domingo, junho 26, 2011

COMIDA GOURMET EM VAGOS

Acabou hoje uma iniciativa de participação gratuita, que durante 4 dias trouxe a Vagos alguns muito bons cozinheiros e pessoas ligadas à restauração gourmet. O muito calor durante o dia não ajudou nesta iniciativa, nós só lá fomos duas vezes, uma de noite, outra ao fim da tarde.
Não gostei do nome: VAGOS SENSATION GOURMET, muito inglês com francês, à mistura com o restaurante Mercado Velho, ali no centro central de Vagos, que dinamizou esta actividade. Mas o facto é que quem ajudou nesta organização é uma nova empresa de Vagos, a "The Blue Trip", pois, tudo em inglês, e assim é mais fácil perceber que o nome da iniciativa seja tão estrangeirado. Pelo menos seria um grande trunfo para divulgar junto de turistas internacionais, mas depois as iniciativas eram todas para os falantes de língua portuguesa... não faz sentido!
Não gostei do nome mas gostei do formato! Uma cozinha bem equipada, ao ar livre, um pequeno auditório formado por cadeiras de esplanada, alguns stands com produtos portugueses e gente nova e dinâmica a falar do que sabe, uma simpatia permanente.
Um dos workshops (pois, uma oficina prática) era de culinária vegetariana, esse fomos ver mas foi muito fraquinho, nada de especial em termos de informação nem de idéias. Nem de troca de experiências, foi mais ver como se fazia um guisadinho (ratatouille).
Mas comprámos um kit (sim, um conjunto) de participação neste festival de Verão, com embalagem feita só com materiais recicláveis (ver as fotos que se seguem)









contendo um pin (crachá), uma t-shirt (camiseta de manga curta), um postal muito original e um copo!
Um copo? Sim, porque nesta iniciativa podíamos fazer provas de vinhos e nós participámos numa das actividades que foi a "Iniciação à Prova de Vinhos", com a Joana Martins (multiplamente premiada em concursos de escansão) e o Alberto Gradim a explicarem bem e na prática como se faz a prova de vinhos e como deve ser servido. Não ficámos embriagados, porque bebemos só o necessário para provar! Foi muito bom! Assistimos ainda a outra pequena demonstração de culinária ao vivo, mas com uma sobremesa com chocolate e framboesas.


Para breve a promessa de colocar aqui uma foto bem divertida que nos tiraram neste evento!

sexta-feira, junho 24, 2011

BICICLETAS ARRANJADINHAS

Os leitores mais assíduos já sabem que eu pedi aos amigos a oferta de bicicletas que tenham em casa e que não usem. Ficam com mais espaço em casa (ou garagem) e eu recupero as velharias e entrego a quem as usa. E tenho, no meu álbum de fotos, um capítulo destinado a fotografar bicicletas que vou arranjando e vou dizendo por onde elas andam.
Para ver basta clicar aqui: BICICLETAS ARRANJADINHAS

quinta-feira, junho 23, 2011

JUÍZES APANHADOS EM FLAGRANTE

Não são ainda juízes, mas lá chegarão. E este caso verídico mostra bem a podridão do sistema judicial. É que não foram só os futuros juízes apanhados a copiar de forma descarada, foi também a decisão de deixar passar todos com nota igual! Eu tenho, no meu processo, decisões assinadas por juízes que são um perfeito insulto à inteligência, nem sequer fico surpreendido por estas notícias. Mas fico triste por ver que as coisas não caminham para melhor, com o passar dos anos. E revoltado, por isso aqui fica este texto do Marinho e Pinto, que tirei daqui (link para o site do JN) , agradecendo ao Mouta, que me enviou por email:

Honestidade dos juízes

O «caso do copianço» no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) ilustra, como poucos, uma das principais causas da degenerescência da Justiça portuguesa. Em vez de ser um verdadeiro centro de formação, o CEJ transformou-se numa espécie de universidade em que os formandos foram reduzidos ao estatuto de alunos e os formadores elevados à categoria de catedráticos. E, assim, em vez de efectiva preparação profissional, o CEJ ministra um ensino essencialmente teorético e laboratorial assente no paradigma professor/aluno, em que a cabeça dos formandos é atulhada com tecnicidade jurídica pelos seus omniscientes mestres. Não admira que, assim tratados, os chamados auditores de Justiça se comportem como alunos, para quem copiar nos exames sempre foi uma espécie de direito natural.

