sábado, maio 23, 2020

LIDO: MEMORIAL DO CONVENTO

É sublime, somos transportados no tempo para as vidas na corte e nas pessoas do povo, com uma dose grande de imaginação, misticismo e as análises filosóficas do grande José Saramago integradas nas pequenas histórias do livro. Dá para ler duas vezes, talvez mais. Ainda bem que não o li há mais tempo, há uma altura certa para tudo. "Tudo no mundo está dando respostas, o que demora é o tempo das perguntas".
Não sou de sublinhar livros mas há pouco tempo transcrevi aqui para o Malfadado a reflexão tão actual sobre a justiça em Portugal (link). E hoje deixo aqui mais umas ideias da parte final do livro, agora quando a visionária Blimunda Sete Luas dialoga com o seu Baltasar Sete Sóis: "(Baltazar diz:) Dizes-me sempre que me acautele, eu vou e venho, mais cuidados não posso ter.
Tem-nos todos, não te esqueças.
Sossega, mulher, que o meu dia ainda não chegou.
Não sossego, homem, os dias chegam sempre."

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