O malfadado não pode deixar de referir aqui a solidariedade para com o alegado agressor do presidente da Câmara Municipal de Abrantes, agressor que foi depois detido. Jorge Ferreira Dias não tem o meu apoio pela agressão, mas pelo facto de ser vítima de um estado de direito em que os cidadãos são desrespeitados pelo sistema judicial, processos que se arrastam anos, juízes com preconceitos ou muito parciais na defesa de interesses de amigos ou dos poderosos. Jorge Ferreira Dias e a sua mulher já passaram as passas do Algarve, e ele deve ter chegado a um momento de desespero para ter deixado as suas ovelhas, na sua pacata mas sofrida vida, e ter ido de cajado enfrentar os burocratas da Câmara, que neste vai vem processual já lhe ficou com terrenos que foram seus e que perdeu para os bancos, por decisão judicial. A questão entre autarquia e proprietário já se arrasta desde o início deste século. A grande originalidade do Jorge Ferreira Dias foi extravasar a sua raiva através de um meio ameaçador, é certo, mas que não se destinaria a matar ninguém: o cajado de pastor. Ainda que se saiba que já muita gente morreu à paulada ao longo dos tempos. E coelhos então, chegavam a morrer dois coelhos de uma cajadada. Agora é mais de espingarda, e é mais fino matar dezenas de veados e javalis com uma caçada.
Sem comentários:
Enviar um comentário