sexta-feira, dezembro 31, 2021

STOP VESPA ASIÁTICA - ICNF

 A última do ano. É por estas e por outras que desisti de fazer reclamações. Em vez disso escrevo aqui no Malfadado. Descobri um ninho de vespa asiática e reportei usando a plataforma oficial que as pessoas devem usar para as autoridades actuarem. Coloquei todas as informações e recebi um mail a confirmar a boa recepção da comunicação. Passada uma semana uma vizinha contactou-me a perguntar se eu já tinha visto o ninho, e lá lhe disse que sim e que já estava oficialmente comunicado às autoridades, e que estava a aguardar a intervenção e que me contactassem. Até agora nada de me contactarem, passadas 3 semanas. Apesar de eu ter escrito expressamente para me contactarem. Essa vizinha entretanto contactou com a Câmara Municipal de Vagos, e no dia seguinte foram lá e eliminaram as vespas desse ninho. E lá me disse que era melhor assim, contactar directamente a Câmara Municipal, muito mais rápido. Então para que existe esta plataforma? Para justificar pagar uns milhares aos amigos que a produziram? Negociatas do Ministério do Ambiente, sempre a mesma coisa desde os tempos do Sócrates, que outra coisa posso ficar a pensar? E neste caso acabei por ficar mal visto pela simpática vizinha...

segunda-feira, dezembro 27, 2021

JOÃO PAULO COTRIM E A BANDA DESENHADA

 Pronto, não gosto nada de fazer referências apenas depois de alguém morrer, mas esta tem que ser. Este meu homónimo nunca se cruzou em pessoa no meu caminho, mas é da minha geração e ouvi falar dele bastas vezes, sempre ligado a uma das minhas paixões, a banda desenhada. Por estes dias o organismo do João Paulo Cotrim não aguentou mais um ataque e ele morreu. Foi o vírus desta pandemia. Fica o seu trabalho. Fica aqui o artigo do Esquerda.net (link) que dá a notícia e dá um vislumbre da sua herança.

sábado, dezembro 25, 2021

A FÚRIA DOS ANOS 20

 São as redes sociais. Aqui fica o cartãozinho que andei a espalhar nas mensagens de amigos do Fb.


DO MEU NATAL DE CRIANÇA À FÚRIA DO SÉC. XXI !

Aqui vos deixo um texto algo longo, nada que os meus leitores não estejam habituados. É roubado ao meu amigo Daniel Folhas, que o escreveu esta manhã no seu Fb, e que eu também publiquei na minha página nessa plataforma.


