Lá chegámos a Aveiro, despedidas do grupo e lá fomos tratar de jantar. A nossa primeira escolha estava fechada, lá agarrámos no carro e fomos à Pizzarte, para pedir duas sopas e mais um prato para dividirmos, mas... a sopa já tinha acabado.

Em resumo e como conselho: o Futuroscope é um bom local para crianças, mas a língua francesa é um obstáculo a que compreendam muitas das coisas que ali acontecem. É também um bom local para adultos, mas lá está, o francês continua a ser uma barreira. Se lá voltar há que organizar a viagem de forma a poder usufruir das atracções sem perder tanto tempo nas entradas, não diria evitar os sábados, por causa do espectáculo nocturno, mas poder aproveitar o domingo na sua totalidade até à hora de fecho. Balanço dos souvenirs: um par de luvas quentinhas e com as cores da bandeira nacional francesa e uma caneca XXL para disfrutar de tisanas a dois, com a temática mágica da noite de sonho da encantadora Clé des Songes.



domingo, dezembro 03, 2023

DIÁRIO DE UMA VIAGEM AO FUTUROSCOPE - DIA 3

Segunda noite bem dormida no Hotel, segundo bom pequeno-almoço para depois aguentar a jornada. Na verdade a minha viagem apanhou-me num período de recuperação, em que deveria estar a descansar, e o frio não ajudou nada, mas hoje o dia previa temperaturas mais altas e lá fui acompanhando o ritmo do grupo. Mochilas arrumadas para o check out, e lá fomos carregados para o parque de atracções e diversões, que para o ano, 2024, vai incluir um Aquaparque, ainda em fase de construção. Depois de entrar fomos colocar a carga num carrinho gigante que alugam para os grupos deixarem a bagagem. Assim, andámos ali todo o dia descansados, e no final fomos levantar as coisas e fomos directamente para a estação de comboios do Futuroscope, uma construção moderna e bonita, pois tínhamos um bilhete de TGV, que afinal era rápido mas parava muito, o TGV do futuro certamente. Para o dia de hoje estava reservado um espectáculo muito interessante sobre a região de La Vienne, mas também um impressionante planetário com um filme produzido pela NASA que foi verdadeiramente impactante. E como tínhamos tempo decidimos dividir-nos um pouco, para cada um poder repetir as coisas que tinha achado mais divertidas, antes de ir para a experiência da pequena montanha russa, na viagem a Marte, que na véspera não tínhamos utilizado porque quando está muito frio não funciona. Foi assim que repetimos a Extraordinária Viagem antes de almoço, e depois de almoço ainda uma outra vez. Gostava de ter repetido a heroína da BD Étincelle, ou o Caçador de Tornados, mas de resto não repetiria as outras diversões. A afluência aos sábados é muito maior, o que prejudica um pouco o ritmo a que podemos assistir às diferentes coisas, hoje foi muito mais tranquilo, o nosso dia é que foi mais curto para podermos apanhar o comboio de regresso a Tours. Lá fomos então, chegámos já de noite, deixámos as coisas no Hotel City Résidence, ali ao lado da estação e fomos dar um passeio nocturno com jantar. De regresso ao Hotel ainda vimos uma boa parte do triste mas muito bonito e poético filme À Espera de Bojangles, que já tínhamos visto na televisão, e agora repetimos uma parte sem legendas. Aqui fica o trailer, acho que na altur que vi não o partilhei aqui no Malfadado, mas ainda estamos a tempo.

