Às vezes rio-me sozinho com coisas simples. No fim-de-semana apanhei uma coisa que pensava já ser raro: a aplicação de tradução automática num produto de supermercado. Num produto dirigido a uma gama de consumidores exigentes, o Continente tem à venda Tâmaras Biológicas (marca própria Origens Bio). Aqui na página online (link)aparece a embalagem com a denominação em português, e depois em letras mais pequenas em francês, e mais pequenas em inglês. Mas nas lojas aparece uma embalagem com a tradução em inglês e em castellano (espanhol). E o tradutor responsável por fazer este trabalho, pensando poder errar ao escrever tamaras sem acento, recorreu ao tradutor automático da Google, ou outro e zás! Grande asneira!!! As "támaras" passaram a ser "fechas", que em castellano é a palavra que eles usam para datas. Que por acaso em inglês se traduz por "dates" (date tem vários significados em inglês, ah pois é!).
E ontem à noite estávamos a ver TV, um programa cultural sobre España na RTP2, e como era falado em castellano já tinha percebido que o tradutor era muito inventivo, pois normalmente acabava as frases dos intervenientes concluindo coisas que eles não diziam textualmente. Ou seja, ao traduzir colocava um texto que ele entendia por bem ficar melhor do que aquilo que a pessoa queria dizer. Um tradutor muito zeloso. Mas depois houve o momento em que se percebe que o tradutor não é zeloso, é antes de mais um incompetente, pois quando estamos a ver a grandiosa obra de arquitectura em Córdoba, a mesquita-catedral, e o interveniente fala sobra o conjunto monumental e diz que ocupa uma área de "ochenta por ochenta", a legenda refere que a área é de 80 metros quadrados.. É quase hilariante, imaginar uma mesquita ou catedral a ocupar uma área de 80 m2.
E lembrei-me deste momento de ouro de Jorge Jesuês, o "Otchencha y otcho" (é logo nos primeiros segundo, o resto do vídeo não interessa):
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