Quando eu era puto na minha aldeia da Beira Litoral não se trocavam prendas de Natal, ou pelo menos da forma como agora se faz..
Os parcos ordenados dos nossos pais ( pais, no masculino, porque as mães eram essencialmente donas de casa/camponesas ) não davam grande espaço para o nível de consumo a que estamos agora habituados.
Praticamente só os miúdos as recebiam e eram quase sempre constituídas por aqueles objectos de que necessitávamos sendo, obviamente, a roupa e o calçado as prioridades, não fossem os putos fazer má figura no baile da aldeia, apresentando-se de meia sola remendada ou camisola desbotada!
Em geral, os adultos não trocavam presentes entre si e não se sentia qualquer tipo de obrigação social ou recriminação pelo facto de não se ter dado um presente à pessoa X ou Y.
Evidentemente que, o sentimento era recíproco e do outro lado também ninguém se sentia desiludido por não ter recebido ou dado alguma coisa a outrem.
Este hábito não significa que não houvesse trocas entre as pessoas, pois esta era a altura ideal para as ofertas dos produtos produzidos pelos próprios e de que poderiam ter alguma abundância.
Quem tinha uma boa nogueira podia oferecer um saco de nozes para juntar às iguarias da Consoada e quem sabe se não recebia uma bela "abóbora menina" para os filhoses do dia 24!
Com o passar do tempo e aumento gradual do poder de compra as pessoas da aldeia passaram a ter alguma disponibilidade financeira para oferecer aquilo que não tinham e já não só o
excedente, fruto do trabalho agrícola na maior parte das vezes. É aí que me lembro de ver os mais velhos a dar outras prendas a outras pessoas, nascendo o (confortável) hábito de oferecer as
peuguinhas quentes ou o par de cuecas a estrear no ano novo!
Este hábito tão português e que se prolongou no tempo quase até aos nossos dias pode parecer "cafona" e "parolo" porque as pessoas tendem a esquecer que essas pequenas lembranças,
fora daquilo que era o tal esquema de trocas dos excedentes agrícolas, está na génese daquilo que são hoje os nossos hábitos de troca de presentes no Natal. A quadra natalícia rural e tranquila da minha infância, acabou no momento em que as pessoas, já prisioneiras das influências urbanas veiculadas pela TV, começam a dar presentes fora daquela esfera sócio-económica restrita de que já falei.
Os hábitos urbanos instalaram-se progressivamente e a TV foi conseguindo vender ao mundo rural o hábito, tornado já obrigação moral, de oferecer prendas no Natal a toda a família e não só.
Este processo de incentivo à compra nos nossos dias transformou o Natal numa fúria consumista. Gostava de saber quantos miúdos desconhecem que, na origem do Natal, está a história cristã de um miúdo pobre, ao cuidado de um carpinteiro que precisa da ajuda de um burro e de uma vaca para se aquecer no seu "colchão" de palha...?
Obviamente que a figura de Jesus, esse miúdo pobre e desamparado, que foge para não ser assassinado, como fogem tantas crianças hoje, na mesma zona do globo, também para não
serem elas assassinadas por radicais e pobres de espírito e pelos senhores da guerra, é uma história que não interessa contar. É uma história que não vende, porque é real, é triste e essencialmente porque se repete desde há 2000 anos sem que nós, os ditos homens da boa boa vontade a consigamos parar...
A história de Natal que nos contam é a história do Pai Natal, esse "boneco", criado pela Coca-Cola, imagem tão mais simpática do que um esfarrapado em fuga pelos desertos arábicos. Os miúdos de hoje cada vez sabem menos sobre a existência desse tal menino Jesus, mas conhecem de cor o percurso televisionado do velhote simpático, desde a Lapónia até sua casa.
O Pai Natal é a figura central da fúria consumista em que tornámos esta quadra do ano, é um tipo gordinho, bem nutrido, que reluz na sua missão de levar presentes a todas as crianças do
mundo, sem excepção!
Podíamos ao menos ser espertos, fazendo como os Espanhóis, e deixar a missão do Sr. Coca-Cola para o dia que deu origem a esta tradição de oferta, o dia de Reis, mas não, continuamos
teimosamente a tornar esta quinzena de Dezembro uma verdadeira aflição de busca, procura e embrulha, induzidos pela caixa que governa o Mundo e movidos por um sentimento de culpa
que nos foi paulatinamente sendo inculcado de nunca quebrar a corrente de troca...
Esta corrente faz mover milhões de euros e eu não tenho nada contra isso a não ser o facto de amanhã de manhã o caixote do lixo de milhões de lares por esse mundo fora estar cheio com a
ex-última versão da consola xptO de 2021 ou o casaco de Dezembro de 2020 que afinal já não está na moda e que vai engrossar os milhões de toneladas de lixo que, entretanto são
discretamente enviadas para determinadas zonas / países por onde o Sr. Santa Klaus se esqueceu de passar e onde as esperam milhares de meninos que vivem de catar lixo!
E dou por mim a pensar, tão felizes que seriam essas crianças na simplicidade do meu Natal de há 40 anos, onde sem receber presentes, recordo com saudade a espera pelo arroz doce que
vai misturando o seu cheiro com o frito dos filhoses e eu menino, saio e volto a entrar vezes sem conta apreciando as conversas ali mesmo à minha porta no adro da capela, onde a fogueira de Natal irá arder até ao dia de ano novo. A casa está quente, lá fora a singela iluminação pública de Natal da época é apenas um adereço porque a verdadeira luz está nas pessoas, novos e velhos que junto à fogueira que ilumina as paredes da minha casa, conversam animadamente, mais ou menos aquecidas pela cepa irão por ali ficar até de madrugada e eu terei o privilégio de ali ficar à fogueira que aquece a parede do meu quarto.
Ali ficarei, em mais um Natal em que não tive direito a mais do que uns doces como presente e, claro, à roupa nova para estrear no bailarico de ano novo.
Tenho 10 anos, não tenho o quarto a abarrotar de brinquedos, nem nunca irei ter, mas sou feliz porque na minha cabeça isso nunca foi importante!

