"A propósito desta inauguração, por causa de uma jornalista do Público que me ligou antes desta inauguração, lembrei-me de um episódio há uns anitos atrás: estava eu nos confins de Portugal e ia haver a inauguração do Parque Natural do Tejo Internacional, com a presença do Primeiro Ministro a fazer uma coisa proibida pela legislação - andar de barco no Tejo, perturbando as espécies que nessa altura estavam a nidificar. Na véspera da inauguração telefona-me o presidente da direcção nacional da Quercus, preocupado a querer saber se eu e mais alguns ecologistas estávamos a organizar alguma manifestação que pusesse em causa a "festa" organizada pelo governo em conjunto com a direcção nacional. Eu lá disse que não, eu não ia participar na festa mas não tinhamos nada organizado. A questão é que tinham ligado do Ministério do Ambiente para o nosso presidente e estavam com medo porque tinham ouvido falar que havia pessoas da Quercus e carrinhas de caixa aberta cheias de perigosos ecologistas.
Para esta inauguração da obra camarária ilegal, alguns dos organizadores estariam também com receios, pelo que recebi uma chamada de uma alegada jornalista do Público, na véspera, para saber se a Quercus iria fazer alguma coisa. Lá a sosseguei, para ela depois sossegar os organizadores. Julgaria esta alegada jornalista que era comum a Quercus receber telefonemas de jornalistas e que portanto ninguém desconfiaria. Mas a verdade é que já há um bom par de anos que toda e qualquer nota de imprensa da Quercus Aveiro não motivou um telefonema de qualquer jornalista. Nem um único que fosse... e vinha agora uma jornalista telefonar, sem nenhuma nota de imprensa, para saber se iríamos fazer alguma manifestação.... enfim, assim se manipulam os órgãos de comunicação social, mas só aqueles que são manipuláveis!"
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