terça-feira, novembro 21, 2006

FORMAÇÃO EM CIDADANIA ACTIVA

Começou já em Outubro, mas só agora aqui fica o registo: estou a participar no Curso de Cidadania Activa, uma acção de formação em horário pós-laboral, promovido pelo Conselho da Cidade de Coimbra. Para além dos objectivos implícitos de aprender algo teórico sobre movimentos de cidadãos, como surgem, como se organizam, etc, etc, esta formação trouxe a hipótese de conhecer um grupo de pessoas bastante heterógeneo mas todas com uma grande vontade e experiência no mundo da participação cívica.
Há poucos dias atrás realizou-se uma visita a uma zona de Coimbra, a malfadada zona do Ingote, para observarmos a realidade de experiências de organização cívica, onde houve uma explicação histórica da zona, pelo vereador do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra, depois demos uma volta pelas organizações de cidadãos e dois projectos camarários com fundos europeus ou da iniciativa da autarquia.
Nas associações que tiveram a gentileza de nos receber, a associação cultural dos ciganos e duas de moradores de bairros, constatei aquilo que eu sempre defendi em termos de associações: com pequenos mas importantes apoios das instituições, neste caso da Câmara Municipal, é possivel as pessoas fazerem um trabalho comunitário (substituindo a tradicional responsabilidade da administração pública), com resultados melhores e com menos investimento público, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado, mais rápido e mais duradouro. Todos os dirigentes associativos foram unânimes em reconhecer o apoio do vereador, onde se comprova que na maioria das vezes basta uma pessoa inteligente e sensível para se resolverem problemas que se arrastam no espaço e no tempo. Segundo os moradores, num par de anos o Bairro do Ingote mudou radicalmente: ainda tem a fama de degradação mas é visível que as coisas estão muito diferentes, e a fama só se mantém porque estas coisas da fama demoram a ultrapassar, vai custar um pouco até as pessoas de Coimbra se virarem de frente para esta zona da cidade.

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