quarta-feira, setembro 30, 2015

MULHERES, AMBIENTE E ABORTO

O meu blogue é pessoal, não tem colaboradores. Mas muito de vez em quando publico aqui umas reflexões alheias. Desta feita ficam aqui as palavras da Adelaide, publicadas no seu Facebook, e que autorizou a transcrição desde que citada a autoria e pedida autorização. Aqui fica então, perfeitamente roubado, este longo texto, depois desta pequena introdução:

Mulheres, ambiente e aborto: o lugar «certo» para a medalha de mérito procriativo


ADELAIDE CHICHORRO FERREIRA
QUARTA-FEIRA, 30 DE SETEMBRO DE 2015


Este texto é escrito com mágoa. No assunto da homossexualidade a Igreja e certos comentaristas conservadores, como Laurinda Alves, no jornal Observador de 29.9.2015 (http://observador.pt/opiniao/aceita... ), têm culpas muito sérias no cartório, no que toca à promoção do ódio e da intolerância, independentemente de, no caso da homossexualidade, se tratar de escolha ou não. Pergunto: vamos andar a dissecar caso a caso, numa posição de ilegítima superioridade moral, se foi escolha ou não para podermos «tolerar»? E isso não é intrusão na vida privada de cada um? Entramos na sociedade da cusquice? Com os dinheiros dos impostos de quem? E em detrimento de que outros estudos?

Como se isso de se tratar de escolha ou não fosse sequer relevante para o caso! Só escolher colocar as coisas nesses termos (o que escrevemos, assim como o que dizemos ou não dizemos também é fruto de escolhas) comprova que existe, de facto, uma discriminação muito hipócrita na sociedade portuguesa, não só da homossexualidade como também de pessoas que fazem, ou são impelidas a fazer, «outras» escolhas na vida. A jornalista Laurinda Alves, para quem se lembra, foi uma acérrima lutadora anti-aborto na altura do 2º referendo sobre o mesmo. Membro destacado do então Movimento «Esperança» Portugal, deixou seguramente muitas mulheres neste país crivadas de desesperança.

Convém por exemplo ter em conta que a punição social excessiva das mulheres em matéria de aborto (e desigual no que se refere aos homens, que muitas vezes o incentivam) pode levar ao bullying, social e profissional, assim se destruindo os laços familiares heterossexuais, com todo o cortejo de consequências perniciosas para as famílias como a violência doméstica ou o suicídio. Já agora pergunto: concordam com ele os fundamentalistas «pró-vida»? Até parece que sim, a julgar pelas bulas dos medicamentos antidepressivos, que por aí se tomam ao desbarato, fomentando ironicamente a vida descartável. Além disso, não me admirava nada que uma tal punição social (não sustentada pela lei!) conduzisse, como escape para essas situações de discriminação, humilhação ou ostracização, ao acentuar de tendências homossexuais (sim, as tais «escolhas»…), talvez porque se trata neste caso, é bom dizê-lo, de relações muitíssimo mais seguras em matéria de risco de gravidez indesejada, e porque não admira, como é óbvio, que gato escaldado de água fria tenha medo. Afinal de contas, os preservativos não se rompem de vez em quando? A uma pessoa stressada não pode acontecer esquecer-se um dia de tomar a pílula? Mulheres desempregadas, com necessidade de alimentar a família, terão sempre dinheiro para a comprar?

No que toca propriamente ao aborto, tudo isto ocorre a par de gravíssimos fatores ambientais (a (co)incineração de resíduos é um deles, ou a libertação no ambiente de resíduos de medicamentos como é o caso da própria pílula…), que, em matéria de disrupção hormonal (causando também ela homossexualidade, mudança de sexo, infertilidade ou abortos), intervêm silenciosa mas de forma porventura não menos relevante, e impune, nos ecossistemas naturais e humanos, fruto de escolhas de gestores, cientistas e políticos porventura um bocadinho ignorantes, ainda por cima com inúmeros médicos coniventemente a assobiar para o lado. Até porque alguns, diga-se, vivem da cura dessa mesma infertilidade, tal como muitos outros vivem da suposta cura das doenças mentais provocadas pela intolerância. É esta a sociedade de mercado em que cada vez mais vivemos, e nós todos estamos a ser cobaias.

Creio que poderá também ser uma questão de objeção de consciência manter alguma distância crítica relativamente à própria Igreja Católica, instituição ainda muito machista e patriarcal, que, em vez de realmente ajudar muitas das mulheres afetadas pelo aborto, cada vez mais abdica dos seus próprios princípios, facilitando o divórcio e promovendo inclusivamente a pornografia junto dos homens (era pelo menos o que se mostrava num documentário sobre o Vaticano que passou há tempos na TV), como se a poligamia fizesse realmente parte da natureza «animal» da maioria dos homens.
Somos todos animais humanos, convém recordar, além de que as «escolhas» da biologia pouco ou nada têm a ver com as escolhas humanas. Por vezes, são os ateus que mostram mais juízo do que os fundamentalistas católicos, ao chamarem a atenção, como há dias me foi dado ver nas redes sociais, para casos de mulheres que fogem, em horrível sofrimento, da ditadura poligâmica dos mórmons nos EUA (vá lá, nos EUA ainda podem fugir às ditaduras patriarcais… Uma ou outra consegue-o, entre muitas).