sexta-feira, dezembro 24, 2021

CARTÃOZINHO DE BOAS FESTAS

 Aqui está então a versão especial para os leitores do blogue Malfadado.



A foto foi tirada na Vista Alegre (Ílhavo), um fim de tarde em que estávamos a passar ali ao lado. Eu já tinha visto e pensei para comigo desde logo que era um local óptimo para o nosso cartãozinho deste ano, mas foi depois, ao passarmos ao longe que a Zeza comentou que estava ali qualquer coisa fantástica, e sem hesitar fomos logo para lá, procurar o melhor ângulo e zás, foi logo à primeira. Na mensagem que enviámos aos amigos não dizíamos onde tinha sido tirada a foto, mas a mensagem escrita revelava o "alegrar as vistas". Era a pista! A foto, de um smartphone Galaxy Z, levou depois retoques, para apagar arames e fitas que seguram as estruturas, e a corrigir cores, nitidez e outros pormenores, para dar este efeito natalício.

Nas várias respostas a agradecer e retribuir, para além da crítica meramente fotográfica, recebemos também outros cartõezinhos e imagens dos amigos, que gostamos muito de receber pois trazem aquele aconchego dos abraços, nas palavras e nas imagens partilhadas.

quinta-feira, dezembro 23, 2021

INFORMAÇÃO ON LINE - DE LEITORES PARA LEITORES

Com os jornais e a informação em geral controlados pelos interesses económicos, ganham espaço na comunicação social portuguesa os jornais em que os leitores pagam para ter informação para ler. Um deles mais virado para o jornalismo de investigação em formato podcast e fruto de uma iniciativa colectiva (uma associação sem fins lucrativos), que promete notícias com profundidade e tempo para pensar, chama-se FUMAÇA (link aqui para a sua apresentação aos "leitores" ouvintes).

O outro é iniciativa individual de um amigo meu, dos tempos da Quercus mais activista e interventiva na contestação, e é recém nascido. É o PÁGINA UM, que se apresenta assim aos leitores no seu estatuto editorial (link aqui para o site do jornal). Ainda agora começou, este que é um jornal escrito assumido, de formato mais clássico, e a concorrência e os senhores das negociatas já estão a fazer marcação cerrada.

Estas iniciativas são as nossas reservas de democracia a mostrarem que ainda estão vivas. E só continuarão vivas se houver gente que acredita que a democracia precisa de protecção contra o sistema que se instalou em que o dinheiro manda nas nossas vidas como nunca antes. A informação é a base da intervenção democrática, contra as mentiras, as falsas promessas e as negociatas que retiram ao património público para engordar uma manada de gente desonesta e que só pensa no seu gordo umbigo. Fica aqui o convite para espreitarem os links de cada projecto, e lerem com ouvidos de entender.