Só que esses alunos com 26, 27, 28 anos de idade serão, dentro de meses, magistrados que exercerão uma função soberana de forma totalmente irresponsável e independente. Sem qualquer experiência profissional, bom senso e capacidade de compreensão dos problemas concretos da vida, eles passam de alunos a titulares de poderes soberanos vitalícios, em cujo exercício vão continuar a reproduzir os mesmos métodos do CEJ, ou seja, a copiar uns pelos outros sentenças e despachos, às vezes com tal displicência que nem os nomes das partes corrigem. E, assim, com essa «mentalidade de copianço», eles vão, como magistrados, dedicar-se com inusitado zelo à cultura das «chocas» (cópias de decisões de outros casos, próprias ou de colegas) que diligentemente armazenam nos seus computadores. E depois, através da laboriosa actividade do copy/paste, «proferem» longuíssimos despachos, sentenças e acórdãos, sempre com a mesma prolixa fundamentação que, mecanicisticamente, vão transpondo de uns processos para os outros com soberana displicência. E, em vez de se esforçarem por resolver com sensatez e prudência os litígios da vida, eles continuarão a preocupar-se apenas com o «professor», que agora é o todo-poderoso inspector do Conselho Superior da Magistratura que os virá avaliar. E, assim, as suas decisões soberanas estarão mais voltadas para agradar ao inspector que temem do que para a questão concreta que deveriam resolver com justiça.

Infelizmente, o CEJ não forma magistrados, mas sim majestades. Os «alunos», em vez de serem preparados para prestar um serviço público à comunidade, são formatados para aceder a uma casta e defenderem à outrance um poder ilimitado e irresponsável, sem qualquer escrutínio democrático. O resultado está à vista!

Mas há um segundo aspecto que não é menos importante e que tem a ver com a honestidade. Quem utiliza métodos fraudulentos para chegar a magistrado não deixará de utilizar métodos fraudulentos no exercício dessas funções. Por isso devia haver um especial rigor na selecção das pessoas que pretendem aceder à magistratura, até porque, uma vez atingido esse estatuto, eles ficam totalmente fora de qualquer escrutínio.

Nunca vi um magistrado ser punido por desonestidade nas suas decisões e, no entanto, eles são tão (des)honestos como outros profissionais. Em todas as profissões e funções (advogados, médicos, engenheiros, professores, funcionários públicos, polícias, autarcas, deputados, governantes, etc.) há pessoas desonestas, mas quando chegamos aos magistrados eles são todos honestos. É falso. Eles não são feitos de uma massa diferente da do comum dos mortais. O problema é que eles julgam-se uns aos outros, protegem-se uns aos outros, exculpam-se uns outros, muitas vezes sem qualquer pudor. Algumas das piores desonestidades a que assisti em toda a minha vida foram praticadas em tribunal por magistrados, sobretudo juízes, sem quaisquer consequências porque a desonestidade deles é absorvida pelas sua independência e irresponsabilidade funcionais.

Existe na sociedade portuguesa uma ideia antiga, segundo a qual «se é juiz é honesto». Ora, isso não é verdadeiro. O princípio correcto devia ser: «se é honesto, então que seja juiz». Mas, como se vê com o «caso do copianço», a honestidade pessoal não é critério para a selecção dos magistrados.

publicado no Jornal de Notícias 2011-06-20
escrito por A. Marinho e Pinto

quarta-feira, junho 22, 2011

SEMANA DA ELA - II

Houve um jantar em Leça do Balio, no Porto, (restaurante Elebê - que aconselho) onde fomos 3 no mesmo carro: eu, a Zeza e a Tekas!
Sobre esta iniciativa, que correu muito bem, integrada na semana da Esclerose Lateral Amiotrófica, estão o relato e as fotos publicados na net, na Comunidade ELA. Para ver mais, clicar aqui!