Pergunto agora: lá porque a Bíblia diz «crescei e multiplicai-vos», agora vale tudo, em matéria de procriação? É legítimo, por exemplo, que as jovens médicas andem ingenuamente convencidas de que dar óvulos para a procriação assistida é exatamente a mesma coisa que dar sangue? Quais as responsabilidades futuras que podem advir duma coisa e da outra? Não se tem em conta isso, ou o dinheiro é no fundo o que faz mover os médicos? Onde está a bioética? Instrumentalizar barrigas alheias, transformando o DNA numa mercadoria, trivializou-se, com a bênção da Igreja? Permitir que, por falta de empregos e excesso de entretenimento, os jovens adiem indefinidamente a natalidade, é algo que temos que aceitar como uma inevitabilidade? Que escolha se deve fazer: a da carreira ou a da vida? Para quando ambas? E já agora: que escolha fazer no dia das eleições?
Por mais que esperneiem, a conclusão que retiro disto tudo, ao fim de dois referendos sobre o aborto (o primeiro já em 1998), e de muitos outros anos de «fratura ideológica», passados no entanto a observar atentamente a realidade, é a de que os tais moralistas conservadores deram um tiro no pé. Com os gestos de disfarçada intolerância que se observam no artigo acima indicado de Laurinda Alves, e noutros redigidos por fervorosos anti-abortistas, influenciaram exasperantemente inúmeros microeventos de discriminação quotidiana, serrando inexoravelmente o galho da defesa da vida em que tão orgulhosamente se diziam apoiar. Ora, assim não me é possível confiar neles. Confiar cristãmente acaso é, ou pode ser, ignorar ou isolar quem sofre?

Em face de tudo isto, e porque no conceito de Vida deve estar incluído o percurso biográfico, uma mulher conseguir assumir uma gravidez depois dum aborto devia ser reconhecido como ato supremo de heroísmo, em função das ENORMES dificuldades que precisa de superar. Porque de facto já não há pachorra para fundamentalismos religiosos de qualquer espécie, tiro o meu chapéu a essas (muitas) mulheres e mães, sem no entanto precisar de lhes dar nenhuma medalha, pois acredito que por uma questão de dignidade a recusassem liminarmente, ou que até mandassem os seus carrascos psicológicos enfiá-la num determinado sítio.

sábado, setembro 26, 2015

LIXO E LIXO

Esta semana estive em representação da Quercus Aveiro numa visita ao Centro Integrado de Tratamento de Residuos Sólidos Urbanos da zona de Aveiro. Um projecto da ERSUC, uma empresa que deixou de ser pública recentemente, e que gere dois centros idênticos, em Vil de Matos - Coimbra, e este aqui, o de Eirol. Já há muitos anos que não visitava um centro similar, lembro-me de ver um local destes na Alemanha, integrado num intercâmbio de jovens da Quercus com a Naturschutzjugend. Mas este que visitei é diferente, Aqui valoriza-se a parte orgânica, produzindo composto de qualidade. Fui muito bem acompanhado, por uma das caras conhecidas da Quercus, o Rui Berkemeier, que conheço há muitos anos. Mas mesmo assim fiquei surpreendido com a sua enorme capacidade de trabalho e de relacionamento, uma postura aguerrida. Uma das coisas que mais me impressionou nesta visita foi o facto de registarem que aparece no lixo uma enorme quantidade de garrafas de vidro, vidro esse que danifica muitas vezes os equipamentos que utilizam para a separação dos resíduos. Quem anda na rua e presta atenção já tinha percebido que muitas pessoas não separam sequer as embalagens de vidro, pelo barulho que se ouve quando despejam as suas sacadas de lixo nos contentores. Será difícil perceberem que é um gesto em que todos saímos beneficiados??? Os vidros e os plásticos de pequenas dimensões são aquilo que mais as pessoas deveriam separar em casa e não custa nada!!!
E por falar em lixo deixo-vos com este pequeno video humorístico: 

quinta-feira, setembro 24, 2015

PARECE ENSAIADO

Mas acho que é mesmo verdadeiro, estive a pesquisar na net e a coisa é mesmo real (publico aqui a versão com legendas em português que encontrei no Facebook - link para pequeno filme caseiro de menos de 3 minutos):

Garotinha de 6 anos quer que seus pais sejam amigosPara você que acha que as crianças não entendem o ambiente onde vivem. Tiana tem 6 anos, mora com sua mãe solteira e da ultima vez que o pai a visitou, eles brigaram. Cansada, ela resolveu ter uma conversa séria com a mãe.
Posted by Matias Amariya on Terça-feira, 22 de Setembro de 2015
Se é assim com 6 anos, daqui a uns anos vai ser ela que vai resolver o conflito entre os judeus e os muçulmanos! Nobel da Paz para a Tiana, já!!!

segunda-feira, setembro 21, 2015

QUANTO VALE A PENA VOTAR?

