aqui se narram as aventuras de um portuguesito que desde tenra idade é vítima de erros vários, mas com abertura para outros textos de reflexão e de intervenção cívica
sexta-feira, março 20, 2020
PRIMAVERA
Hoje. Retirar as coisas da corda da roupa, vem aí a chuva. Passear os cães logo pela manhãzinha e desafogar umas árvores pequenas das ervas que a circundam, para deixar a chuvinha entrar toda nos poros da terra. Encher garrafões com água da chuva acumulada nos bidons colocados no beiral, para poder regar no final de Primavera e todo o Verão. Retirar das nespereiras as nêsperas que estão completamente apanhadas pelo pedrado. Voltar a casa para um belo pequeno-almoço, depois de retirar a roupa húmida do corpo. A chuva já chegou entretanto. Um dia para tratar de coisas da cozinha, sai um chucrute e mais alguma coisa. Para arrumar papeladas na secretária também está bom. E ler um par de capítulos do Memorial do Convento, estou a chegar ao fim. Belimunda Sete Luas já faz parte da minha vida, como muitos outros personagens dos vários livros que já li. Demorou a chegar, mas veio na altura certa. Há que ir às compras e passear a Maisie, mesmo que esteja a chover. Amanhã já passa a chuva e estaremos de fim-de-semana, com outros trabalhos de campo. A época de ouro para fazer palhuças à volta das árvores de fruto. Ao fim do dia, RTP 2, para umas aulas de catalão e de alguma filosofia, com o professor Merlí. Chegou a Primavera.
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1 comentário:
Às vezes fico pensando: como pode existir UM homem assim... a denominação de O HOMEM DOS SETE INSTRUMENTOS, relendo este texto poderia transformar este título em outro, mas anularia o original. Um homem que pensa nos mínimos detalhes e de uma organização tal que a PRIMAVERA só tende a sorrir sabendo que as suas formações coloridas seriam cuidadas. A chuva por sua vez diz vou ser parceira. Depois dá trégua ao vivente especial chamado João Paulo Pedrosa.
Escrevendo e ouvindo O meu prefixo como sempre LÁ EMBAIXO.
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