Ontem fomos experimentar o café-bistrot Rei Bambu, a convite do proprietário (e cozinheiro à força). Este espaço de restauração fica quase porta com porta com o conhecido Ramona, que é o contrário de um restaurante vegano, com os seus hamburgueres e bichas à porta. Fomos experimentar a comida, porque já conhecíamos o espaço, mas fomos também fazer a despedida, uma vez que em breve vai fechar as portas, por trespasse do espaço de restauração. Muito provavelmente reabrirá com outra orientação.
Senti-me em casa, pois para além do proprietário também conhecia já a empregada de mesa (a Cláudia, que conheci há uns bons anos no Salva a Terra), e estivemos acompanhados a jantar pelo nosso amigo Konrad. Bom ambiente para jantar, boa iluminação, bom serviço de mesa.
Não merecia esta experiência uma referência na internet, neste malfadado blogue, se não fosse a excelência da comida apresentada, e muito bem apresentada. Boa quantidade, boa qualidade e bom sabor. Comi uma francesinha digna desse nome, e não ficou a pesar no estômago, uma experiência única. Não tem o sabor nem o excesso de gorduras de uma francesinha, mas ao mesmo tempo o molho e a montagem dos ingredientes não deixam de mostrar claramente que estamos a devorar uma francesinha. As batatas a acompanhar eram opcionais, e foi uma boa opção, porque eram de forno, com azeite de qualidade e bem temperadas, melhor ainda que batata frita, parecendo fritas.
Este pequeno restaurante fica marcado pela falta de cozinheiros que assegurassem a cozinha, foi uma procura constante desde muito antes de abrir portas. É um restaurante muito antes do tempo, no seu conceito de exclusividade vegan, mas também no conceito de restaurante-bistrot, um espaço para disfrutar num país onde a malta vai a estas casas para comer, e comer sempre às horas certas. Mas foi também um restaurante atrasado no tempo, porque se fosse há 10 anos atrás eu próprio me candidatava a cozinheiro, e assim o restaurante não estaria para ser trespassado. E é um restaurante onde deixam entrar animais de companhia, o que também é muito raro.
Se souberem de alguém que queira pegar no negócio, divulguem, é no centro de Aveiro, muito bem situado, um investimento inicial de chave na mão e uma renda acessível, já está numa imobiliária, claro. Teve azar este meu amigo das andanças da transição em Aveiro, ele queria ser apenas investidor e facilitador de um espaço diferente em Aveiro e acabou por ter que assegurar a parte da cozinha. O azar dele foi a nossa sorte, pois de facto é um excelente cozinheiro.
As sobremesas são fornecidas exteriormente, mas são ao nível das comidas ali preparadas, muito boas. Deixo aqui um par de fotos copiadas do Facebook , uma vez que se calhar um dia destes desaparecem, e assim sempre aqui fica o registo.
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