quarta-feira, janeiro 24, 2007

NA BOA FÉ

Escrevia eu em Novembro passado isto, a propósito de mais uma vitória dos agricultores, o qual já tinha tido direito a um comentário anónimo, recebo agora outro comentário, o qual agradeço e até dou destaque, pois, mesmo anónimos, sempre ajudam a esclarecer. Foi o que aconteceu neste caso, conforme se pode ler:

Anonymous said...
OH Senhor Pedrosa,Escusa de pedir um inquérito Parlamentar sobre as dividas do IFADAP e para onde vai o dinheiro. Eu esclareço-o de graça e bem mais rapido. Qualquer divida verificada resulta de um incumprimento (por muito que não queira aceitar ... meu caro). Como são muito processos (impossivel fazer cartas individuais) é sempre possivel serem alegados problemas processuais (o que não quer dizer que o crime não exista). As dividas que saiem nas cartinhas que menciona, têm de ser todas e sem excepção registadas numa base de dados, controlada pela Comissão que recebe o dinheirinho da recuperação. Espero que o tenha ajudado a tirar esses macaquinhos da cabeça ! (embora tenho as minhas duvidas e que vai continuar pela vida fora a arranja-los...).Um bem haja.De um senhor sem gravata
Qua Jan 24, 12:07:24 AM

Diz este gajo, e faço boa fé nas suas palavras, que as verbas recebidas nas devoluções das Medidas Agro-Ambientais vão para a Comissão Europeia. Então a componente nacional destas ajudas volta para os cofres do Ministério da Agricutura, e então quanto mais devoluções forem registadas, menor é o défice público. A minha dúvida era se o dinheirinho alguma vez seria devolvido à Comissão, mas se assim é, acho muito bem!

Mas mais uma vez se desculpa o IFADAP por ter muito trabalho e deste modo poder incorrer em ilegalidades processuais. Mas de facto, o que se passa, e como digo e repito muitas vezes, não pode uma entidade andar a perseguir agricultores quando essa entidade é a primeira a cometer erros. E que erros! A começar pela avaliação do que é o cumprimento ou incumprimento de obrigações, que nem era feito inicialmente pelo IFADAP, mas por outros funcionários do Ministéro da Agricultura. Como erravam muitas vezes (e não me parece que a desculpa fosse o excesso de trabalho), vinha depois o IFADAP fazer a cobrança, admitindo como verdadeira a situação de incumprimento relatada pelos colegas funcionários. E esse incumprimento muitas vezes não era verdadeiro, o meu caso é apenas mais um, conheço outros!

Já gostei de ler alguém anónimo mas bem informado concordar que existem erros processuais. É mais animador que ler sentenças e acórdãos de magistrados, que baseiam as suas decisões não em leis mas em suposições, e defendem as entidades estatais como fiéis sabujos.

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