Como já houve 2 referendos que não foram conclusivos por falta de participação popular (foi assim, não foi? ai, ai, esta minha memória), acho que antes deste referendo se devia fazer um referendo a perguntar o que as pessoas pensavam sobre os referendos. E, mesmo com menos de 50% de participação, acho que ganhava a não realização de referendos. Para quê gastar tanto dinheiro em papel, gastar tempo, então se a malta já elegeu malta que deve trabalhar no sentido de fazer leis, para quê agora vir perguntar? Se a malta escolheu para primeiro-ministro um gajo que não mente, um gajo educado e com excelentes ideias para acabar com a crise, para quê agora fazer uma consulta popular?
Eu sou dos que defendem os referendos como um bom princípio, mas não é fazer só referendos sobre matérias que os governantes acham incómodas para eles mesmos, que até são muito poucas. Mas num país onde o nível é baixo, a todos os níveis e em todas as classes, acabamos por ter referendos dominados por uma maioria de gente pouco esclarecida, que se deixam levar pela opinião de um partido, de uma equipa ou religião.
Eu já votei Sim à despenalização e votava Sim ao aborto. Radicalmente. E faço minhas estas brilhantes palavras para quem ainda tem dúvidas sobre o referendo que aí vem.
1 comentário:
eu sou contra este referendo. não compete à maioria decidir se este direito assiste aos outros.
por outro lado sou a favor dos referendos a coisas tipo regionalização – aí já tem sentido que seja o que a maioria quer que aconteça
claro que neste caso vou votar sim. mesmo se tenho algumas reservas quanto ao aborto, não tenho dúvidas que o actual estado de coisas é prejudicial para muita gente.
Enviar um comentário