Aqui está uma pergunta original. E aqui fica, no Malfadado, a minha resposta, relativa ao próximo acto eleitoral de 4 de Outubro, onde se vão eleger as 230 pessoas (sim, são 230 pessoas) que vão representar as várias regiões de Portugal.
É preciso saber que (com links para algumas fontes de informação):
- No Parlamento existem 12 Comissões permanentes, de deputados que se reúnem para debater à volta de diferentes temas. Mas nestas comissões, existem deputados que estão lá em proporção com a composição do parlamento, o que é o mesmo que dizer que há partidos que têm lá deputados a mais, aqueles que entram e saem do Parlamento, das reuniões das Comissões e das reuniões plenárias sem desenvolver nenhum trabalho. São os deputados que ninguém conhece, que existem quase exclusivamente para fazerem número nas votações e assim defenderem a superior posição do partido. Votam em bloco, respeitando aquela estupidez que conhecemos como "disciplina de voto", mesmo que não percebam nada do que estão a votar, e até muitas vezes contra os seus princípios e contra os interesses regionais que deviam defender.
- Os votos correspondem a um valor que sai do Orçamento do Estado, ou seja, das contribuições da sociedade portuguesa (os impostos), para cada partido ou coligação. Mas só recebem estas subvenções os partidos que elegem deputados, ou seja, os votos em branco, ou nulos e nas formações partidárias muito pouco representativas, poupam nas finanças públicas. E é de recordar que nas últimas eleições só 5 partidos e coligações receberam este valor, uma subvenção (um subsidiozinho...). Há ainda uma verba estabelecida no Orçamento de Estado para cada acto eleitoral, que se sobrar algum depois destas subvenções, é distribuído pelos partidos, mas mais uma vez apenas pelos que elegem deputados. Os grandes engordam mais, os pequenos recebem um balão de oxigénio e os muito pequenos emagrecem mais depois de cada investimento em eleições, que se perde sem receber subsídios ao não eleger ninguém. Para a próxima legislatura, até que haja novas eleições, são 3 euros e 15 cêntimos por ano. Se não houver eleições antecipadas, cada pessoa que vota contribui com 12 euros e 60 cêntimos para o partido em que votou. Não parece muito dinheiro, mas se multiplicarmos pelo número de votos dos partidos da alternância, PS e PSD, é fácil chegar a números impressionantes: mais de 27.203.000,00 de euros que o PSD recebeu nos últimos 4 anos, mais de 19.756.000,00 para o PS, para os outros partidos basta fazer as contas multiplicando o valor de 12,60 pelo número de votantes. Só estes dois partidos, em que a maioria das pessoas votam por puro "carneirismo" e influência das campanhas eleitorais, onde normalmente se reduz a representação democrática a duas alternativas governativas, recebem dos nossos dinheiros uma média de cerca de 40 milhões de euros, dez milhões por cada ano de legislatura. 10 MILHÕES, por cada ano! O próprio BE, que é o que menos votos teve mas ainda assim elegeu deputados, em 4 anos foi subsidiado em mais de 3 milhões e 500 mil euros. Um bom orçamento logo à cabeça, "por supuesto".
- Para o BE eu decidi, com o meu voto, que queria que 12,60 euros dos dinheiros públicos fossem entregues a esta formação partidária. Para gastos da própria organização, sedes distritais, comunicações, deslocações, presença na internet e informação impressa distribuída gratuitamente. Tentei ver melhor onde são os gastos no site oficial, mas ainda falta dar este passo da transparência. Um dia vamos ter os partidos a publicar as contas, como o Podemos aqui ao lado.
- O BE, tal como a CDU e o CDS, têm poucos representantes do povo na Assembleia da República. Todos juntos são apenas 48 em 230. É mais fácil que os pequenos partidos tenham pessoas capazes e bem formadas eleitas a representarem os seus eleitores no Parlamento. PS e PSD têm pessoas de valor nas suas estruturas, mas muitos dos seus deputados são nomeados para estarem no parlamento a cumprirem sem problemas a disciplina de voto de forma acéfala. Votar no BE resultou na formação de um grupo parlamentar de apenas 8 deputados, que depois se vão revezando no seu trabalho no parlamento, sendo substituídos regularmente por outros membros da formação. Estes 8 deputados não chegam para ter uma presença, ainda que seja muito minoritária, em cada uma das 12 comissões permanentes.
- Os deputados podem ter um importante papel no controlo das situações pouco claras de intervenção do governo ou autarquias, ou empresas e instituições. De facto, mais do que uma vez recorri, pessoalmente ou com associações, aos deputados para esclarecer determinadas questões. E deu para perceber claramente que não se pode contar com os deputados ligados à alternância no poder. Nas questões mais graves, onde entra a incompetência de figuras do estado, ou as possibilidades de corrupção, esses deputados defensores dos grandes interesses económicos, não mexem uma palha. Só os deputados que sabemos que vão estar na oposição fazem o seu trabalho. É assim, aqui na questão das ilegalidades da Coutada, são ilegalidades de uma receita do PS, as parcerias público-privadas, mas postas em prática pelos poderes locais e nacionais do PSD. Partidos que fizeram alguma coisa: BE e PCP. Os pequeninos partidos, os que não chegam a eleger deputados, nada fizeram, mesmo não tendo deputados poderiam ter abraçado a questão, mas não têm pessoas para acompanhar tantas irregularidades, num país onde ainda reina o clientelismo, o caciquismo.
- A situação nacional é desanimadora. Os nossos eleitores, deram uma maioria absoluta ao Sócrates, e depois uma maioria, com a chantagem da necessidade de haver estabilidade política para se poder ter um estado com reformas no sentido de haver mais justiça, melhor educação, melhor saúde. Toda a gente acredita neste choradinho da estabilidade, e o PS enche os seus cofres com milhões de euros. Há eleições mas a malta, à terceira, já não acredita no Sócrates, e reforça o CDS, que pode servir para controlar uma qualquer governação, do PS ou do PSD, sem haver um corte radical com o sistema capitalista, onde a grande maioria das pessoas participa com os seus depósitos a prazo. E com muita razão se muda a governação nas eleições, vem-se a provar recentemente que Sócrates é uma figura ligada a vários esquemas de corrupção. Não que sejam provas que já conheçamos, mas do pouco que a comunicação social tem divulgado, há coisas evidentes e vem-se confirmar que existe o tal fogo do muito fumo que já havia, com PPPs, Freeport, o processo dos Robalos e tantas outras negociatas. Nada retira a aura de inteligência a Sócrates e a sua habilidade em manipular, com mentiras, uma vez que estes esquemas tiveram que ser montados de forma a ser muito difícil arranjar provas concludentes dos desvios de dinheiro e a corrupção. E nos últimos 4 anos, com a evolução favorável dos juros e com políticas de grande benefício dos bancos e das grandes empresas, tivemos PSD e CDS a aplicar a política que mais gostam. E a malta também gosta, na sua maioria, afinal as pessoas são pessoas honradas e não gostam de deixar dívidas por pagar. Até porque na maioria, as pessoas acham que estas dívidas serviram para investir nos serviços públicos, não percebem que as dívidas só existem porque quantias inimagináveis foram desviadas para os banqueiros, grandes empreiteiros da construção civil e outros magnatas de negócios da China, quem sabe até da China também, mas a maior parte malta cá do burgo.
- A situação global, em termos políticos, também é muito desanimadora. No sul da América, com a corrupção a continuar a varrer figuras de destaque dos mais variados espectros políticos, como se fizesse parte de um regime tradicional da américa latina (ditadura ou democracia, venha o povo e escolha), na Europa tínhamos, na Grécia, um tira-teimas, com a eleição de um parlamento maioritariamente de esquerda, e de uma "esquerda radical", com muitos deputados eleitos pela coligação Syriza. Mas tudo se desmoronou quando esse governo de esquerda promove um referendo sobre a continuação das medidas de austeridade, impostas pelo grande poder financeiro, em que o povo diz que não quer mais, e depois esse mesmo governo, o melhor que consegue fazer é vender-se por mais e mais gravosas medidas de austeridade. Há uma cisão na coligação e o governo perde a confiança de muitos deputados. A solução encontrada pelo governo é marcar novas eleições, e, com um aumento brutal da abstenção, o Syriza lá consegue eleger nova maioria, desta vez com deputados mais obedientes e que garantam a tal disciplina de voto. Cada vez mais o desencanto e a percepção de que são todos iguais leva a que sejam cada vez mais as pessoas que decidem não ir votar, desta vez na Grécia foram mais 7 em cada 100 pessoas que se juntaram aos abstencionistas, que já eram mais do que 35 gregos em cada 100. Esta eleição de Setembro é o recorde de abstenções em eleições para o parlamento. São cada vez menos as pessoas que carregam a decisão de decidir o futuro colectivo. É verdade que são todos iguais? Não, isso é o que eles querem fazer passar, os que sempre ganham muito com as eleições. São é muito parecidos, na hora dos confrontos com as grandes decisões, principalmente na hora de decidir sobre o futuro do sistema bancário, onde gente de esquerda e de direita, todo o povo, tem o seu dinheiro. Exceptuando aqueles que não têm mesmo dinheiro, uma franja da sociedade com pouca cultura política.
- Já vai longa esta reflexão, e já ninguém se lembra de como começou... ah, pois, as eleições para o parlamento, 230 deputados, gente demais... onde a maioria dos deputados dos partidos da alternância poderiam ser substituídos por bonecos que se levantavam automaticamente quando o lider se levantasse nas votações, e que aplaudissem ou vaiassem quando o seu lider o fizesse. Vou então concluir: na minha opinião vale muito a pena votar. E gosto que o meu voto seja útil, ou seja, que tenha alguma consequência, como a grande maioria das pessoas. Daí que, tendo em conta que há distritos onde os partidos mais pequenos nunca terão hipótese de eleger alguém, tal como há distritos onde os "partidos parlamentares" pequenos também nunca hão-de eleger ninguém, o voto, pelo importante valor financeiro que pode dar, deve ser dirigido para aqueles partidos ou coligações em que podemos confiar para trabalharem na Assembleia da República controlando os mandos e desmandos dos mesmos do costume. Se eu fosse cristão e conservador votaria de caras no CDS, onde sei que há gente com valor e que podem arregaçar as mangas para fazerem alguma coisa pelos outros. Mas como não sou, gostaria de dar a minha contribuição a um partido ou formação ou movimento ou coligação progressista. Em Aveiro só o BE e a CDU acalentam a esperança de eleger deputados, e como tal voto BE. Mas se não houvesse esta esperança, e mesmo que não eleja um deputado, com a minha ajuda, sei que o meu voto vai ser contabilizado para essa contribuição que sai do dinheiro público, contribuindo assim para ajudar quem mais precisa (quem tem menos) e para quem dá provas de exercer um excelente trabalho de fiscalização mas também de trabalhar em propostas para termos uma melhor sociedade.


domingo, setembro 20, 2015

PARA VER A NATUREZA DE PERTO

Há fotógrafos em Portugal que nos dão esta hipótese de olhar de perto espécies que a nossa sociedade não valoriza devidamente. Como o Ricardo Lourenço, que partilha as suas fotos num blogue (link para o blogue R.L. Wildlife Photography). São muito boas fotos, que convido a verem também neste dia de festejos aniversariantes caseiros, onde passeámos de bicicleta (sim, é a semana da mobilidade) e vimos alguma bicharada interessante.

sábado, setembro 19, 2015

AUTISMO E DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES

Já no outro dia tinha apanhado uma palestra muito boa de um professor universitário autista, agora aparece-me este, que apanhei no FB partilhado por um conhecido meu, com este menino prodígio (video bem legendado em português):


sexta-feira, setembro 18, 2015

AS MIGRAÇÕES E OS REFUGIADOS

Uma coisa que já há muito tempo me entristece por dentro é esta questão dos direitos humanos, que existem no papel mas que depois são esquecidos nalgumas partes do mundo. Quando outros valores se levantam…

E na verdade é uma coisa que de vez em quando lá sai num ou noutro texto, ou até numa partilha que cai aqui no meu malfadado blogue.

Mas desde que vim da Escócia há uma coisa que me traz mais triste, num ponto de negrura que despoleta uma revolta no espírito, uma coisa que dá vontade de fazer algo mais. E essa coisa é o modo como os meios de comunicação social abordam a questão e tentam fazer com que os refugiados sejam encarados como migrantes. É uma comunicação social que papagueia o que as instituições políticas dominantes, dos governos até à ONU, querem inculcar na cabeça dos povos: que o grande número de refugiados que procuram a segurança da Europa são pessoas que decidem "apenas" mudar de país, deixar para trás as suas terras, as suas casas, os seus familiares, os seus animais domésticos, os seus bens, e o seu modo de vida, porque querem arriscar o seu futuro indo à procura de melhores condições de vida.
Para ilustrar esta minha reflexão fui buscar esta fotografia aqui (link para o jornal i on line)



 De facto, um refugiado faz um movimento migratório. Mas não chamamos refugiados aos milhares de jovens portugueses (entre outros menos jovens) que recentemente, por causa da violência da crise política e do sistema bancário, emigraram para o Reino Unido, para o Brasil, para sei lá que pontos do mundo, mas até para a Alemanha. São migrantes. Tal como, por outro lado, a quem foge de uma terra que todos os dias é notícia porque ali se vive em guerra permanente chamamos um refugiado. Chamar-lhes migrantes é querer fazer surgir os naturais movimentos sociais racistas, os nacionalismos estúpidos. Querer transformar em migrantes as pessoas que trazem os seus filhos ao colo, a pé, sujeitos a serem humilhados por rasteiras de jornalistas estúpidas (link para ovídeo da jornalista que agride refugiados), ou as pessoas que depois de percorrerem terras e terras chegam ao mar onde vão morrer, ou ver morrer os filhos que trazem ao colo, é querer transformar a realidade.
E uma mentira tantas vezes repetida quase chega a ser verdade. Quase transforma a realidade. Quase… quase transforma as guerras semeadas pelos governos europeus, em conjunto com o super poder americano ou russo ou chinês, hoje em dia sabe-se lá, o poder dos interesses financeiros, com a questão do petróleo à cabeça. Ou as questões do ouro e dos diamantes, como se ainda vivêssemos na Idade Média ou pouco depois, nos genocídios africanos e sul americanos para fazer crescer a riqueza de alguns. E as questões do comércio de drogas e da venda de armas. Em nome de uma Guerra Santa contra os terríveis ditadores do Oriente, por serem perigosos e fundamentalistas (pois, nunca estas guerras foram vendidas pelos jornalistas como sendo guerras de domínio colonialista para poder continuar a explorar os povos e os seus recursos), semearam-se guerras que originaram refugiados. Mas muitos são refugiados que não se ficam pelos países vizinhos, amontoados em campos de tendas sem condições, sujeitos a humilhações e a um tratamento de gente desgraçadinha e que vive da esmola, como já vimos tantas imagens ao longo das últimas décadas. Agora são refugiados que querem ir mais longe, que buscam o “el dorado” como muita gente fez no passado, fugindo de outras guerras, em terras onde existem condições para começar uma nova vida, onde os seus filhos podem ter educação e perspectivas de um futuro melhor do que verem os seus pais serem atingidos por uma qualquer bomba ou bala vinda sabe-se lá de que lado. São pessoas que deixam a sua vida para trás, afastam-se das suas raízes para irem para terras de língua e hábitos estranhos.

Mas nestes dias de revolta que a tristeza funda traz cá para cima, há também uma luz de alegria que chega ao fundo do poço sem fim que trago no coração. Há um orgulho nos amigos e conhecidos e até nalgumas figuras públicas, que trazem a questão humanitária para a luz do dia. Há uns dias que ando a querer escrever sobre isto, e ainda bem que o faço só agora, para não ficar um texto ainda mais escuro sobre a estupidez humana e sobre a subserviência acéfala do jornalismo de massas. E aqui faço então o contraponto, com dois textos importantes, e que “reproduzo”. O primeiro é da autoria de uma amiga que não conheço pessoalmente, e que o colocou no seu blogue (link para o texto na Ponte de Palavras). Um texto que deixa a sua visão global sobre a situação dos refugiados e que motivou o meu comentário por ter usado o termo migrantes e não refugiados.  O segundo colo-o aqui na íntegra, porque ficou apenas no Facebook de um familiar amigo (mais do que apenas familiar), que muitos conhecem por ser irmão da São, o Hugo Veiga. E no Facebook as coisas passam muito depressa e a reflexão triste e corajosa, forte e saborosa, merece um outro destaque, deixar passar esta outra luz para que possa chegar ao fundo de outros poços de tristeza. E é uma reflexão de alguém que emigrou, que passou por esta dificuldade que é deixar a sua terra, os seus familiares, os seus amigos e amigas, os seus animais domésticos, os seus bens, e o seu modo de vida. Que passou por situações difíceis e que por agora está na Alemanha. E que vai ser pai de uma criança muito em breve, num mundo que um dia vai ter que tentar explicar a esse filho como funciona mal…

Já vai longo o meu texto, remato então com o texto integral do Hugo:

"Para todos os que têm dificuldade em distinguir terroristas de Refugiado..

"Significado de Refugiado:

s.m. Indivíduo que se mudou para um lugar seguro, buscando proteção.
Aquele que foi obrigado a sair de sua terra natal por qualquer tipo de perseguição; quem se refugiou; pessoa que busca escapar de um perigo.
Refugiado político. Quem foi obrigado a deixar sua pátria por sofrer perseguição política.
adj. Que se encontra em refúgio, em local seguro e protegido.
(Etm. Part. de refugiar)."

Não tenciono iniciar uma discussão, nem responder a comentários pró ou contra, prefiro a abstenção. Mas sejamos um pouco realistas:

1. Contas feitas, 10 milhões e picos portugueses pagam menos de um euro por 15000 refugiados/mês. Mais pagam por uma cerveja.
2. Políticos roubam toda a gente há anos. Parece-me que o grande problema de Portugal não são os refugiados. "Parece-me"!!!!
3. Muitos dos sem abrigo têm bom corpo para trabalhar. Outros são mesmo desgraçados da vida por más escolhas na vida. Pouca gente encheu o peito a pedir casa para eles. Agora toda a gente se lembra deles. Irónico, no mínimo!!!
4. Os terroristas são "patrocinados " por entidades cujo capital envergonharia o Belmiro de Azevedo. Se eles quiserem vir rebentar a Europa, eles vêm, podem acreditar! Não precisam de vir a pé.
5. Os emigrantes portugueses e a religião Cristã já deram (e dão) muito que falar cá fora. Agora imaginem que rebenta uma guerra em Portugal e os outros países dizem: "não queremos cá esses portugueses cristãos de mer&@..." O que respondiam aos vossos filhos?
6. Minorias que vêm causar problema a Portugal? Detesto usar esta expressão, mas aqui vai: LOL!!! Vão à Amadora beber um café um dia. Ou à noite!! Ao menos estes refugiados estão identificados e podem ser expatriados!!!!
7. Um pequeno conselho: NÃO acreditem em tudo o que vêem nas notícias e na internet por favor!!!!!! Questionem mais a veracidade das imagens, os jornais vendem mais com a criança morta na praia, não com a Mãe a sorrir com um filho nos braços. Aprendam que a comunicação social, quando o interesse existe, é a nossa pior inimiga!!!!!!!

Era para escrever mais pontos. Mas fico por aqui, tenho que ir jantar. Ao menos tenho uma cozinha, acesso a água e a comida. Quando vos faltar isso tudo saberão o verdadeiro significado da palavra "refugiado"...."

terça-feira, setembro 15, 2015

O FILME HUMAN - SEM LEGENDAS

Este filme, que há poucos dias referi aqui no Malfadado, já está on line, para visualização gratuita no youtube. Podem clicar aqui, para ver a primeira parte (link para o youtube, com legendas em inglês) depois de verem este trailer (este com legendas em francês):

segunda-feira, setembro 14, 2015

DESAFIO DO BALDE DE GELO EM 2015

Faz um ano que esta moda solidária passou em Portugal, muito contribuindo para a melhoria dos serviços que a APELA presta, muito contribuindo para o conhecimento geral sobre a ELA. Este ano, porque existe ainda a necessidade de recolher fundos para a investigação científica, e com a presença de algumas figuras públicas, houve uma sessão de sensibilização, num belo dia de Verão. Aqui fica a reportagem fotogáfica desta iniciativa, onde eu estive presente mas só em espírito, uma vez que me foi impossível deslocar ao Jamor.

domingo, setembro 13, 2015

É POSSÍVEL VOTAR POR CORREIO

Sim, mas em Portugal não. É assim o sistema partidário que temos, falam muito sobre a falta de participação das pessoas nos actos eleitorais mas não facilitam a vida de quem quer votar. De facto, interessa-lhes mais que poucas pessoas votem, embora digam o contrário. Porquê este interesse, ou desinteresse por esta questão? Porque assim mantêm o poder de decidir nas pessoas mais facilmente manipuláveis... nas que não se deslocam muito para fora dos seus lugares habituais, nas que passam os fins-de-semana sem ter nenhuma ocupação de cidadania activa, ou cultural ou desportiva. Nas pessoas que se mexem pouco, e que vêm muita TV. Na Catalunha, cada vez mais perto da independência, é possível votar por correio antecipadamente. Aqui fica o video onde se explica o processo (clicar).

sábado, setembro 12, 2015

O PODER DISCRICIONÁRIO DOS JUÍZES

Ainda a propósito do texto de ontem, sobre a Coutada, não posso deixar de partilhar este pequeno video da Porta dos Fundos. Com dedicatória a todos os Juízes portugueses que se cruzaram comigo no decorrer dos meus processos contra as ilegalidades do estado, em menos de dois minutos esta caricatura arrasa mesmo:

sexta-feira, setembro 11, 2015

DE NOVO A COUTADA

Poucas semanas depois de me ter livrado de uma Juíza do Tribunal Administrativo de Castelo Branco, de uma incompetência e falta de imparcialidade indescritíveis, no final de um processo que levou mais de 15 anos para estar concluído, onde o estado português aniquilou uma exploração agrícola através do Ministério da Agricultura e do IFAP (o velhinho IFADAP que mudou de nome mas não mudou de postura, mudaram só as moscas... como se diz em linguagem popular, mas a merda é a mesma), eis que volto à Justiça, desta vez não como contestatário exigindo justiça, mas como acusado de ter denunciado publicamente uma obra ilegal. Estávamos em Janeiro, há 9 meses atrás, e uma parceria público-privada que envolve gente poderosa desrespeitou as leis nacionais. E eu, depois de recorrer "ao sistema" policial e jurídico, sem sucesso, resolvi fazer um pouco de ironia e denunciar a situação. É que o Ministério Público de Ílhavo não fazia nada para parar a ilegalidade na altura. E continua sem dar resposta às queixas apresentadas ainda em 2014. Falta de meios? Dificilmente é essa a razão, uma vez que os mesmos magistrados aceitaram uma queixa apresentada pelos promotores das ilegalidades, que foram fazer queixinhas de que eu tinha inutilizado uma placa informativa (ver video e partilhar, porque ainda está actual). Ora, dava para ver perfeitamente o que dizia a placa depois de pintada, para mais com tinta lavável, era só um complemento informativo, acrescentar que a obra estava licenciada ilegalmente pela Câmara Municipal de Ílhavo, que a obra estava a decorrer ilegalmente, por não cumprir com a legislação e os processos judiciais.. E se tiveram o trabalho de fazer queixa, não teria sido mais simples mandar-me a conta do prejuízo e ver se havia quem o pagasse, em vez de andar a fazer perder tempo as entidades públicas? Enfim, a verdade é que o Ministério Público não deu resposta à queixa sobre as obras ilegais, mas fez andar a queixa sobre a placa que eu utilizei para melhor informar sobre a obra. Já mais do que uma vez as entidades da investigação, sempre a propósito deste caso das ilegalidades na Coutada, quer a Judiciária quer o Ministério Público, quando me queixo do tempo que demoram a investigar ou a dar respostas, alegam que existem outros processos mais urgentes, violência doméstica ou outros. Agora percebo os atrasos: um plástico sujo com tinta lavável é muuuuuiiiittttooooo mais grave do que um caso onde cheira a clientelismo.
Felizmente a partir de hoje há um advogado do meu lado, o Dr. Albano Pina, que tem acompanhado a situação nos processos judiciais da Quercus e arregaçou mangas para ser o meu defensor. Vamos lá ver no que vai dar, mas já posso adivinhar...

domingo, setembro 06, 2015

REVISTA À PORTUGUESA - EXCELÊNCIA PORTUGAL

Para quem gosta de ler coisas variadas, a internet é um mundo. Mas há tanta coisa a passar, tanta informação, que olhando ao acaso há muitas coisas que passam despercebidas. Aqui fica a referência a um blogue colectivo, onde são inseridas variadas coisas sobre Portugal, podemos pesquisar sobre temas, é um nunca acabar de coisas. Bem escrito e sem pretensões, mas também sem as restrições impostas à imprensa tradicional, é como se estivessemos a ler uma boa revista. Uma revista à portuguesa, mas sem ter nada a ver com este género teatral de comédia e música. Basta clicar aqui e começar a explorar (Link para o blogue Excelência Portugal).

sábado, setembro 05, 2015

BALANCETE DA IDA À ESCÓCIA

Foram dez dias de viagem. Tivemos boleia de Vagos até ao Porto, depois foram sempre transportes públicos, até regressarmos a Aveiro, onde uma amiga que pretende manter o anonimato nos foi buscar para chegarmos a casa, cansados mas descansadinhos. Antes de decidir sobre vários assuntos da viagem, estabelecemos um valor que achámos razoável, como sendo o máximo que gastaríamos.

Esse valor foi de 1300, 130 por dia para gastar em transportes (avião, comboio e autocarros), dormidas, comida, cultura, lembranças. Para ter uma ideia, aqui fica a conversão: 1300 libras - 1785 euros

Do orçamento inicial conseguimos poupar 67 euros nos bilhetes de avião, 120 euros de aluguer de carro (quer dizer, aqui desistimos mesmo de alugar carro por 3 dias..), nos bilhetes de comboio poupámos 237 euros (nas compras antecipadas on line conseguimos marcar viagens com descontos muito significativos) e nas dormidas gastámos mais 281 euros do que no orçamento inicial (porque de facto as dormidas na Escócia são muito mais caras do que aquilo que se pratica aqui pela península ibérica, mas também porque quando marcámos já foi um pouco tarde e os mais baratos já estariam sem vagas). Gastámos também mais 76 euros em autocarros e no táxi (além da deslocação foi a experiência cultural de andar num táxi britânico - inesquecível) no dia da chegada.

Nas lembranças a aposta foi nas bolachas tipicamente escocesas, mais uma ou outra pequena lembrança.

A comer gastámos cerca de 150 euros, na chulice das conversões bancárias gastámos mais alguns 40 euros, mais uns euros em souvenirs, no final gastámos um total de 1660 euros (dá 166 euros por dia), menos 125 euros do que o nosso orçamento inicial, que foi de 1300 libras. Ou eram 1300 euros???

quarta-feira, setembro 02, 2015

PERFECT SENSE

Passou na RTP 2 e vi até ao fim. Tem bicicletas, pois claro, e foi filmado em Glasgow, nem de propósito. Para quem gosta de reflectir sobre o amor e sobre a sociedade contemporânea, aqui fica a recomendação (em Portugal passa com o título "O sentido do amor"):

terça-feira, setembro 01, 2015

DE BLOGUE EM BLOGUE

Estava eu a ver um blogue de um amigo de Coimbra, o A Funda São (link para o blogue, só para adultos), quando vejo lá um destaque para o blogue que de vez em quando também leio de um outro amigo, este de Aveiro, o Não Compreendo as Mulheres (link para o blogue, só para homens). E no texto re-publicado, estava o convite para visitar o blogue de uma amiga dele, que também é minha amiga (ele e ela conhecidos das minhas actividades políticas no BE). É um blogue novinho em folha, o Utopia é a Meta (link para o blogue, só para quem vê a meta).
É nos blogues que muitas vezes nos apercebemos como vai a vida dos nossos amigos, na ausência de encontros pessoais, que tantas vezes não acontecem pela distância ou pela falta de oportunidades. Pelos acasos...