Numa época em que está provado que as actuais variedades de trigo podem constituir uma ameaça à saúde humana (por causa de uma proteína que se chama glúten), será normal que as pessoas reduzam o consumo de pão. Difícil mesmo será um corte radical no seu consumo, mas reduzir é muito fácil, basta ter outros alimentos em casa. Uma outra coisa importante é fazermos os pães em casa. Eu uso a máquina do pão e durante anos utilizei o fermento industrial. Mas recentemente uma amiga confiou-me uma enorme quantidade e variedade de seres vivos para eu alimentar, e que ao mesmo tempo me ajudam na transformação do trigo utilizado no fabrico do pão. Seja o trigo da farinha tipo 65, seja o trigo da farinha integral. Esses seres vivos são alimentados com farinha de centeio integral, sem resíduos de pesticidas e 100% produzido em Portugal, da marca Herdade do Carvalhoso (link para o site). E água, claro, há que dar de comer e beber à bicharada. E é assim que agora faço o pão, utilizando este fermento natural. E dá também aquele travo característico do pão alentejano tradicional. Já li algures que o fermento natural ajuda na digestão do glúten, o que pode fazer algum sentido, uma vez que a fermentação da massa do pão é mais lenta e no meio daquela bicharada toda podem existir alguns seres que produzam substâncias que actuem sobre a proteína em causa. Em breve coloco a receita on line, junto com as outras receitas. E posso fornecer também uma dose destes simpáticos bichos, a quem provar que vai tratar bem deles. A posse destes bichos não carece de autorização administrativa, nem implica o pagamento de taxas. E não incomodam os vizinhos!
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