domingo, abril 05, 2020

XAROPE DE FLOR DE SABUGUEIRO - CORDIAL

Já aqui tinha no Malfadado uma referência ao refresco de flor de sabugueiro (link para texto com receita), e todos os anos vou preparando sempre que tenho tempo para colher umas poucas flores. No ano passado secámos uma flores de sabugueiro, aproveitando a lição da nossa amiga Céline, para podermos aromatizar e enriquecer uns cházinhos no Inverno. Mas acabámos por usar pouco, por falta de hábitos, o de beber chá e o de utilizar a flor na mistura de ervas e cascas de citrinos. Este ano fiz, pela primeira vez, uma maneira mais doce de conservar este aroma e substâncias promotoras da saúde, um xarope que se usa na preparação de refrescos ou cocktails, que se pode designar também por cordial de flor de sabugueiro. Não usei esta receita (link para o blogue Outras Comidas) porque é um processo moroso e utiliza ácido cítrico além do limão, nem usei esta outra (link para o blogue Tentações sobre a Mesa) que é inspirada na receita do Chef Jamie Oliver, porque não é fervida depois no final e portanto não se conserva até ao Verão, nem usei esta terceira receita (link para o blogue Da Horta para a Cozinha), que usa açúcar amarelo e também não é fervida no final. O que fiz foi ir buscar inspiração e saber próprio e preparei uma calda forte de açúcar, com sumo de 1 limão e alguma água, no final teria cerca de meio litro com ponto de fio forte, que quando estava já a passar desse ponto fui adicionando meio litro de infusão com 24 horas de refresco forte (20 flores de sabugueiro em menos de um litro de água, duas rodelas de limão e 8 pequenas clementinas cortadas ao meio), e mexendo sempre e adicionando sempre que levantava fervura juntava mais um pouco, no final quando ferveu mais uma vez, deixei ferver apenas 30 segundos, para não recozer as substâncias nem evaporar os aromas, e despejei em 2 garrafas reutilizadas (eram daquelas de calda de tomate de meio litro), enchendo até acima e depois tapando logo e deixando o líquido a esterilizar também as tampas. Ainda sobrou um pouquinho no fundo do tacho, para a prova e está mesmo aprovado. As flores foram apanhadas na Ereira, anteontem, dia de aniversário da minha sobrinha, quando ela tiver 36 anos e dois meses  e entrarmos no Verão, será altura de abrir a primeira garrafa e provar. Tenho para mim que o estagiar dois meses em garrafa resultará, tal como nas compotas, com um reforço apreciável do frutado do produto final. Para já o ideal é guardar tudo no frigorífico, porque tenho medo que comece a fermentar e não quero arriscar logo meio litro. Ainda que tenha ficado algo espesso, e esterilizado, não terá a concentração de açúcar necessária para se conservar por si.

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