domingo, junho 19, 2011

SEMANA DA ELA - I

O Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica comemora-se no dia 21 de Junho. A APELA deu o pontapé de saída das comemorações com entrevistas em órgãos da comunicação social, e no Sábado, dia 18, organizou uma FESTA, com palestras, música ao vivo e um lanche de confraternização. Foi bom reencontrar amigos e ouvir intervenções com bastante interesse, numa tarde que valeu bem pelo convívio.
Na deslocação desde Coimbra, deu para ir de carro e de bicicleta, até casa do Diamantino (Maçaroca - Torres Novas), que depois me deu boleia de ida e volta, e ainda uma cama muito confortável para dormir, de ontem para hoje. Lá vim de bicicleta a primeira parte do percurso, até Caxarias, com passagem em Ourém, comendo uns figuinhos, umas ameixas (que também apanhei para levar para casa) e uns ramitos de óregãos, que depois de secos e desfeitos aqui ficam nesta foto (acrescentada a este texto no dia 27)



Para ver tudo sobre esta Festa, basta clicar aqui neste link! (página da Comunidade ELA)

sábado, junho 18, 2011

ESTE DISCURSO MERECE UM DESTAQUE NO "MALFADADO"


Com legendas em português, mais um discurso para juntar aos muitos (como o de José Saramago) onde se denunciam os interesses económicos de poderosas corporações multinacionais.
Recebi por e-mail, dizendo que o soldado em causa tinha sido assassinado dois dias depois deste discurso, mas é um boato sem sentido! É para o lado que os todo-poderosos dormem melhor, sabem que têm a estupidez humana do seu lado para perpetuarem este "sistema democrático".

quarta-feira, junho 15, 2011

AINDA NA RESSACA DO SALVA A TERRA

Aqui ficam as fotos da caneca que todos os participantes tinham, evitando assim a utilização de copos de plástico descartável. No festival ANDANÇAS é de alumínio, neste festival é de barro, e posso assegurar que os sumos que aqui bebi, feitos à base de sumos concentrados (e que melhorei com limão que levava no saco, e levava um canivete e tudo para o cortar ao meio), souberam mesmo bem.


segunda-feira, junho 13, 2011

FESTIVAL SALVA A TERRA

Pois é, este foi um Festival de Música bem portuguesa, organizado pela QUERCUS, Núcleo de Castelo Branco, e o grupo musical VELHA GAITEIRA. Entre 9 e 12 de Junho, em Salvaterra do Extremo (povoação situada no extremo do Parque Natural do Tejo Internacional) foram várias as actividades que aconteceram nesta que foi a 1ª edição deste festival (para mais informações clicar aqui neste link, página do Salva a Terra no facebook).
Quando soube da existência do festival perguntei logo se haveria inscrições para voluntariado, e inscrevi-me, combinando com o Gabriel, que conheci no voluntariado do Andanças, para irmos os dois. Tudo estava a correr bem até que a 6 dias de começar o festival me telefonam a perguntar se queria ser eu a assegurar a comida vegetariana da cantina. Disse que em princípio sim, mas depois o Gabriel disse que me ajudava e pronto, confirmei!
E foi assim que tive a hipótese de fazer um bocado de cozinha criativa, com receitas antigas e invenções à mistura.
Aqui ficam os menús, não tirei fotos mas tinha valido a pena, porque na cozinha, para além de cozinhar ainda empratávamos (e lavávamos a loiça...):

almoço: courgette, cenoura e couves guisadas com arroz de tomate
jantar: puré de batata (de pacote) com courgette, cenoura e salsichas
almoço: esparguete com almôndegas de soja e molho de tomate
jantar: gaspacho com todos (e uma sobremesa mais forte - arroz doce!)
almoço: feijoada seitanica com arroz branco
jantar: migas à moda da cubeira com beterraba, pimentos verdes e vermelhos e rebentos de soja
fora de horas: farinha preta (só para apreciadores ainda acordados)
almoço: rancho (grão de bico com milho e couves e massa cotovelinhos)
jantar: aproveitamento da sobra da feijoada seitanica, com mais água, azeite e pimenta preta e servindo sobre fatias de pão

