quarta-feira, fevereiro 14, 2024

ONDE NOS LEVAM OS CAMINHOS - 2

 Há realmente coincidências que não lembram ao diabo. No meio de um dos textos longos que aqui partilhei em Janeiro contei o caso do reencontro com uns amigos ali perto de Vila Verde, cruzei-me com eles num restaurante. Tinha aproveitado o facto de termos ido a Viseu para ir colocar umas bolotas num terreno em conversão, ali para os lados de Vale de Igreja. Nestes dias pudemos voltar a Viseu, onde fomos ver o lindo filme Vidas Passadas. E hoje mesmo, ao fim da tarde, fomos dar um passeio e comprar alguns produtos regionais. Já nem nos lembrávamos, mas ao passar numa loja de produtos da Serra da Estrela, lá estava uma vitrine com requeijões, uma das coisas que tínhamos falado entre nós que era bom comprar. Entrámos, clientes únicos, um pouco de conversa e resistência ao vendedor, que insistia para levarmos dois, mas era demais. Contas feitas e íamos sair, quando as alheiras regionais na vitrine chamaram a atenção e lá parámos a decidir e pronto, lá se pediu uma delas, e acto contínuo só ouço a Zé dizer: - Olha quem aqui está!, quase que me assustei, porque éramos os únicos clientes na loja, mas viro-me para trás e lá estava ele, o primo Nuno Daniel. In-crí-vel!!!!! Ele vive em Vouzela e nesse dia tinha ido a Viseu tratar de outras coisas e por acaso lembrou-se de entrar naquela loja para procurar chapéus de aba. Mas entrou por outra porta da loja, diz que disse boa tarde, mas foi baixinho e nós não ouvimos nada, e também não nos reconheceu porque estávamos de costas. Os timings desta cena são fantásticos, porque se não fosse a compra da alheira, o mais provável é que nós nos desencontrássemos, pois iríamos sair por uma porta e ele entrar por outra. Mas a coincidência de nos encontrarmos em lojas que nenhum de nós frequenta, num dia ao acaso, numa hora fortuita, faz-nos mesmo pensar. Há encontros quase impossíveis, mas eles acontecem.

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