Enviado que foi o nosso cartãozinho de Boas Festas, que em breve aparecerá aqui no Malfadado em versão especial e exclusiva para os leitores, estamos então em plena época natalícia. Hoje foi dia de preparar a sopa dourada à antiga (receita recuperada pela revista Banquete, anos 1960, que no site da ACPP aparece como "uma revista de referência na culinária portuguesa. Esta revista surge sem pretensões e unicamente com a finalidade de ajudar as donas de casa na preparação das suas ementas, quer estas sejam simples ou de alta cozinha, de execução rápida ou demorada, económicas ou dispendiosas."). A sopa dourada foi então lançada na tradição familiar pela minha mãe, que comprava estas revistas e as manteve encadernadas e bem conservadas. Esta sopinha que preparei fica a maturar até depois de amanhã e para o almoço de 25, este ano ainda em Coimbra na casa dos pais, mas já sem eles, à volta da mesa só orfãos de pais e sogros, e seus descendentes.
E porque é Natal, partilho convosco um conto histórico, escrito pelo meu amigo Carlos Madaleno e publicado no Jornal Fórum Covilhã (link aqui para o conto). Fica o excerto com as referências às casas de telha vã, sem chaminé e onde se cozinhava e se aquecia o corpo ao abrigo da chuva:"Relembrava os Natais da sua vida. Os da infância, passados em casa dos pais, junto ao lume onde a mãe fritava filhoses, numa caldeira segura pelas cadeias que pendiam dos negros caibros que amparavam as telhas, por entre as quais se esgueirava o fumo e entrava o frio."
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