Neste dia de acção, em que o tema é a pobreza, mais me apetece falar da pobreza de espírito, mas não é esse o espírito desta iniciativa.
Neste mundo que ajudamos a andar para a frente, existem milhões de pessoas que vêem a vida a andar para trás, porque a sua alimentação, ou a sua educação, ou a sua saúde ou a sua habitação, dependem da existência de dinheiro. Não são pessoas como as que conhecemos de perto, que muitas vezes não têm dinheiro porque não o querem ganhar, são pessoas que vivem em outros continentes e que para conseguirem um trabalho remunerado arriscam as suas vidas e sujeitam-se a coisas que só de lermos nos jornais nos fazem tremer por dentro.
O fenómeno da pobreza alastra-se por todo o planeta, e quando vemos uma crise mundial afectar os grandes interesses económicos, que nunca fizeram nada para acabar com a pobreza e até ajudaram a financiar muitos projectos de exploração de mão-de-obra barata e projectos de destruição de estilos de vida de povos integrados com a natureza, ficamos com a esperança de que as coisas vão mudar. Mas a esperança transforma-se em revolta ao vermos que em vez de investir em salvar as pessoas necessitadas, os governos correm com milhões nas mãos para salvarem as instituições financeiras (que já eram tão beneficiadas em termos fiscais!!!).
Neste dia é bom que os leitores pensem numa mudança efectiva de políticas, estas já deram o que tinham a dar, e deram muito pouco em termos de acabar com a pobreza. Salvam-se os muitos projectos de solidariedade levados a cabo por associações, ou pessoas individualmente, mas são gotas de água num mar de problemas.
Se vires um pobre numa esquina a mendigar ajuda, em vez de uma esmola que apenas alivia momentaneamente a sua situação, guarda o teu dinheiro e investe em associações ou estruturas que pressionam os poderes políticos para agirem de forma a acabar com a pobreza.
Pobreza zero? Com gente desta a governar os países mais ricos, só podemos esperar que a pobreza zero seja concretizada plenamente é nas instituições bancárias e afins, que assim não vão à falência.
2 comentários:
Como posso acreditar em Deus, se na semana passada entalei a língua no rolo da máquina de escrever? Woody Allen
Se em vez de acreditar em políticos, se acreditasse mais na espiritualidade, ver-se-ia quão bom é ser pobre.
João Paulo II tinha razão: a felicidade dos trabalhadores está no cristianismo e não no marxismo.
Acredito que uma esmola a um pobre desgraçado, na esquina, traz mais felicidade e conforto, que um grande depósito numa associação de luta contra a pobreza.
E na esquina seguinte, uma negociaçãozita, se as pernas e mamas forem boas, trará ainda muita mais felicidade...
JP+P, vem isto no seguimento da tua lista de blogues que se encontra no lado esquerdo do monitor (excepção durante alguns exercícios de yoga).
ANA é nome dum blogue. Por ter tempo, cliquei:"Você precisa de permissão para exibir este espaço". Fascinante. Devíamos fazer um blogue mas só nós dois é que podíamos lê-lo. Gostavas? Alinhas? Achas que alguém nos vinha pedir por favor para deixá-lo entrar e ler-nos? Não te sentirias o maior? Eu sim. Se souberes quem é a, ou o, ANA, diz-me. Eu farei o pedido por escrito. Se preciso for, vou a um notário reconhecer a assinatura.
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