terça-feira, fevereiro 02, 2021

A CAÇA - PROMOÇÕES E OS NOVOS CAÇADORES

Uma das actividades do Homem nos últimos milénios, para sua alimentação e não só, foi a caça. Não estou a falar da caça nos últimos 5 séculos, em que se abatem seres de forma irracional e apenas para satisfazer interesses económicos. Estou a falar da caça para sobreviver num meio mais ou menos hostil. A ida para o campo, a procura, a identificação, a captura, a partilha da presa com o clã. Parece que não tem nada a ver, mas...este Fevereiro é o mês em que o meu cartão Continente vai chegar aos 4 mil euros poupados com o cartão ao longo dos anos. Era um cartão Modelo, e este valor significará também que ao longo dos anos (vai fazer 15 anos), pelas minhas mãos, ficaram no Continente entre 10 mil euros e 15 mil euros. Curiosamente, e passando pelas minhas mãos o cartão Continente dos meus pais, que aderiram ao cartão na mesma época que eu, verifiquei que vão também chegar aos 4 mil euros poupados com o cartão. Mas pelo que vi de compras que iam fazendo, não me admirava nada que tivessem gasto cerca de 3 vezes mais do que eu para atingir a mesma poupança em cartão, ou seja, gastaram cerca de 35 a 45 mil euros. Quando vou a um Continente às compras para usar os cupões de desconto, é como se andasse numa floresta à procura das presas, que capturo e depois meto num saco para levar para o clã. É algo ancestral que trazemos nos genes. A caça. Da habilidade na caça, ou da falta dela, se variava entre a sobrevivência e a morte. E esta caça, segundo os estudos, era muitas vezes por algumas folhas, raízes ou frutos, muito mais do que por animais. Veio depois a agricultura e da caça das plantas passou-se para a sementeira e colheita. Mas ficou algo nos genes, isso é certo. Nos genes ou no espaço entre os genes, onde também caberá muita coisa da informação que passa de pais para filhos. Se calhar é por isso, porque se caçava em zonas diferentes em busca de alimentos diferentes, que nos dias de hoje eu não caço só no Continente, que tem tido de facto as melhores promoções, mas apenas por causa dos talões. As reduções muitas vezes são equivalentes aos outros supermercados, a diferença é juntar um cupão de 25% de desconto a produtos com mais de 10% de desconto no preço base. E juntam-se ainda as colecções de selos, na última saquei dois pyrex com tampa dos grandes. Onde gosto menos de caçar é no LIDL, que tem de facto alguns bons produtos alimentares e um ou outro electrodoméstico ou ferramenta em destaque. Mas os preços raramente são chamativos. Há depois o Pingo Doce, com alguns bons produtos e com boas promoções também, mas é um péssimo terreno de caça, desorganização na exposição e muitos preços mal indicados. E alguns produtos sem qualidade, mas realmente baratos. O Aldi é mais raro, mas para coisas específicas é imbatível. Qualidade e preocupações com a saúde dos consumidores. O Jumbo/Auchan é organizado e tem coisas interessantes, mas de facto cada vez vejo menos presas à disposição. Ainda assim tem coisas específicas que quando em promoção valem a pena. E termino com o Intermarché, que no final do ano passado passou a ser o meu terreno favorito para ir à caça. De facto, o Intermarché foi mais longe, sob o pretexto de comemorar o primeiro aniversário da sua marca própria "Por Si" resolveu dar 40% de desconto nos produtos dessa marca. Todos os variadíssimos produtos poderiam ser comprados, mas para ter os 40% de desconto em cartão teriam os clientes que levar no carrinho um mínimo de 25 produtos com essa marca, e no máximo 100. Nada difícil de atingir: bolachas, arroz carolino, conservas variadas, comida para animais, farinha, açúcar, produtos bio frescos, queijos nacionais, sementes, papel higiénico, detergentes, etc, etc. E esse desconto de 40% era diário, ou seja, poderíamos comprar num dia e ter essa promoção e voltar lá no dia seguinte e ter o mesmo desconto. Foi assim durante uma semana, com muita publicidade até na TV. Estes 40% foi uma boa promoção, mas uns dias antes, durante 3 dias, tiveram todos os azeites e óleos com 50% de desconto em cartão, que também aproveitei, claro. Não fui ao Intermarché todos os dias, porque também não comemos assim tanto aqui em casa, mas fui dois dias. Num dia um avio maior, de 74.49 euros, acumulando 30.02 euros, depois um menor, mas que desse para gastar este saldo, neste caso um avio de 46.01 euros, acumulando em cartão 18.15 euros. Em cartão tinha um saldo inicial de 11.42 euros referente à compra anterior, a tal promoção dos azeites. Em dois dias gastei então um total de 79.06 euros em compras variadíssimas e temos a despensa preparada para a guerra contra o vírus, e os recolheres obrigatórios e etc. E fiquei com um saldo em cartão de 18.15, como já referi. Um total de 98 artigos (58 + 40). Foi certamente a promoção imbatível do ano. E este ano já fizeram 30% em cartão a quem comprasse pelo menos 25 produtos da marca Por Si, não se compara aos 40% do ano passado, mas é muito bom. Melhor do que os 25% do cartão Continente (não tenho nada contra o grupo SONAE - quer dizer, tenho mas não é para aqui chamado). Para mais quando na marca Por Si abundam os produtos nacionais e aparece sempre a menção à empresa produtora. E sendo já produtos da marca, são à partida mais em conta, e assim consigo as melhores caçadas de sempre. Longo o texto? Um dia faço um tutorial no Youtube, mas para já vou preferindo assim, por escrito. Até porque isto não é um guia de como caçar as melhores promoções. No meu clã sou conhecido por pautar a escolha da minha alimentação com os produtos oferecidos em promoção. Depois é dar-lhes aquele toque culinário, et voilá, temos sopas, guisados e assados para todos os gostos. Com muita comida BIO, e quase tudo de produção nacional. Só mimos, eu sei...

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