quarta-feira, março 31, 2021

DIAS DA MULHER, DO PAI, DA PRIMAVERA, DA MUDANÇA DA HORA. NOITES CULTURAIS E LÚDICAS


Já há saudades de uma noite de espectáculos ao vivo. Enquanto tal não acontece vamos tendo a TV com bons filmes e boa música ao vivo, e há sempre jogos para jogar em família. Dos bons filmes há a destacar este japonês que passou na RTP (link para a RTP Play ainda disponível por estes dias): ASAKO I E II. quem puder ver um destes dias não perca, então se passar num cineclube, numa sala escura e boa imagem e som, é de ver e rever. Fica aqui o trailer: 


Neste mês tivemos mais uma vez um Dia da Mulher. Nesse dia participei no lançamento de um livro todo ele pensado para homenagear a Mulher e o seu papel na vida de todos nós. Com o título de um poema da Maria do Rosário Pedreira, o livro reúne fotografias de 5 fotógrafas, escolhidas pelas autoras com base no citado poema, que também está no livro. E na sessão de lançamento foi recitado pela Fernanda Botelho, grande mulher de muitas artes e causas, tal como ficou registado em vídeo:

 

Ouvir o poema e ver algumas das fotos só abriu o apetite para ver o objecto final, o livro, que tive depois a oportunidade de oferecer a duas mulheres especiais com quem me cruzei na minha jornada por terras lusas. A primeira delas a Rosa Branca, mulher trabalhadora e mãe coragem, que nos seu noventas me encanta com as suas histórias e modo simples de viver, que é de uma terra de mulheres que trabalham a terra, que a tratam com o amor de quem tudo dá de si para ver florescer a vida. É a mãe do meu amigo Alexandre, que por acasos do porvir mora na mesma rua que eu. Para além do lindo nome, esta senhora tem sempre um sorriso e uma tranquilidade envolventes, uma paz interior que se espalha. A segunda é a Cristina Gatões, de quem já aqui falei no Malfadado, e que depois de uma tormenta na sua vida profissional merecia uma homenagem de quem a conhece de mais perto. É daquelas mulheres trabalhadoras com grande capacidade de ter a sensibilidade para ultrapassar situações complexas, e de lidar com muitas frentes de batalha. Foi também uma oportunidade de nos revermos e de rever as suas crianças, que estão já jovens adultos. Oportunidade de pormos a conversa em dia.
A aquisição dos livros foi também a oportunidade de conhecer pessoalmente uma das fotógrafas, a Fátima Lopes, de Cantanhede, mulher cheia de dinamismo e que escreveu, a meu pedido, uma dedicatória a cada uma das mulheres numa das suas fotografias, antes de eu próprio fazer uma dedicatória de oferta no início de cada livro.

Foi também o Dia do Pai, com uma atenção especial à situação do meu pai nos vários dias em que passei em Coimbra. Passados 3 meses desde que fiz a sugestão, aceitou finalmente uma consulta com um especialista de medicina interna com visão holística. Contou-me mais algumas histórias, mas menos, porque por razões de saúde mútuas deixei de ficar em casa com ele. Põe-me o estômago às voltas porque não tenho capacidade para lidar com coisas que vão absolutamente contra aquilo em que acredito profundamente em termos de saúde. O que vale ao meu pai é ter feito mais filhos, que assim se complementam no apoio que agora precisa nesta adaptação a novos tempos e novas situações. Como este novo tempo em que nasceu logo no dia a seguir ao Dia do Pai o meu único sobrinho-neto, Frazito para a posteridade, Vicente de nome próprio. Para mim poderia ser Vicente Josué, mas como não fui indigitado padrinho...
(foto dos anos 90, visita dos meus pais ao 66 do Bairro Social de Idanha-a-Nova)


É também este mês o da Primavera, aqui ficam algumas imagens alusivas, obtidas no Eco-Sítio da Casinha Gandaresa:








Veio também a mudança da hora, que para mim vai ser uma coisa boa, pois ao acordar normalmente antes do nascer do dia, vou passar a acordar a uma hora mais decente. E não será grande problema acertar a hora do deitar, pois na verdade a partir das 22 horas antigas eu já andava a dormir em pé, agora será a partir das 23, já é boa hora de ir logo para a cama.

Nas noites culturais, depois de iniciar com o cinema, o destaque vai para a música, com uma série de programas que passam na RTP 1, com boa misturada de música em língua portuguesa. É a Rua das Pretas no Coliseu, idealizado e interpretado pelo Pierre Aderne (que já teve este filme Rua das Pretas de 2015 colocado em série televisiva) e tanta gente da música. Agora temos a versão ao vivo no Coliseu, mas num Coliseu vazio por força das normas da pandemia. Fica aqui o link para se ver na RTP Play (clicar aqui) e fica o trailer:





Para as noites lúdicas fica a novidade que jogámos pela primeira vez ao Ticket to Ride Europa, um jogo de tabuleiro que promete ficar para nos entreter algumas noites. 

sábado, março 06, 2021

ENTRADA DE MARÇO, SAÍDA DO INVERNO

 Cá estou de volta às coisas que merecem uma referência aqui o Malfadado. E a mais bonita de todas está relacionada com o renascer das plantas, depois do frio e água a mais do Inverno. Pressionados por aderir à BICA (link para a página da rede no Fb) com a nossa casinha gandaresa, estreou ontem mesmo a nossa página oficial no Fb (link clicar aqui) que apresenta a casinha gandaresa e o trilho que está criado para dar a volta ao terreno que adquirimos, para asim o consagrar à defesa do ambiente: uma ilha no meio de uma guerra química e de zonas de eucaliptos. Acho que é o primeiro Eco-sítio de Portugal, e certamente é uma das poucas recuperações de casas em adobe que a transforma respeitando em grande parte a sua estrutura externa e interna, adaptando-a a uma casa de habitação 100% acessível (sem barreiras) e com níveis de conforto térmico e de humidade acima da média em casas novas. E será também a primeira em Portugal em que a recuperação se faz sem fechar a propriedade com muros ou vedações, mantendo o carácter aberto dos terrenos da zona gandaresa, permitindo a qualquer pessoa ir dar um passeio e percorrer o Trilho carriça e tritão, provando os frutos e respirando o ar puro.

Na Gândara já as árvores despontam, os salgueiros na zona mais florestal são os primeiros a arrancar, mas as ameixieras também já dão flor, enquanto os carvalhos ainda aguardam para explodir com o seu verde de esperança, e só os bogalhos pendurados vão fazendo alguma sombra sobre as ervas à volta dos bonitos troncos, ainda frágeis mas já anunciando, em promessa de vida, a bela árvore em que se vão tornar.

A beleza da Agricultura Biológica está bem patente numa entrevista que apanhei na TSF e que convido para ouvirem aqui (link para a rubrica Verdes Hábitos). São 7 minutos e meio em que uma portuguesa, meio americana e meio dinamarquesa explica como se estão a converter terrenos de guerra química em terras agrícolas. Os vinhos ainda não são de agricultura biológica, pois ainda estão em conversão, mas pelos preços já parecem. Se quiserem beber vinhos de grande qualidade e exclusividade, apoiando assim um projecto de futuro, comprem nacional aqui na loja das Cortes de Cima (link), alguns vinhos poderão estar com preços de promoção. E também produzem bom azeite. Mas preparem o cartão de crédito!!!!

Já plantei as últimas árvores este ano, levei-as para um pinhal de família na zona de Nelas. Foi um ano de fracas plantações, mas também semeei uns carvalhos aqui perto de Vagos, enterrando umas bolotas aqui e ali, dois ou três já os vi a espreitar com as primeiras folhas, ainda muito junto ao solo. Ainda sobraram umas nespereiras que nasceram fora do sítio, e uns loendros para levar para o Cabeço Santo, se calhar um dia destes vou para lá, com a minha pá, e coloco-os todos misturados, sabendo de antemão que vou ter que lá voltar para os regar nos primeiros dois anos, para garantir que enraízam devidamente e depois se aguentam para a eternidade (se não vier um fogo muito destrutivo entretanto, que faça um reset na eternidade).