quarta-feira, janeiro 14, 2015

A CLASSE CRÍTICA QUE EMIGROU

A propósito da reflexão que coloquei aqui ontem, e do meu video-denúncia das ilegalidades na Coutada, de facto parece-me interessante o seguinte: pedi para os meus amigos e familiares partilharem o mesmo video, para que o assunto deixe a escala regional e passe a uma escala superior. No facebook houve partilhas variadas de muita gente, pessoas que me conhecem, muitas que não. Mas das que me conhecem houve um par delas vindas de pessoas que trabalham lá fora, que emigraram por causa das más condições que o nosso País oferece, e que tocaram ambas no que é mais significativo: o apelo às pessoas que ainda cá estão a agirem e a fazer alguma coisa sem ser só queixar-se no facebook e nos cafés. E de facto isto contrasta com a posição de pessoas que não partilham o video, porque se sentem incomodadas com o teor reivindicativo do mesmo, com o seu final algo repugnante, pessoas essas que estão cá, e vivem cá os abusos do poder político. E que não protestam, queixam-se, choram, mas sempre no seu âmbito familiar, no seu café, quando vão às compras largar uma pipa de IVA para comprar bens alimentares. Será que a classe crítica, por ser mais interventiva e proactiva, foi mais corajosa que os demais e por isso foi mesmo embora? Será que é esse o meu caminho? Ou ainda vou ter que ir escarrar na porta da minha Junta de Freguesia que tem um presidente condenado a perder o mandato mas vai recorrendo da decisão e não larga o poder? Ainda vou ter que ir escarrar na EN 109, que atravessa zonas urbanas com montes de veículos que deveriam ir pela SCUT, que agora é CCUT, depois do seu financiamento europeu ter sido aprovado porque estas SCUT iam dar mais qualidade de vida aos habitantes. Ainda vou ter que escarrar à porta do IMT que cobra 30 euros pela emissão obrigatória de novas cartas de condução e depois não as envia aos contribuintes explorados no prazo, obrigando todos, mas todos, a deslocarem-se lá para carimbar a guia de substituição que "só" tem um prazo de seis meses. E poderia continuar...
Aqui fica o meu video novamente, com 2500 visualizações e pedindo que o partilhem (sim, novamente), para que mais gente o veja e peça aos amigos para partilharem. No mínimo têm um momento de ironia bem disposta no seu dia-a-dia, no máximo juntam-se a esta revolta e partilham também! No Facebook o mesmo video foi colocado por uma plataforma, Get Up Portugal, que já ultrapassou as 5 mil visualizações, mais de 200 partilhas.

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