quarta-feira, dezembro 22, 2021

VEM AÍ O NATAL

 Enviado que foi o nosso cartãozinho de Boas Festas, que em breve aparecerá aqui no Malfadado em versão especial e exclusiva para os leitores, estamos então em plena época natalícia. Hoje foi dia de preparar a sopa dourada à antiga (receita recuperada pela revista Banquete, anos 1960, que no site da ACPP aparece como "uma revista de referência na culinária portuguesa. Esta revista surge sem pretensões e unicamente com a finalidade de ajudar as donas de casa na preparação das suas ementas, quer estas sejam simples ou de alta cozinha, de execução rápida ou demorada, económicas ou dispendiosas."). A sopa dourada foi então lançada na tradição familiar pela minha mãe, que comprava estas revistas e as manteve encadernadas e bem conservadas. Esta sopinha que preparei fica a maturar até depois de amanhã e para o almoço de 25, este ano ainda em Coimbra na casa dos pais, mas já sem eles, à volta da mesa só orfãos de pais e sogros, e seus descendentes.

E porque é Natal, partilho convosco um conto histórico, escrito pelo meu amigo Carlos Madaleno e publicado no Jornal Fórum Covilhã (link aqui para o conto). Fica o excerto com as referências às casas de telha vã, sem chaminé e onde se cozinhava e se aquecia o corpo ao abrigo da chuva:
"Relembrava os Natais da sua vida. Os da infância, passados em casa dos pais, junto ao lume onde a mãe fritava filhoses, numa caldeira segura pelas cadeias que pendiam dos negros caibros que amparavam as telhas, por entre as quais se esgueirava o fumo e entrava o frio."

terça-feira, dezembro 21, 2021

SUGESTÃO DE LEITURA - AS DOENÇAS DO BRASIL

 Pois, de facto ainda não li, mas atrevo-me já a subscrever o que disse o Salvador na sua página de Fb (link aqui para esse texto e imagem): 

“As doenças do Brasil” do Valter Hugo Mãe é um livro absolutamente necessário. Trata-se de uma forma completamente inovadora de escrever.
Prosa cheia de poesia que desperta consciência e nos deixa ao mesmo tempo emocionados e perturbados, sensibilizados e incómodos, elucidados e completamente perdidos, empáticos e culpados. Li-o há dois meses e ainda estou de luto, a passar por livros rebound, desesperado à procura de uma sensação minimamente parecida com a que tive com este livro tão importante. É urgente que este livro faça parte do plano nacional de leitura, não é o livro do ano, é o livro da década. Obrigado, Valter.

Como li este ano (e registei aqui) A desumanização, esta descrição do estilo do Valter é tal qual isto mesmo, era isto que eu queria ter dito, mas a minha prosa não alcançou. Ficou como uma prosa-irmã mais pequena desta do Salvador. E já não me lembrava de todo, mas em 2016 a Desumanização passava aqui pelo Malfadado, com um video-clip, descobri agora ao pesquisar o link anterior. (link então para esse vídeo e texto meu com mais de 5 anos). Pois, gosto destas coisas da cultura.

segunda-feira, dezembro 20, 2021

A MÚSICA DO FIM-DE-SEMANA

 Voltou a chuvinha, mas no fim-de-semana que passou estive com um par de amigos no Monte Barata, e a música apropriada para esses dias é esta:


Mas vamos por partes...
A ida ao Monte Barata (propriedade latifundiária pertencente à Quercus - aos associados da Quercus, é mais correcto dizer assim - que está situada no Parque Natural do Tejo Internacional, concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova) marcou o meu regresso a esta que foi a minha casa. Onde conheci muita gente, onde convivi com os meu melhores amigos, onde vivi histórias inacreditáveis.
Mas para além deste marco, a deslocação com dois dos muitos associados da Quercus fundamentais que conheço, deveu-se à necessidade de ali fazer uma intervenção de manutenção do sistema de fornecimento de energia. Intervenção mais do que necessária, mas que era impossível contratar a profissionais, pois a gestão da Quercus nos últimos anos foi uma sequência de roubos e gestão fraudulenta que deixou a jóia da coroa da Associação num estado lastimável, sem dinheiro e com as instalações mal acabadas. Depois das eleições este ano lá se virou a página da vida interna, com os amigos dos negócios e negociatas a perderem nas urnas, entrando uma nova equipa com vontade de fazer diferente. E foi assim que já houve um par de iniciativas em que os associados foram chamados a intervir no Monte Barata. Dando logo andamento a muitas coisas que são necessárias. Mas faltava uma intervenção de gente que sabe destas coisas da electricidade, e por sorte consegui juntar-me a dois associados tão competentes que não participei em nenhum dos trabalhos que os mantiveram 3 dias de volta de fios e disjuntores, amperímetros e ferramentas variadas. De um lado o Artur Esteves, que já se tinha oferecido para dar uma ajuda (quem nunca ouviu falar do Deus da Luz, esta boa alma que na década de 90 ofereceu a instalação da iluminação solar no Monte Barata, indo lá montá-la), do outro lado o Paulo Almeida, engenheiro das electricidades mas que é o cérebro do Núcleo de Aveiro da Quercus e histórico dirigente nacional com vários mandatos na Mesa da Assembleia Geral.
E porquê o Waiting for the Sun, dos Doors? Porque no último dia dos trabalhos eles precisavam que aparecesse o Sol para fazer o teste final à bomba do furo que extrai a água, e apesar de estar um dia luminoso e quentinho havia um corredor de nuvens no céu que tapava o Sol. E foi preciso esperar e esperar, e valeu a pena, porque de facto foi preciso fazer ainda umas adaptações para o sistema funcionar e ficar perfeito para as necessidades.



















Mas o mais curioso é que para além de estar à espera do Sol, enquanto as nuvens não saíram do caminho, estes dois voluntários fizeram umas intervenções "waiting for the rain". O final do Outono foi muito seco, mas esperando alguma chuva, que de facto já chegou, e para evitar inundações, foi preciso colocar plásticos de forma a desviar as águas a mais. Fica a reportagem fotográfica:



Mas perguntará, quem está a ler este relato, o que é que eu fiz nestes dias... pois, para além de algumas fotos, estive a proteger PORTAS!!! (waiting for the sun and for the rain). De trincha na mão. E consegui fazer uma sopa, para experimentar o fogão de indução.
Mas o momento mais alto em termos de emoção nestes dias foi o reencontro com os vizinhos, e principalmente com o Ti Ferreira, com os seus 92 anos e a sua sabedoria imensa, e que está numa forma invejável. Ficou combinado voltarmos a encontrar-nos, pois é muita a conversa para pôr em dia. Emocionante também voltar a Idanha-a-Nova e encontrar algumas caras conhecidas e ver nascer sorrisos.

sábado, dezembro 18, 2021

VIDA SELVAGEM

 Não é preciso vir ao Monte Barata para ver veados ao luar, eles aparecem um pouco por todo o lado. E para ver árvores raras, nesta altura do ano basta sair de casa...



quinta-feira, dezembro 16, 2021

ENCONTROS IMEDIATOS - DR JORGE PAIVA

 Fica aqui o registo de uma boa coincidência, na Galeria de Santa Clara. Fomos comer uma boa sopinha e ao escolher a salinha e a mesa, quando me sentei dei de caras com o sócio da Quercus mais sábio, nem mais nem menos o Jorge Paiva. Acompanhado, estava também a jantar e a conversar muito. Antes de tirar a máscara facial para começar a comer, lá me aproximei da mesa deles, a única que também estava ocupada nessa sala, interrompi a conversa quando, também por acaso, alguém referiu a Associação, e lá baixei a máscara para ele me reconhecer.

Ele fez notar logo que a probabilidade de nos encontrarmos ali, dois ecologistas associados da Quercus, era muito pequena. De facto, eu fui lá parar mesmo por acaso, não estava nos planos, e ele só foi porque as amigas insistiram. Lá me ofereceu ele em mãos o seu postal de Natal, e uma das amigas tinha levado uns biscoitos com farinha de bolota e EM FORMA DE BOLOTA. Mesmo muito a propósito, e lá provámos um biscoitinho, que segundo contou faz parte da sua tradição anual.

