O dia 1 de Abril, para mim, é um dos mais divertidos do ano, pois gosto de imaginar situações aberrantes e fazer as pessoas acreditarem que é verdade.
Se algum dia lerem aqui alguma coisa com a data de dia 1, desconfiem sempre, porque pode não ser verdade.
Verdade, verdadinha foi eu ter chegado a casa da mãe da São, já mesmo no final do dia, ao lusco-fusco, vejo o carro da irmã dela à porta, abro a porta da rua e digo em voz alta, a falar para a rua: "- Sim, sim, só um momento que eu já a chamo!". Vejo a Né a passar no corredor e digo-lhe: "-Né, um carro bateu no espelho do teu e o senhor quer falar contigo!". Aí vai ela, com uma cara entre o aborrecida e o pior que estragada, passa por mim no corredor, chega lá fora, não vê ninguém, faz-se aquela pausa de silêncio e eu digo: - Primeiro de Abril!!!
Ela volta a entrar, entre o furioso e o irónico, a bater-me e a dizer que já tinha comentado com as colegas do trabalho que não acreditava em nada, mas que eu costumava sempre enganá-la, e na verdade consegui mais uma vez!
Enfim, uma mentirinha bem encenada, nada de especial, não a estaria a contar aqui se não fosse o que se passou a seguir. Estive por ali uns minutos, mas vim-me embora. Uma hora depois de ter saído, eis que dentro da casa da São se houve um estampido, e um carro que vai rua abaixo. A Né e a mãe, a D. Aida, vêm cá fora, não vêem nada de especial, o carro parado à porta parece intacto, mas quando olham para a rua, que desce, reparam num espelho partido no chão. Vão ver e confirma-se: o carro a descer a rua bateu no espelho do carro da Né, não partiu a parte de plástico mas fez saltar o espelho da sua estrutura, vindo parar ao chão e partindo-se.
É caso para dizer: já nem mentir se pode, aparece logo alguém que faz a mentira passar a ser verdade!
1 comentário:
I BEG YOUR PARDON
A Dona Aida disse-me que nem conhece ninguém chamado João Paulo.
A primeira foi bem metida mas escusavas de meter a segunda: um carro bateu de verdade no carro e fez soltar o espelho...
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