Saiu tudo bem na comida, só o molho de tomate das almôndegas é que saiu salgado. As refeições vegetarianas tiveram sucesso, competindo com as boas refeições feitas pela Liliana, que tem mais experiência neste campo da restauração, e que foi quem abasteceu a cozinha com os ingredientes quase todos. De sobras, conseguimos reduzir ao mínimo, chegando mesmo a não ter sobras numa das refeições. E das sobras conseguimos que não fossem para o lixo, umas sendo consumidas depois no período fora de horas, outras, junto com cascas de legumes, transportando para alimentação de animais de criação. Escusado será dizer que fiquei todo contente pelos parabéns ao cozinheiro de algumas das pessoas, mais contente fiquei por ter estado a cozinhar para alguns amigos que por ali passaram.
E fiz novos amigos, e aprendi coisas novas na culinária, e ouvi boa música, e passei uns dias verdadeiramente agradáveis. Se tivesse dormido um pouquinho mais não chegaria a casa tão cansado, mas pronto, foi para aproveitar ao máximo!
Parabéns à organização, em 2013 vai haver mais e vai ser melhor. Obrigado a todos os que colaboraram para que a cantina funcionasse bem, obrigado à população de Salvaterra do Extremo, que forneceram produtos agrícolas e emprestaram as instalações e equipamentos, e emprestaram também uma faca de cortar pão como deve ser, para as migas à moda da Cubeira (pois, esqueci-me de levar a minha malinha das facas!!!).

segunda-feira, junho 06, 2011

ACORDAR COM A DERROTA ESPERADA

Hoje é dia de acordar com uma derrota eleitoral. Nada de novo, a novidade é que se perdeu uma boa hipótese de abalar o sistema financeiro global. Os portugueses foram a votos ameaçados de verem as suas contas bancárias, os seus rendimentos, as suas poupanças irem por água abaixo. Optaram por um partido que já conhecem e que sabem que é mau, mas que ainda assim preferem à arrogância e às mentiras repetidas de um Sócrates que passou à história por entregar o País ao FMI, mais uma vez.
De repente as palavras do José Mário Branco voltam a fazer sentido, nunca o tinham perdido por completo. O José Saramago é recordado pelas suas palavras denunciando o poder financeiro que agora é quem mais ordena.
Aqui fica o FMI, para quem quer conhecer ou recordar! É a nossa música, camaradas, pá!



Aqui fica o link para a letra, basta clicar aqui, para acompanhar a audição!

domingo, junho 05, 2011

MARIA JOÃO E OGRE

Foi em Coimbra, Salão Brasil, na véspera de ir votar. Uma noite bem agradável para um espectáculo marcado para as 23 horas, mas que só começou bem perto da meia-noite. Eu, o Paulo Adriano, a Belinha e a Catarina lá chegámos cedinho para apanhar bom lugar, eu queria beber qualquer coisa que me mantivesse acordado, pois a noite prometia ser longa. Para evitar uma Coca-cola lá pedi um chá preto, mas estava esgotado. Enfim, venha lá então a Coca-cola. Enquanto não era servido, o Paulo, que já se tinha lembrado do chá preto, lembrou-se então que um café com gelo e açúcar também servia, e eu lembrei-me que melhor ainda é um mazagran, sem álcool, um refresco de café (café, gelo, água, casca de limão e açúcar). E fiquei bem acordado para o que se seguiu.
Foi muito bom, primeira fila, lateral, sentado ao lado do piano, quase em cima do palco, no Salão Brasil, em Coimbra. Jazz ao Centro, edição 2011. A música foi como um bálsamo, muito variada, temas já clássicos, outros novidade para mim.
Foi a última noite de 3, que dará origem a um CD, que eu vou ter, pois estava incluído no preço do bilhete: 7 euros (para estudantes ou clientes da CGD).
No final lá deu para falar um pouco com a minha artista favorita, enquanto a Maria João autografava CDs e LPs de uma colecção o pai do Paulo Adriano, e à boleia dos doces do Tio Ica acabámos a falar de jardinagem ecológica. E todos os grandes músicos à espera para uma entrevista para a Rádio Universidade, já passava das 3...
Prometi à Maria João que na reentrada do ano iria lá ver a sua jardinagem com fruticultura!
E pronto, deitei-me tardito mas finalmente vi este projecto em que a Maria João está envolvida actualmente: OGRE.
Podem espreitar aqui no youtube: