Há uns anitos atrás (2013-2014?) comprámos um belo cinto da marca Rebusca, cujo artesão João Leal deixou de dar notícias em 2020. Estes cintos Rebusca são feitos reutilizando materiais, neste caso pneus ou câmaras de ar de bicicletas. O meu foi feito na altura, tirou-me a medida da cintura, escolhi o pneu já gasto, escolhi a fivela. Foi no Festival Bons Sons. Usei-o algumas vezes e depois, um dia, desapareceu de circulação. O que se já é mau num cinto convencional de couro, é mais grave num cinto feito de pneu, pois foi uma coisa que nasceu circular e também para circular.
De vez em quando lá me lembrava dele, e procurava-o aqui ou ali, gavetas ou prateleiras, sacos com roupa esquecidos na garagem ou arrumos. Apareceu agora, passados muitos anos. Estava colocado nuns calções que precisavam de um pequeno arranjo de costura, calções esses colocados num dos dois sacos guardados no arrumo com coisas que precisavam de pequenos arranjos e que estavam à espera de uns dias meus mais tranquilos, que chegaram precisamente este ano, quando o meu médico me receitou repouso. E foi aí que fui buscar a caixa das agulhas e linhas e me agarrei ao trabalho.
A foto acima roubei-a a um blogue que já adormeceu em 2016, mas ainda está vivo na net, o Biclas Blog (link aqui para as suas últimas publicações em 2016). Pesquisando pela Rebusca encontrei a sua irmã brasileira, empresa de uma artesã de Santa Catarina, a Regressa (link aqui), que esta sim continua em acção e com outros produtos criados com outras coisas para além dos pneus e câmaras de ar. Estive a ver os comentários aos cintos da Regressa e de facto coincidem com o que o meu cinto é, alta qualidade, design exclusivo, vegan, elasticidade, funcionalidade, durabilidade (parece sempre novo) e conforto. Ando tão contente por ter o meu cinto Rebusca de volta!!!
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