É curioso notar que encontro o Jorge Paiva muitas vezes, mesmo sem combinar nada. A última vez tinha sido no comboio, ele ia para Lisboa e eu para Vila Franca de Xira. Tinha eu combinado boleia para um encontro preparatório da regeneração da Quercus, em Beja, já depois do afastamento da nódoa branca e da queda do Carmo. Lá falámos um bom bocado sobre a Quercus, como sempre.

Aqui fica a foto.


quarta-feira, dezembro 15, 2021

PELÍCULA DO ALMODÓVAR - MADRES PARALELAS

 Pronto, fomos com toda a segurança ao cinema. Desta vez para apreciar a última obra deste realizador espanhol cuja vida e obra são, afinal, um pouco de todos nós. Toda a segurança porque os filmes mesmo bons têm sempre menos de meia sala ocupada. Na verdade também não fomos na sessão da noite, uma vez que corremos o risco de nos dar aquela soneira habitual, agora vamos sempre à do final da tarde (que agora no Outono/Inverno é já de noite). E também por isso as salas acabam por estar menos de meias ou quase vazias.

Antes de deixar o trailer apenas duas notas: ver um grande filme no cinema é realmente muito melhor do que ver em casa. E este é mais um dos grandes filmes do Pedro Almodóvar. A segunda nota é sobre a tradução: se no caso do título os tradutores deixaram o original, ou seja, não se puseram a inventar, lá pelo meio do filme apanhei duas coisas mal traduzidas, o que mantém a regra sobre as pobres traduções do espanhol, e pior do que isso, escreverem uma palavra que não faz sentido na frase e na situação vivida pela personagem. É que uma das mães paralelas trabalha no café e ao comentar sobre o seu salário diz que ganha pouco mas também recebe gorjetas. Ora a palavra espanhola que ela usa é "propinas", e quem fez a tradução escreveu isso mesmo, propinas. Confesso que houve bocados em que preferi ignorar as legendas e apreciar melhor a técnica do filme e dos actores.

sexta-feira, dezembro 10, 2021

30 KM/H - DEVAGAR SE VAI AO LONGE

 Petição para a redução da velocidade dos automóveis. Nada como a velocidade das bicicletas e das trotinetas. Assinatura nº 838 é a minha. Motivar a utilização dos modos suaves nos centros urbanos. Link para o site da petição pública clicando aqui. Às 7500 o assunto vai para ser apreciado na AR.

quinta-feira, dezembro 09, 2021

WHAT IN THE WORLD


Pois é, um regresso ao passado, mas em formato de futuro. Quando éramos crianças e adolescentes na nossa casa, em Setúbal e depois em Coimbra, recebíamos mensalmente uma revista americana muito interessante, a World, que agora se chama Nat Geo Kids (link para site). Tinha bons artigos, grandes fotos, posters e jogos educativos. Os nossos pais eram assinantes da revista da National Geographic Society, que também devorávamos pelas fotos e mapas, mas a World era especial. Uma das rubricas mensais baseada em fotos era a "What in the World", onde aparecia uma foto estranha, um pormenor de qualquer coisa, para tentarmos adivinhar o que era. E é este o caso, fica aqui a foto estranha e no meu Fb fica a foto que explica esta estranheza. Fica também aqui um exemplar de capa da revista World, de Setembro de 1975 (neve no Verão quente, eh eh eh), imagino que em Portugal continental houvessem apenas uns dez assinantes:





 

quarta-feira, dezembro 08, 2021

JORNALISMO INDEPENDENTE - BASTA UM PARA VIRAR A PÁGINA DA INFORMAÇÃO

 O meu amigo Pedro Almeida Vieira, que já não vejo há anos e anos, mas que conheci na Quercus, está a lançar um projecto de jornalismo que muito provavelmente tem pernas para andar. Muito provavelmente porque espero que muitos lhe possam dar uma mãozinha, mesmo que pequena, muitos poucos fazem muito. O site é este (link aqui), ainda não foi inaugurado, mas tem o link para a página do facebook do projecto, onde vão aparecendo alguns textos. Como este último a propósito de um artigo na Visão, onde se estraga o Estraca, e que me motivou a divulgar isto aqui no Malfadado. Boas leituras neste dia feriado, e pouco jornalixo a entrar na casa de cada um, são os votos deste escriba, também independente.

terça-feira, dezembro 07, 2021

DEMONSTRAÇÃO BIMBY EM CASA

 Aqui está a foto que comprova a demonstração feita pela muito simpática e mulher trabalhadora (e batalhadora) Cindy Verónica. Saiu uma sopa e um peixinho, com coentros e salsa, acompanhado de vegetais, cozinhados no vapor, e molho de mostarda e iogurte. E uma mousse gelada de frutos vermelhos para sobremesa (atentando na foto vê-se bem que andei a lamber a borboleta depois de preparar esta sobremesa). E ainda, não esquecer, uma limonada aromatizada com frutos vermelhos. Tudo em 1 hora de muita conversa e diversão na cozinha. Depois ficámos 4 comensais e ainda sobrou para outras refeições. E sobrou um monte de loiça para lavar, mas um monte derivado apenas dos acessórios de plástico da Bimby, que ocupam muito espaço nos escorredores depois da lavagem. Porque o jarro de cozinhar lava-se sempre imediatamente e de forma fácil. E tenho logo dois jarros, aproveitando a promoção do mês. 

Esta é a versão de Vagos da famosa bricadeira do venezuelano Hugo Chavez com os nomes dos ministros "Pino" e "Lino": Cindy e Bimby, Bimby e Cindy.


domingo, dezembro 05, 2021

LIVRO DISPONÍVEL - EU FICO EM PORTUGAL

 Pois é, depois da versão rádio, que passou na Antena 1 e deve estar disponível on line, saiu agora uma versão em livro, qual guia turístico para algumas zonas lindas e interessantes de Portugal. Deixo-vos aqui o link para o texto do blogue Menina Mundo, onde se fala sobre o lançamento do livro, em Melgaço, porque o blogue vale bem uma visita turística, quem sabe motive para outras visitas turísticas nada virtuais.

sábado, dezembro 04, 2021

SIM, ISTO É A NOSSA TERRA - 1

 Inicío hoje uma colecção de fotos panorâmicas, com o título que inspira ao bairrismo, ao nacionalismo, ao globalismo e até ao conservacionismo. Porque como dizia num crachá dos tempos do GIDC, "Há só uma Terra. Vamos destruí-la?"


quinta-feira, dezembro 02, 2021

AQUELA MÁQUINA

 Prontinho, já chegou a minha Bimby. Não andava à procura mas quis o destino que me cruzasse com a simpática vendedora, que é também a minha cabeleireira ocasionalmente, e com a boa promoção do mês e de aniversário da marca, acabou por me convencer. Sim, é cara e se calhar a Kenwood é mais completa, mas a Bimby tem esta vantagem da qualidade e da durabilidade. E é para usar bastas vezes, claro, não é para ficar na prateleira. 

É um investimento, mais do que a satisfação de uma necessidade. Fica aqui o registo para memória futura e para registar mais um acaso da vida.

quarta-feira, dezembro 01, 2021

TRILHO PEDESTRE DO JURÁSSICO -COM A VERTENTE NATURAL

 Não fomos aos golfinhos mas... fica para uma próxima. Quem sabe se com esta empresa, que opera desde a bonita vila de Sesimbra, e que tem uma programação regular de actividades de ar livre (link para a página FB). Aqui ficam algumas fotos do dia de hoje: