quinta-feira, agosto 26, 2021

QUANDO AS PEDRAS FALAM, MAS OS REPÓRTERES SÃO SURDOS

 A minha amiga Amélia Fonseca destacou a emissão deste programa "Vá dar uma curva". Link aqui. A partir do minuto 7 entram nas terras que são as minhas, concelho de Idanha-a-Nova. O percurso começa por Alpedrinha, terra fustigada pela autoestrada A23 por erro técnico e político que acompanhei na altura, quando as pessoas de Alpedrinha pediram o apoio da Quercus Castelo Branco. Processo que dava para escrever um livro irónico. Quem sabe um dia...

A moda das televisões generalistas este ano é esta: andar por aí a mostrar o nosso Portugal, divulgando e promovendo. A falta de imaginação dos que definem a programação tem destas coisas, todos, mais ou menos nos mesmos horários, andam a mostrar o Portugal que merece ser conhecido. 

Nesta reportagem, lá mais para o final, dá para ver que os repórteres de imagem fizeram algo que mostra bem a falta de respeito das pessoas em geral pela conservação da natureza. Uma espécie protegida e que luta todos os dias pela comida que é muito escassa, é incomodada pelo drone da TVI e assustados têm que levantar vôo do local onde estavam a descansar e abrigados da inclemência do Sol. Enfim, as pedras falam, mas há calhaus surdos por todo o lado.

quarta-feira, agosto 25, 2021

ANTÓNIO DA CONCEIÇÃO - PINTOR DE VAGOS COM TRABALHOS DE GRANDE VISIBILIDADE

 Aqui fica o link para uma apresentação deste artista, que é meu vizinho de rua. O pintor fala dele e dos seus trabalhos, video de meia hora publicado no Facebook (clicar aqui). Podem ver também trabalhos seus na sua página de Fb, ou na página da artista Sandra Ferro, que tem igualmente obras interessantes.

VIAJAR EM PORTUGAL, VIAJAR NA NET

 Espetadas em pau de loureiro. Calipolense.

Num restaurante em Mértola, onde a comida até era bem confeccionada, pedi uma promissora espetada de carne de porco ibérico em pau de loureiro. Veio para a mesa e era de verdadeiro pau de loureiro. Era de carne de porco ibérico. Mas não era uma espetada convencional e foi aquele barrete: Carne fina grelhada na brasa, normal e apenas temperada com sal. E depois de grelhada foi espetada num pauzinho de loureiro. Resultado: não trouxe nada de bom à carne, e só deu trabalho ter que a desespetar. Só comparável ao barrete de um dia destes, num restaurante pertinho da Praia da Torreira (Murtosa), onde encomendámos um polvo na telha, à espera de uma coisa original, e vem para a mesa um polvo panado, que depois de frito foi colocado numa travessa de barro vidrado, de facto em forma de telha. Com a agravante da dose dupla vir na mesma travessa estreita, e não caber acompanhamento a condizer, um par de batatas e já está.

Calipolense é um natural de Vila Viçosa. Conimbricense, bracarense, flaviense, egitaniense, albicastrense, quase sempre casos em que o gentílico deriva da denominação em latim, do tempo dos romanos por terras lusas. Mas fui verificar a origem de Calipolense e na net descobri uma versão que explica e uma outra versão de um popular que deixou numa dessas plataformas colaborativas uma invenção. A invenção é clara, Calipolense deriva da denominação romana de Vila Viçosa. A explicação vem da investigação, e diz que vem do grego Calipolis, designação usada para se referir a Vila Viçosa de um historiador da época pós-medieval, que foi buscar ao grego Callum e Polis, para dizer que é uma Vila Formosa. E depois esse termo foi sendo usado e passando de geração em geração. De facto, não fazia nenhum sentido os romanos darem um nome grego a uma localidade. Já se fosse nos dias de hoje, nada me admiraria nascer uma nova povoação num qualquer país já com um nome em inglês, tal é a invasão e colonização de que somos alvo todos os dias. Everiday, you know what I mean!

Mas nem tudo é mau, e sempre haverá um reduto de resistência. Em Mértola, um restaurante e bar só serve produtos nacionais. Cocktails, isso mesmo, coquetailes, só com bebidas nacionais. Um deles só com bebidas alcoólicas produzidas abaixo do Tejo, outro com base em licor de poejo. Assim sim!

CAFÉ DAS CUMADI - AS COMADRES DA MÚSICA BRASILEIRA EM GRAVAÇÕES ÚNICAS

Fica aqui um video, depois é só fazerem um apoio a este canal e aproveitarem todos os muitos e bons videos, e músicas. Esta é já da segunda temporada do Café das Cumadi.

POUSADAS DE PORTUGAL

 Com as 2 noites proporcionadas com os vouchers promo das Pousadas de Portugal na mui nobre Villa Viçoza, chegou o momento para fazer a verificação das Pousadas que conhecemos: 1 - Vila Viçosa, 2 - Arraiolos, 3 - Flor da Rosa, 4 - Alvito, 5 - Convento do Desagravo (esta já fechou por falta de acordo com os proprietários, mas ainda conta), 6 - Palmela, 7 - Ria, 8 - Amares, 9 - Alijó, 10 - Viseu e 11 - Marvão. Em 34, neste momento disponíveis, 31 aqui em Portugal e 3 nos territórios insulares.

Já os Paradores, ainda estão por estrenar.

segunda-feira, agosto 23, 2021

ECOLAND

Mais de um mês depois de ter dado novas no Malfadado, aqui estão as palavras de volta ao meu blogue. São poucas, mas antes agora, do que passar o Agosto com este espaço público às moscas. Estou sentadinho num alpendre de um alojamento turístico - que se designa Ecoland - a apanhar uma aragem fresca da manhã e a ouvir os vizinhos a falarem alentejano, e a ver um pequeno rebanho de ovelhas a restolhar nas ervas secas procurando algum pequeno-almoço. O Ecoland, com as suas bicicletas eléctricas, está situado entre Mértola e o famoso Pulo do Lobo, viemos Portugal abaixo para conhecer estas terras e estas paisagens. E valeu bem a pena. Viemos também ter uma experiência de dias quentes, pois na zona de Aveiro o Verão tem estado fresco, com um par de dias quentes muito de vez em quando. Só tem faltado é a chuva para ir regando, pelo que nas últimas semanas lá tenho passado os dias a regar nos terrenos onde andei a plantar árvores e arbustos. E vindo nós uns dias de férias, lá ficaram amigos e família a regar (aqui fica o nosso reconhecimento público), pois ainda não regressaram os dias de chuva à nossa região. E muito menos aqui ao Alentejo.

Para além das regas, estes dias pós-covid são marcados por tonturas ligeiras, que, curiosamente, todos os dias desaparecem por volta das 17 horas, só voltando depois das 21. Mas são dias úteis, pois lá andei eu a acompanhar as pequenas obras da casinha gandaresa, e a fazer alguns trabalhos de manutenção, aqui e ali. Foi também tempo para se resguardar mais do calor e tentar recuperar algum peso, longe de stresses e mais perto de bons filmes e séries, principalmente na RTP 2.

Hoje iniciamos a viagem de regresso, com um par de noites em Vila Viçosa. Com um bocadinho de sorte ainda partilho aqui umas fotos, mas tendo aqui entre mãos umas reclamações com a EDP Comercial em grande destaque, e com viagens e programas culturais alentejanos, talvez as fotos fiquem só para depois, quem sabe, um dia... quem sabe um dia os linces se vão reproduzindo e encontrando alimento, e possamos vir aqui para os observar livres na sua e nossa natureza castigada.