quinta-feira, abril 27, 2023

ELEIÇÕES NA QUERCUS - ABRIL 2023

Muitas vezes a história faz-se nos pequenos gestos individuais das gentes de um colectivo. É assim na Quercus ANCN, e com a Assembleia Geral eleitoral à vista, já depois de amanhã, é histórica a participação de 3 listas que concorrem a todos os 4 órgãos sociais da maior associação de conservação da natureza e ambiente em Portugal. É um sinal de respeito pela biodiversidade da estranha fauna que se junta em Núcleos regionais e depois se encontra numa coisa maior e cheia de sonhos que é a Associação Nacional de Conservação da Natureza. Depois de um período negro que acompanhei de perto, por ser do Conselho Fiscal, em que o esquema da corrupção (do modelo Ministério do Ambiente Empresas dos Amigos de Sócrates, sociedade anónima) se instalou, tivemos nos últimos 2 anos uma equipa directiva que foi obrigada a lidar com muitas situações desagradáveis, com determinação ímpar. Houve coisas que correram mal, outras menos bem, mas gosto de ver as coisas que correram bem e perspectivar coisas melhores para o futuro. Das 3 listas há 2 que se destacam, A e B, pois são as listas que integram várias pessoas que abraçaram esta coisa estranha de regenerar a própria associação que defende a regeneração da nossa floresta e no fundo da nossa sociedade. E chamados a votar há que escolher a que nos parece mais preparada para fazer a história avançar, abrindo as portas da Quercus à participação dos jovens que agora se mexem pelo seu futuro e continuando a defender o peso histórico e político da Associação. As candidaturas são por listas, mas a votação faz-se por órgãos sociais. Daí que seja possível ser apoiante de mais do que uma lista, que é como eu me sinto neste momento. Tendo falhado as negociações para uma lista unitária, parece-me muito bem votar numa Direcção Nacional da lista tal e depois votar nos outros órgão sociais na outra lista, pois ambas apresentam gente de reconhecido valor e intervenção dinâmica. O meu critério, que reconheço pode não ser o mais válido, é escolher para o orgão executivo gente que não retira intervenção aos Núcleos e que está do lado da transparência e integridade. E para os outros órgãos, de fiscalização e garantias de democracia interna, a gente que está do lado do pragmatismo e pés na terra, libertando importantes peças dos Núcleos regionais para o muito trabalho que têm pela frente. Confesso que neste momento é muito difícil eu conseguir prever qual o caminho que trará melhores frutos para a defesa do ambiente em Portugal. Mas isso não me impede de participar de forma consciente. O caminho faz-se caminhando...
Foto obtida pelos meus amigos Mário e Noémia, que se fizeram sócios do Núcleo de Castelo Branco da Quercus (em Monforte da Beira, Março de 2023)

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