terça-feira, dezembro 31, 2024

NOVEMBRO FOI DE VOLUNTARIADO NO MONTE BARATA

 Há ideias muito peregrinas. E não é que se concretizam muitas delas?

Vale a pena contar a história:


No final do Verão reunimos no Monte Barata um grupo de gente que há um par de anos atrás arregaçou as mangas para salvar um projecto que prometia ser ruinoso para a Quercus. Foi uma reunião de comemoração, de alegria por se ter conseguido. Foi para convívio, reencontro e festejo.

Nesta reunião falou-se do que cada um dos presentes achava importante fazer no Monte Barata. E tratar da vegetação foi uma dessas coisas. É que no Monte Barata, desde que lá estive, a morte de azinheiras e sobreiros avança a olhos vistos. E os gestores da paisagem que se foram sucedendo ali não conseguiram travar esta desertificação. Uns porque as técnicas aplicadas mostraram poucos ou nenhuns resultados satisfatórios, outros porque se satisfizeram fazendo pouco ou nada para contrariar o problema.

Ora uma das voluntárias ali presentes, e que é sempre a grande locomotiva de diferentes empreendimentos, depressa motivou os presentes para se organizarem fins-de-semana de voluntariado de forma a tratar da questão. Um dos problemas era o seguinte: devemos cuidar das árvores mais velhas, ou promover o crescimento de árvores novas? A solução foi: ambas as coisas. Para isso existam voluntários suficientes.

Um destes dias falarei aqui sobre os trabalhos que ali se desenvolveram nos 4 fins-de-semana de Novembro. Para já fica aqui uma foto do último fim-de-semana, onde fomos 4 aqui do distrito de Aveiro (de 4 concelhos distintos, Santa Maria da Feira, Aveiro, Vagos e Águeda), três conhecedores e uma estreante. Os únicos que se inscreveram. Mas depois, quando já lá estávamos, a tal locomotiva que é imparável, ligou a dizer que afinal ia lá voltar ao Monte (tinha lá estado no fim-de-semana anterior), porque tinha angariado mais um par de estreantes. E lá arrancaram da margem sul do Tejo. Trouxeram alegria, crianças e novas vivências para partilharem. A primeira argelina, berbere, a pisar o Monte Barata deve ter sido uma delas. Já no primeiro fim-de-semana tinha conhecido outras pessoas estreantes no Monte Barata, curiosamente uma família de Aveiro.

O balanço foi positivo, mas aqui estarei depois para mostrar. Para já fica o registo destas peregrinações de muitos amigos em direcção ao interior do interior. Ao santuário da vida selvagem.


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