No passado fim-de-semana recebi um e-mail de um dos grandes ecologistas que conheci na Quercus, nos idos anos oitenta, e colocando um link para a notícia. Sem lhe pedir autorização, até porque não o vou identificar, aqui fica o que ele escreveu:
"Ao menos que se tenha tocado o trombone pela televisão...
É impressionante esta bosta. O dinheiro e a corrupção nos seus tentáculos...
"A Quercus precisava de receitas."..."
Ficam aqui 37 minutos de reportagem na televisão (link para RTP Play clicar aqui), onde eu apareço a referir algumas das coisas estranhas na gestão da Quercus.Depois de verem a reportagem, é bom eu esclarecer que tentei em várias frentes ajudar a resolver internamente as situações anómalas, sozinho e com o apoio dos outros membros do Conselho Fiscal. Mas o presidente João Branco, com o apoio do advogado, seu grande amigo e beneficiado financeiramente com os dinheiros da associação, em conluio com o anterior presidente da Mesa da Assembleia Geral, Leonel Folhento, conseguiram desvirtuar completamente o propósito de uma Assembleia Geral Extraordinária, que decorreu em Viseu há cerca de um ano atrás. E o resto já se sabe, quando houve eleições o João Branco rodeou-se de amigos de negociatas para conseguir continuar a mexer com toda a facilidade os cordelinhos, qual marionetista rasca. E para garantir a vitória nas eleições accionou os associados que foram feitos de forma a garantir a manutenção do poder (funcionários das empresas que aparecem nesta reportagem, familiares de funcionários da Quercus que beneficiam da gestão do João Branco e associados de última hora angariados pelos membros marionetados da Direcção Nacional). E nessas eleições nacionais afastando toda a gente que ainda acreditava ser possível ter uma associação competente e transparente. Mas dessa gente há gente que não desiste. E que propõe, e que denuncia, e que trabalha regionalmente em iniciativas junto das populações.
O programa da Sandra Felgueiras nunca veio investigar as ilegalidades funestas do Parque de Ciência e Inovação, aqui em Ílhavo, denunciadas pela Quercus há um bom par de anos atrás (e se as associações envolvidas insistiram, enviando provas e mais provas), e acabou por vir cá entrevistar-me por causa das negociatas nefastas de um colega de estudos do Ribau Esteves... negociatas que são verdadeiramente danosas para a já de si fraca conservação do ambiente em Portugal. Termino com um agradecimento público ao jornalista que andou no terreno a recolher os depoimentos e imagens, bem como à equipa do Sexta às Nove, pois ficou um trabalho final bom em termos de informação e cadência.
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