sábado, dezembro 02, 2023

DIÁRIO DE UMA VIAGEM AO FUTUROSCOPE - DIA 2

 Pequeno-almoço matinal no Hotel, e lá vai o nosso grupo numa pequena caminhada de 15 minutos até às portas do Futuroscope. Um mapa com todas as diversões e atracções ajudou a traçar um plano de visita. E começámos a perceber como funciona aquilo, à entrada de cada uma existe um painel que nos indica o tempo de espera e a duração de cada experiência imersiva. O primeiro mergulho foi no mundo da banda desenhada. A banda desenhada francesa, teve vários heróis, uma delas a brilhante Étincelle, e foi repescada uma das suas aventuras, a da opala negra, para construir um enredo moderno e com belos efeitos em 3D. Seguiram-se depois várias diversões, que não vou recordar ou comentar, deixo-vos aqui abaixo um vídeo de 20 minutos com muitas das coisas em que participámos. Antes do grandioso espectáculo nocturno vimos também a Extraordinária Viagem, uma viagem à volta do mundo que dura 1 minuto e pouco no total, mas muito intenso, verdadeiramente extraordinário. O tema para esta atracção é o grande Júlio Verne, francês que revolucionou a literatura de ficção científica e abriu todo um novo mundo nas suas viagens imaginárias. Para esta nossa viagem perdemos foi muito tempo na bicha, e estava um friozinho mesmo bom. Mas a ideia de ver um pequeno filme em 4D verdadeiramente pendurados nas cadeiras, todos em frente ao écran gigante e esmagador, sentir a humidade, o frio, os aromas é realmente muito avançada.

A noite acabou mesmo ao relento, abrigados o mais possível, para ver um extraordinário espectáculo, A Chave dos Sonhos, com projecções variadas em cortinas de água, e com outros efeitos de luz e som. O enredo é bastante poético e introduziu no meu universo cultural uma personagem que desconhecia, o Mercador de Areia. Que existe também na cultura anglo-saxónica, o Sandman, mas que em Portugal desconhecemos completamente. Foi um dia intenso, em que o nosso pequeno grupo de 10 aveirenses esteve quase sempre coeso, só houve pequenas divisões para explorar coisas de forma a dizer aos outros do grupo se valia a pena. Só fiquei mais desiludido com o filme no Imax, não que fosse mau ou desinteressante, mas já vi filmes melhores. O tema, mais uma vez, era o astronauta herói francês, que esteve na Estação Espacial Internacional, com lindas imagens mas faltou um pouco mais de emoção. Esta foi uma das atracções que o grupo todo acabou por não ver, tal como um percurso no escuro total, tal como a Dança com os Robôs, que só alguns é que lá andaram com a cabeça a abanar e às voltas. Eu não fui um desses, para enjoado bastou-me o avião na véspera... talvez por isso também não me aventurei nos escorregas radicais, nessa parte também só assisti. Enquanto bebia um cházinho quente!

sexta-feira, dezembro 01, 2023

DIÁRIO DE UMA VIAGEM AO FUTUROSCOPE - DIA 1

 Hoje foi dia de partida, viagem num dos primeiros aviões a sair do Porto, rumo a Tours. Mais uma vez toca a acordar muito cedinho, pois estávamos combinados para sair às 5 e pouco da manhã. Como era muito cedo para comer, o pequeno-almoço foi tomado já na porta de embarque, enquanto a fila avançava lentamente. Antes a obrigatória passagem pelos perfumes. O problema foi depois, quando o avião levantou vôo, comecei a ficar com muito calor, a sentir-me enjoado, ainda pensei levantar-me e ir à casa-de-banho, mas ao mesmo tempo fiquei com a sensação que se me levantasse, caía logo a seguir. Enfim, tirei muita roupa, pus o ar fresco dirigido para cima de mim e inclinei-me todo para a frente, lá fui respirando e melhorando e depois passou o enjôo. Mas estava a ver que vomitava...

Chegada a Tours a horas, deu tempo para apanhar o tram até ao centro, onde demos umas voltas a pé, vimos mercadinhos de Natal e depois fomos apanhar o autocarro da FlixBus em direcção a Poitiers. Ainda chegámos com ar de dia e lá fomos em direcção ao centro, onde fizemos um percurso interessante e depois apanhámos o autocarro que nos levou para a zona do Futuroscope, onde também tínhamos reservado Hotel. Boa escolha aliás, Prémiere Classe, bom alojamento, como depois verificaríamos nos dias seguintes, com bom pequeno-almoço e com bom acolhimento e apoio para os jantares. Nessa noite em que chegámos ainda fomos ao Auchan ali mais próximo, para comprar mantimentos.