sábado, setembro 13, 2008

CONTINUAçAO ANDANçAS 2008

O festival
Este ano fui sem companhia, mas encontrei logo a Susana na reuniao dos voluntarios, que me disse para montar a tenda num sitio muito bom e tranquilo, perta da dela e do Julio Piscarreta, um amigo meu de outras andanças, divulgador dos fornos solares. E sem companhia, participava nalguns dos ateliers, este ano muito poucos, por sinal, porque se trabalhava de manha perdia os dois da manha, depois o da tarde estava a dormir a sesta e estava muito calor para andar ali aos saltinhos e acabava por fazer so o do fim da tarde. Se trabalhava ao fim da tarde, fazia os dois ateliers da manha, sendo que o primeiro das manhas é sempre um atelier para ginasticar o corpo e acordar os sentidos. O mais interessante dos ateliers em que participei chamava-se Jazz, era ao som de Glenn MIller, e era uma introduçao a uma teoria e pratica, chamada Dança Duende. Muito boa a professora e muito interessante o conceito. Este ano participei também nos ateliers de musica folclorica portuguesa, o que foi uma estreia.
Para além dos ateliers, as noites sao sempre muito animadas, com muita musica ao vivo, e este ano la andei eu de tenda em tenda, ou no palco grande, a ouvir e a dançar muito boa musica, alguma ate surpreendente. Na Mazurka ainda tive a Susana como professora à noite (mas depois foi-se embora com baixa medica), e uma ou outra participante, mas ainda tenho muito para aprender. Mas divertia-me muito e uma das noites, quando cheguei à tenda e me deitei, ao ouvir o sino da igreja a dar as horas, ate me assustei: 4 da manha!!! Numa das noites também voltei cedo para a tenda, por nao me estar a sentir muito bem.

O trabalho
Qual trabalho? Aquilo era puro prazer. A Sara é que tinha todo o trabalho, de pensar e decidir, e ainda de nos ensinar como fazer, porque uma coisa é cozinhar para muita gente e para grupos grandes, outra coisa é trabalhar numa cantina, fazendo mais de 600 refeiçoes. Na cozinha o ambiente era familiar, algum stress, mas sempre com os passos todos controladinhos pelas experientes cozinheiras, de modo a que tudo estivesse pronto a horas. Por isso havia espaço para conversar enquanto se preparavam os alimentos, para algum convivio saudavel. Estava calor dentro da cozinha, mas nada que nao se suportasse, e por isso gostei tanto de estar ali, de volta do seitan, ou da couve-flor, ou de fritar os peixinhos da horta à laia de patanisca.
E depois de cozinhar ia perguntando à malta que encontrava se tinham gostado da comida, e todos disseram que sim. Eu também gostei, apesar da Sara e eu termos alguns conceitos diferentes no que diz respeito aos molhos e temperos, a comida estava sempre boa, e ela conseguiu com facilidade integrar os voluntarios e nao perder a paciencia, memso nos momentos mais stressantes e apesar do cansaço. Sim, porque nos so faziamos 4 horas, mas ela estava la nas 2 refeiçoes, tal como todo o pessoal da cozinha, que trabalhavam mesmo demais, mas que faziam esse esforço por uma semana, para que tudo corresse bem. E ha que dizer que a comida tradicional também era boa, nao comia mas via-a a sair e cheirava, e os temperos estavam apuradinhos.

A malta
Pois mais uma vez encontrei la gente conhecida, como o Casainho, que levou a sua bicicleta (também devia ter levado a minha Mobiky Genius, para fazer umas demonstraçoes), o Paulo Adriano e a Belinha, que ganharam uns bilhetes na RUC, o Jorge, que foi com eles passar a tarde e noite, embora tivessem regressado cedo a Coimbra, a Miriam, da Quercus e ainda o Pedro Pires, o homem das borboletas da Quercus, que encontrei com a mulher dele, enquanto as crianças ainda dormiam na tenda, ja se preparava ele para dar mais umas liçoes diurnas, depois das liçoes nocturnas. Uma das noites encontrei também a ... que participa regularmnete na bicicletada de Coimbra, ela apareceu à minha frente a dançar e a fazer caretas, mas ainda demorei um bocado até associar a cara conhecida a quem era. Ela deve ter pensado que eu estava bebado!!!

Conclusao
Para além de tudo, o Andanças tenta ser um festival que contribui para a consciencializaçao ecologica, e este ano fizeram o "descartavel zero", o que teve como consequencia nao haver lixo por toda a parte, como acontece geralmente nos festivais de Verao, os restos de comida e guardanapos iam todos para compostagem, etc, etc! Para além do convivio, da boa musica, do bom ambiente, ainda se organizam montes de actividades paralelas, como o "borboletismo", de que ja falei, a astronomia, instrumentos musicais, videos, outras musicas, passeios pedestres. O Andanças nao é do melhor que ha, é mesmo o melhor festival de todos. Espero é que um dia destes se organizem mais festivais assim, porque se corre o risco de o Andanças rebentar pelas costuras. E se este Festival traz tantos beneficios e animaçao para a regiao, era bom que as entidades oficiais abrissem os olhinhos e ajudassem a organizar outras coisas semelhantes.

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